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Portugal coloca 1.000 milhões em dívida a 5 e 12 anos

O Tesouro português concluiu com sucesso o duplo leilão de dívida agendado para esta manhã, tendo captado o montante máximo pretendido.

O IGCP, liderado por Cristina Casalinho, colocou mais 625 milhões em títulos de dívida a 10 anos.
Miguel Baltazar
09 de Março de 2022 às 10:50
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O IGCP concluiu esta quarta-feira com sucesso a emissão de títulos com maturidade em 2027 e 2034. Tal como já tinha acontecido no leilão de fevereiro, o Tesouro voltou a pagar mais de 1% para emitir dívida com o prazo mais longo, devido ao movimento de subida dos juros nos mercados em 2022.

 

O Tesouro colocou 500 milhões de euros em obrigações que vencem em 2034, tendo pago uma taxa de 1,154%. Em fevereiro, o IGCP já tinha pago mais de 1% (1,008%) para colocar obrigações a 9 anos. Nesta operação, a procura superou o valor da oferta em 1,58 vezes.

 

Já na linha que vence em 2027, o IGCP emitiu outros 500 milhões de euros, com um custo de 0,217%. A procura desta emissão mais que duplicou o montante da oferta (2,04 vezes), segundo os dados divulgados pela agência Bloomberg.

Apesar de as taxas de juro estarem a negociar acima dos valores apresentados em 2021, as "yields" têm vindo a recuar nos últimos dias, com os investidores a procurarem refúgio na dívida. A "yield" a 12 anos transacionava em 1,126%, quando há apenas um mês os juros da República Portuguesa a 10 anos tocaram em 1,18%.

 

"As taxas da dívida soberana europeia, vinham a apresentar desde o início do ano uma tendência ascendente, o que implica prémios de risco mais elevados para os diferentes emitentes. Os atuais conflitos entre a Rússia e a Ucrânia vieram inverter, pelo menos no curto prazo, esta tendência o que acabou por permitir que o leilão de hoje acabasse com taxas mais baixas para Portugal", explica Filipe Silva.

Segundo o diretor de investimentos do Banco Carregosa, "aguarda-se com alguma expetativa a próxima reunião do Banco Central Europeu para perceber que medidas irão ser adotadas, numa fase em que nos debatemos com inflação elevada e um conflito às portas da Europa, que direta ou indiretamente acabam por afetar todas as geografias".

(Notícia atualizada com mais informação)

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