A reputação da Escola do Porto da Faculdade de Direito – Universidade Católica Portuguesa é excelente, sendo histórica a sua tradição na área jurídica nacional. O sucesso desta escola é indiscutível, por isso, o balanço de quase quarenta anos de actividade é "muito positivo". "Desde 1978, a Faculdade de Direito da UCP-Porto formou, com grande qualidade e exigência, mais de 4.000 licenciados, centenas de mestres e algumas dezenas de doutores em Direito, dando um contributo decisivo para a qualificação dos quadros dirigentes do Norte e do país", explica Manuel Fontaine, director da Escola do Porto da Faculdade de Direito – Universidade Católica Portuguesa, e prossegue: "Os seus docentes publicaram mais de 1.000 livros, capítulos de livros, artigos de revistas, entre outras publicações, que influenciaram a legislação e a jurisprudência e deram meios e argumentos aos advogados no nosso país, contribuindo para o desenvolvimento do direito."
A tradicional qualidade e exigência no ensino das matérias jurídicas distingue a formação desta escola, mas também a "proximidade entre professores e estudantes, a aposta na pedagogia, o cuidado colocado na transição para o ensino superior, a aposta na internacionalização, o desenvolvimento das ‘soft skills’", bem como a atenção colocada no "contacto" com a prática jurídica, ainda durante o curso, também fazem a diferença.
A dimensão transfronteiriça da advocacia, o uso de novas tecnologias na prestação de serviços jurídicos e não só são alguns dos desafios que se colocam aos juristas no século XXI. A Faculdade de Direito da UCP-Porto mostra estar preparada e a internacionalização do jurista é garantida pela "frequência de disciplinas e seminários jurídicos em inglês, bem como pela participação em programas de intercâmbio académico com universidades estrangeiras". Além disso, nenhum estudante termina o curso "sem demonstrar um domínio das tecnologias da informação".
Procura tem crescido
Manuel Fontaine conta que a procura da Faculdade de Direito da UCP-Porto por parte dos estudantes "é sempre elevada e tem vindo a crescer". Não obstante, não foram aumentados o número de vagas. Assim, entrando os mesmos estudantes, "a nota mínima de acesso tem subido persistentemente". E o número total de estudantes da licenciatura tem-se mantido constante, "em torno dos 800 alunos".
Em relação a mestrados, doutoramentos ou pós-graduações, o ponto de situação é semelhante. Ou seja: "Aumento da procura, mas manutenção – ou até ligeira diminuição – de vagas, com o consequente aumento do nível médio dos estudantes inscritos. No que respeita às pós-graduações, a faculdade tem vindo a apostar, desde há três anos, na progressiva abertura de novas formações, com uma grande resposta por parte do mercado. São já sete pós-graduações e planeamos a abertura de uma oitava no início de 2018, sobre protecção de dados."
Questionado se a maior parte dos ex-alunos da escola são advogados ou exercem outras profissões, Manuel Fontaine responde que, face aos dados de que dispõe, é possível afirmar que "a maior parte são advogados, embora uma parte substancial sejam magistrados, judiciais e do Ministério Público, e juristas de empresas, entre outras profissões".