Notícia
Bancos atiram taxas dos depósitos para novo mínimo
Os depósitos a prazo já não rendem muito, mas cada vez dão retornos menores. A taxa oferecida nas novas aplicações atingiu um novo mínimo histórico de apenas 0,4%.
Os depósitos a prazo estão cada vez menos atractivos. As taxas praticadas pelas instituições financeiras continuam a encolher, tendo atingido um novo mínimo histórico. A remuneração média das novas aplicações afundou para apenas 0,4% em Maio. E dificilmente ficará por aqui. As taxas tendem para rumar a zero.
Depois de ter tocado no valor mais baixo de sempre, 0,41% em Março, o juro médio das aplicações a prazo para as famílias recuperou para 0,43% em Abril. Mas foi, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), apenas um ressalto. É que em Maio a taxa média destas novas aplicações voltou a cair para um novo mínimo histórico de 0,4%. Nos novos depósitos até um ano a taxa média também caiu para 0,42% (de 0,46%).
Esta descida acompanha a tendência de queda dos juros nos mercados, reflexo não só da actual política monetária nos países do euro mas também da perspectiva de que Mario Draghi, o presidente do BCE, possa avançar com novas medidas de estímulo. As Euribor continuam a tocar mínimos históricos já em "terreno" negativo. A taxa a três meses está em -0,292%. E a perspectiva é de que as taxas dos depósitos caiam ainda mais.
"Há algum espaço para que as taxas das aplicações desçam. As taxas dos depósitos tendem para zero", diz Filipe Garcia, economista da IMF, ao Negócios. Há já, de resto, bancos que não atribuem qualquer remuneração às poupanças das famílias portuguesas que, no entanto, continuam a colocar em depósitos grande parte do dinheiro. O saldo está em 141.979 milhões, tendo recuado do recorde de 142.110 milhões no mês em que o Estado lançou as OTRV.
"Os bancos vão tentando baixar", acrescenta, procurando reduzir também os seus custos de financiamento através do retalho. O corte de juros das novas aplicações está já a baixar os encargos. Olhando para a taxa média do saldo do dinheiro emprestado pelas famílias às instituições financeiras verifica-se que esta está também em mínimo histórico nos 0,87%. Estava em 0,92% em Abril, tendo baixado de 1% em Março. Há um ano era de quase o dobro: 1,6%.
Depois de ter tocado no valor mais baixo de sempre, 0,41% em Março, o juro médio das aplicações a prazo para as famílias recuperou para 0,43% em Abril. Mas foi, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE), apenas um ressalto. É que em Maio a taxa média destas novas aplicações voltou a cair para um novo mínimo histórico de 0,4%. Nos novos depósitos até um ano a taxa média também caiu para 0,42% (de 0,46%).
"Há algum espaço para que as taxas das aplicações desçam. As taxas dos depósitos tendem para zero", diz Filipe Garcia, economista da IMF, ao Negócios. Há já, de resto, bancos que não atribuem qualquer remuneração às poupanças das famílias portuguesas que, no entanto, continuam a colocar em depósitos grande parte do dinheiro. O saldo está em 141.979 milhões, tendo recuado do recorde de 142.110 milhões no mês em que o Estado lançou as OTRV.
"Os bancos vão tentando baixar", acrescenta, procurando reduzir também os seus custos de financiamento através do retalho. O corte de juros das novas aplicações está já a baixar os encargos. Olhando para a taxa média do saldo do dinheiro emprestado pelas famílias às instituições financeiras verifica-se que esta está também em mínimo histórico nos 0,87%. Estava em 0,92% em Abril, tendo baixado de 1% em Março. Há um ano era de quase o dobro: 1,6%.
PME com juros mais baixos A queda das taxas no mercado, fruto da política monetária expansionista que está a ser levada a cabo pelo BCE, baixa a remuneração das poupanças das famílias, mas por outro lado permite acesso a financiamento mais barato, especialmente por parte das empresas. E ainda que lenta, a descida dos juros está a acontecer, mais para as pequenas e médias empresas (PME) do que para as grandes empresas, segundo os dados do BCE. Em Maio, a taxa média dos empréstimos até um milhão de euros (associados às PME) baixou de 3,6% para 3,52% – na Zona Euro, a taxa média encolheu de 2,56% para 2,52%. Por outro lado, nos financiamentos de mais de um milhão, o juro agravou-se de 2,82% para 3,29%. Uma subida expressiva que não é anormal (já tem acontecido nos últimos meses) já que é reflexo do reduzido número de operações de crédito destes montantes.