Notícia
RaboBank: Juros de Portugal e Itália mais próximos com provável melhoria de rating pela Fitch
O banco considera que o próximo dia 15 de Dezembro - em que se prevê a revisão do "rating" de Portugal por parte daquela agência de notação - pode ser o momento do Rubicão para o país, levando à convergência dos juros da dívida portuguesa com os de Itália.
O banco holandês RaboBank acredita que uma possível melhoria do rating por parte da Fitch – fazendo a notação de Portugal sair do grau especulativo ou "lixo" – pode levar os juros da dívida do país em mercado secundário a aproximar-se do nível a que actualmente transacciona a dívida soberana de Itália.
Numa nota distribuída aos investidores esta terça-feira, 14 de Novembro, os estrategas do banco já olham para uma mexida positiva na classificação de Portugal no próximo dia 15 de Dezembro como "provável," o que poderá também ter efeito na redução do prémio de risco (diferencial entre as "yields" pedidas pelos investidores para trocar dívida portuguesa e a pedida para trocar dívida alemã no mesmo prazo).
"(…) o facto de esta alteração levar a que o país regresse a grau de investimento na maioria dos benchmarks favorece um cenário de um spread mais estreito. De facto, perguntamo-nos se uma actualização pela Fitch será o momento do "Rubicão" (ponto de não retorno) que colocará as obrigações portuguesas a negociar em linha com os seus pares periféricos – da mesma forma que o spread da Irlanda se aproxima do da Bélgica e da França apesar de uma diferença de dois graus de rating entre eles," lê-se na nota.
Depois de a S&P ter revisto em alta o rating de Portugal – tirando-o de lixo em 15 de Setembro e passando-o para BBB- com perspectiva estável -, uma decisão semelhante por parte da Fitch (hoje em BB+, outlook positivo) colocaria a notação nacional em terreno de investimento em duas das três principais agências de classificação financeira, o que abriria portas para investimento a dívida portuguesa a fundos que não podem apostar em títulos em nível especulativo.
A classificação de duas das principais agências determina a entrada da dívida portuguesa nos índices de obrigações de governos europeus, levando a que os fundos de gestão passiva possam passar a comprar os títulos portugueses de forma automática, como explicou a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, ao Público em Setembro. "Esta alteração estrutural da base de investidores poderá, acreditamos, potencializar a continuação do esforço de alisamento do perfil de reembolsos e alongamento de duração sem impacto no custo médio do financiamento", afirmou na altura.
Já em Setembro os analistas do Societé Générale previam a possibilidade de convergência de juros das obrigações portuguesas com as italianas, caso não se venham a verificar momentos de aversão ao risco no mercado. A expectativa do banco era de que, depois da decisão da S&P, também a Fitch e a Moody’s venham a alinhar o "rating" de Portugal com o de Itália. "É uma razão poderosa [para a convergência], apesar de isso dever ocorrer de forma progressiva em 2018", referiam os analistas do Société Générale.
Esta terça-feira, os juros de Portugal a dez anos descem pela segunda sessão, no prazo a dez anos, para próximo de mínimos de Abril de 2015, em 1,939%, colocando o spread para a dívida italiana em 12,84 pontos base, o mais reduzido em mais de sete anos (início de Março de 2010), de acordo com os dados da Bloomberg. Em relação à dívida alemã no mesmo prazo, o "spread" está em mínimos de Abril de 2015.
Numa nota distribuída aos investidores esta terça-feira, 14 de Novembro, os estrategas do banco já olham para uma mexida positiva na classificação de Portugal no próximo dia 15 de Dezembro como "provável," o que poderá também ter efeito na redução do prémio de risco (diferencial entre as "yields" pedidas pelos investidores para trocar dívida portuguesa e a pedida para trocar dívida alemã no mesmo prazo).
Depois de a S&P ter revisto em alta o rating de Portugal – tirando-o de lixo em 15 de Setembro e passando-o para BBB- com perspectiva estável -, uma decisão semelhante por parte da Fitch (hoje em BB+, outlook positivo) colocaria a notação nacional em terreno de investimento em duas das três principais agências de classificação financeira, o que abriria portas para investimento a dívida portuguesa a fundos que não podem apostar em títulos em nível especulativo.
A classificação de duas das principais agências determina a entrada da dívida portuguesa nos índices de obrigações de governos europeus, levando a que os fundos de gestão passiva possam passar a comprar os títulos portugueses de forma automática, como explicou a presidente do IGCP, Cristina Casalinho, ao Público em Setembro. "Esta alteração estrutural da base de investidores poderá, acreditamos, potencializar a continuação do esforço de alisamento do perfil de reembolsos e alongamento de duração sem impacto no custo médio do financiamento", afirmou na altura.
Já em Setembro os analistas do Societé Générale previam a possibilidade de convergência de juros das obrigações portuguesas com as italianas, caso não se venham a verificar momentos de aversão ao risco no mercado. A expectativa do banco era de que, depois da decisão da S&P, também a Fitch e a Moody’s venham a alinhar o "rating" de Portugal com o de Itália. "É uma razão poderosa [para a convergência], apesar de isso dever ocorrer de forma progressiva em 2018", referiam os analistas do Société Générale.
Esta terça-feira, os juros de Portugal a dez anos descem pela segunda sessão, no prazo a dez anos, para próximo de mínimos de Abril de 2015, em 1,939%, colocando o spread para a dívida italiana em 12,84 pontos base, o mais reduzido em mais de sete anos (início de Março de 2010), de acordo com os dados da Bloomberg. Em relação à dívida alemã no mesmo prazo, o "spread" está em mínimos de Abril de 2015.