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Depósitos das famílias atingem novo recorde. Subida desacelera há quatro meses

O aumento das poupanças que as famílias guardam no banco está a desacelerar há quatro meses consecutivos.

Uma nova nomenclatura para as obrigações e notações ESG padronizadas estão entre as novidades deste ano, numa altura em que os supervisores tentam impulsionar o mercado.
Matthias Balk
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As poupanças das famílias guardadas nos bancos atingiram os 192,8 mil milhões de euros em fevereiro, um novo máximo de sempre. Ainda assim, o aumento de 6,5% (ou 250 milhões de euros) face a janeiro representa o quarto mês consecutivo de desaceleração, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

"Esta variação resultou do aumento de 242 milhões de euros das responsabilidades à vista (constituídas quase na íntegra pelos depósitos à ordem) e do aumento de 9 milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso). Relativamente a fevereiro de 2024, o 'stock' de depósitos de particulares cresceu 6,5% (6,8% em janeiro)", indica o relatório.

A contínua subida alinha com a evolução das poupanças das famílias, que atingiu no final do ano passado os 12,2% do rendimento disponível, mostram os dados divulgados na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Estes dados superam as previsões, nomeadamente do Banco de Portugal, que apontava para uma taxa de 11,5%.

No caso das empresas, o "stock" de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de fevereiro, 68,7 mil milhões de euros, mais 370 milhões de euros do que no final de janeiro de 2025. Relativamente ao mês homólogo, o crescimento foi de 8,8%, a variação anual mais elevada desde janeiro de 2023, mostra ainda o novo relatório do supervisor bancário.

Crédito à habitação acelera há mais de um ano

O montante total de empréstimos a particulares cresceu 5,2% em fevereiro face ao mesmo mês do ano anterior. Os créditos à habitação aumentaram 698 milhões de euros relativamente a janeiro, totalizando 103,5 mil milhões de euros no final de fevereiro. "Em comparação com o mês homólogo, o crescimento foi de 4,8%, mantendo a trajetória de aceleração por 14 meses consecutivos", refere o Banco de Portugal, explicando que havia no mês passado 1,96 milhões de devedores de crédito à habitação.

O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 132 milhões de euros relativamente a janeiro, para 30,5 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 6,8%, igual ao registado no mês de janeiro. A finalidade de consumo desacelerou, apresentando uma taxa de variação anual de 7,0% (7,3% em janeiro). Já os empréstimos para outros fins voltaram a apresentar o maior crescimento anual desde julho de 2008 (6,4%).

"Considerando os detalhes adicionais apurados para o crédito ao consumo e outros fins, verifica-se que, no final de fevereiro, o stock de empréstimos para crédito pessoal totalizava 12,7 mil milhões de euros, mais 79 milhões do que em janeiro, correspondendo a um crescimento de 7,2% relativamente ao mês homólogo. O crédito automóvel fixou-se em 8,5 mil milhões de euros, mais 45 milhões de euros do que em janeiro, e apresentou uma taxa de variação anual de 10,0%. Por último, os cartões de crédito mantiveram-se em 3,2 mil milhões de euros e registaram uma taxa de variação anual de 8,1% (7,9% em janeiro)", acrescenta.

(Notícia atualizada às 11:40)

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