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IGCP duplica oferta de OTRV para 1.000 milhões de euros

A agência que gere o crédito público aumentou o valor da emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável de 500 milhões para 1.000 milhões de euros.

Pedro Elias
31 de Março de 2017 às 20:44
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O Tesouro aumentou o valor das Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável, à semelhança do que aconteceu nas três emissões anteriores deste instrumento. O valor da emissão sobe de 500 milhões para 1.000 milhões de euros, anunciou esta sexta-feira a agência liderada por Cristina Casalinho.

Os títulos em oferta têm maturidade em 2022 e a taxa de juro ilíquida oferecida neste produto é de 1,9%, a mais baixa de todas as emissões feitas neste tipo de instrumento. O período de subscrição arrancou esta segunda-feira, 27 de Março, e estende-se até à próxima sexta-feira, 7 de Abril. Tal como nas emissões anteriores, o aumento dos títulos em oferta indica um interesse forte por parte dos aforradores. Segundo o Eco, a procura atingiu os 600 milhões de euros logo no primeiro dia de subscrição.

 

Em 2016, o IGCP fez três emissões de OTRV, tendo captado, no total, 3.450 milhões de euros (750 milhões em Maio, 1.200 milhões em Agosto e 1.500 milhões em Novembro). Dado o interesse dos investidores neste instrumento, Cristina Casalinho disse recentemente ao Negócios que pretende que este instrumento "passe a ser uma fonte regular de financiamento em complementaridade com os restantes títulos como Obrigações do Tesouro ou Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro Poupança Mais, sendo os primeiros orientados para investidores institucionais e os segundos para o retalho".

 

Juro de 1,9% e o efeito das comissões

As OTRV têm um rendimento variável. A taxa mínima é de 1,90% a que poderá ser acrescido o valor da Euribor a seis meses, caso passe a valores positivos. Segundo uma análise recente da Proteste Investe, as OTRV podem "ser um bom investimento se as taxas Euribor subirem mais do que [0,2% por semestre] e tiver um montante elevado para investir (acima de 5000 euros). Para montantes reduzidos, os CTPM são mais interessantes devido à ausência de custos". Além disso, os CTPM têm garantia de capital caso não se mantenha esse produto durante cinco anos. Já nas OTRV existe o risco de mercado para quem não as detenha até à maturidade, em Abril de 2022.

 

Contrariamente aos Certificados do Tesouro Poupança Mais e dos Certificados de Aforro, as OTRV estão sujeitas a comissões cobradas pelos bancos, desde comissões de custódia, de subscrição, de pagamentos de juros e de reembolso do capital. Assim, quanto mais elevado o investimento mais esses custos são diluídos. A CMVM disponibiliza um simulador em que se pode obter o retorno líquido deste investimento e com os custos a assumir em cada uma das entidades financeiras que disponibilizam este produto. 


(Notícia actualizada às 21:10 com mais informação)

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