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OTRV promovidas a fonte regular de financiamento

O IGCP avançou com uma nova emissão de dívida para o retalho com um montante indicativo de 500 milhões de euros, depois de no ano passado ter levantado 3.450 milhões de euros com estes títulos.

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24 de Março de 2017 às 07:00
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Depois de ter levantado 3.450 milhões de euros com a venda de obrigações para o retalho no ano passado, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai avançar com uma nova série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV). O objectivo é colocar 500 milhões de euros com esta nova emissão, com uma remuneração de 1,9%, aproveitando o forte interesse dos investidores neste produto.

"Este instrumento tem tido muito boa aceitação por parte dos investidores e pretendemos que passe a ser uma fonte regular de financiamento em complementaridade com os restantes títulos como OT ou CA e CTPM, sendo os primeiros orientados para investidores institucionais e os segundos para o retalho", explica Cristina Casalinho, presidente do IGCP, ao Negócios. Além do elevado apetite dos investidores, também os bancos, responsáveis pela colocação destes títulos, se mostraram "disponíveis para voltar a colaborar com o IGCP no seu esforço de financiamento".

O período de subscrição dos novos títulos arranca no dia 27 de Março, e decorre até ao dia 7 de Abril. No entanto, a taxa de 1,9% é a mais baixa desde que as obrigações para o retalho foram lançadas, no ano passado. O juro compara com a taxa de 2% paga na emissão concretizada em Novembro, abaixo dos 2,05% oferecidos na operação concluída em Agosto e dos 2,2% na estreia destes títulos, em Março de 2016.

Cristina Casalinho realça que, apesar da subida das "yields" em mercado secundário, "para a fixação da taxa deste instrumento releva não a ‘yield’ a que transacionam as OT a cinco anos, mas o seu diferencial face à taxa de juro do swap a cinco anos. E esta diferença de taxas tem vindo a reduzir-se ao longo dos meses, embora o valor absoluta da taxa de referência se tenha elevado".

Tal como nas emissões anteriores, o IGCP pode aumentar o valor a emitir, sendo que "o seu aumento, ou não, vai depender da evolução da procura".
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