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Juros da dívida mantêm alívio registado nas últimas sessões
Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário continuam a registar um alívio, tal como tem ocorrido nas últimas sessões. Em países como Espanha e Itália as “yields” estão igualmente a recuar.
Os juros implícitos da dívida pública portuguesa estão a recuar em todos os prazos no mercado secundário, prolongando assim a tendência de alívio já verificada nas últimas sessões.
As "yields" a dois anos recuam 3,3 pontos base para 0,950%, a cinco anos cedem 2,1 pontos base para 2,434% e a dez anos recuam 2,6 pontos base para 3,699%, de acordo com as taxas genéricas da Bloomberg.
O risco de Portugal, que é calculado através da diferença entre a taxa que os investidores exigem para transaccionarem dívida a dez anos de Portugal e da Alemanha está também a cair, situando-se nos 252,7 pontos base.
Esta quarta-feira, 16 de Julho, o Tesouro português foi ao mercado com um leilão de bilhetes do Tesouro. O IGCP emitiu 850 milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 12 meses e 400 milhões em dívida a seis meses. No total, os 1.250 milhões de euros emitidos correspondem ao máximo do intervalo indicativo previsto, um valor que o IGCP não ultrapassou ao contrário do que aconteceu nos últimos dois leilões de dívida.
Segundo a Bloomberg, os títulos a 12 meses foram colocados com uma taxa média de 0,453%, que compara com os 0,364% suportados há cerca de um mês.
No prazo mais curto, a taxa média foi de 0,243%. Neste caso, o comparável é mais afastado. A última emissão a seis meses foi em Março e aí o Tesouro português suportou uma taxa de 0,438%.
Esta quinta-feira, 17 de Julho, o Negócios escreve que a dívida nacional está mais atractiva após a pressão criada pelo Grupo Espírito Santo (GES).
No caso da dívida italiana e espanhola verifica-se igualmente um alívio. No caso da dívida italiana, as "yields" estão a recuar em todas as maturidades. A dois anos cedem 1,9 pontos base para 0,510%, a cinco anos descem 2,9 pontos base para 1,308% e a dez anos os juros exigidos pelos investidores descem 3,2 pontos base para 2,788%.
Quanto à dívida espanhola, o alívio verifica-se também em todas as maturidades. A dois anos, os juros cedem 2,9 pontos base para 0,373%, a cinco anos cedem 2,2 pontos base para 1,221% e a dez anos recuam 3,1 pontos base para 2,632%.