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BPI reduz reembolso ao Estado para 80 milhões de euros

BPI tinha anunciado em Abril intenção de devolver 100 milhões de euros ao Estado, tendo agora decidido reembolsar apenas 80 milhões de euros. Financiamento do banco em CoCo's desceu para 920 milhões de euros.

17 - Fernando Ulrich, BPI. 0,36%
16 de Julho de 2013 às 17:47
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O BPI reembolsou mais 80 milhões de euros de CoCo’s (obrigações subordinadas de capital contingente) ao Estado, reduzindo os fundos públicos injectados na instituição para 920 milhões de euros. Este valor fica abaixo dos 100 milhões de euros anunciados na apresentação dos resultados do primeiro trimestre e é a quarta vez que a entidade antecipa o pagamento ao Estado.

 

Num comunicado enviado à CMVM, o BPI explica que “a autorização do reembolso antecipado de 100 milhões de euros pelo Banco de Portugal ficou sujeita à condição prévia de certificação legal dos resultados do primeiro trimestre”. O mesmo documenta acrescenta que “uma vez que o BPI tem por procedimento habitual submeter as contas do primeiro semestre a auditoria completa, o Banco optou por reembolsar 80 milhões de euros, valor que não tem em consideração os resultados gerados no primeiro trimestre”.

 

Com esta recompra de CoCo’s, a entidade liderada por Fernando Ulrich reduz o financiamento do Estado de 1.000 milhões de euros, para 920 milhões.

 

O BPI tem tentado antecipar o pagamento do empréstimo ao Estado, de modo a reduzir o valor pago em juros. “As CoCo’s pagam juros correspondentes a uma taxa anual efectiva de 8.75% a partir de 29 de Junho de 2013, que aumenta 0,25% em Junho de 2014 e 0,5% em cada ano posterior”, explica o comunicado.

 

“Para um valor do investimento público no Banco BPI de 920 milhões de euros, esta margem corresponde a um ganho anual para o Estado Português de cerca de 51 milhões de euros”, acrescenta o banco.

 

O BPI foi obrigado a recorrer a fundos públicos para satisfazer as regras de capital exigidas pelos reguladores europeus, que exigem uma almofada de capital temporária para minimizar os riscos da exposição à dívida soberana europeia.

 

“Se o ‘buffer’ temporário de capital para dívida soberana fosse recalculado com base na actual exposição do Banco BPI e aos preços de mercado actuais, as necessidades temporárias de capital diminuiriam de 1.184 milhões de euros, em 30 de Setembro de 2011, para 630 milhões de euros, em 15 Julho de 2013, o que permitiria o reembolso adicional de 554 milhões de euros de obrigações subordinadas de conversão contingente subscritas pelo Estado, reduzindo o montante de CoCo’s na titularidade do Estado Português para 366 milhões de euros”, conclui o BPI.

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