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Juros portugueses descem para novos mínimos após leilão

Portugal verifica uma descida dos juros pedidos pelos investidores em praticamente todos os prazos, acompanhando a Europa e reflectindo a ida aos mercados desta manhã. A dez anos, a "yield" está em mínimos de seis meses.

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A dívida portuguesa está a ganhar valor no mercado secundário, o que reflecte uma queda expressiva dos juros pedidos pelos investidores. O comportamento negativo já levou a rendibilidade no prazo a dez anos para a taxa mais baixa desde Novembro.

 

A taxa de juro implícita das obrigações nacionais a dez anos está a negociar em 3,397%, caindo 3,9 pontos base (0,039 pontos percentuais) em relação ao valor de fecho de ontem, segundo as taxas genéricas da Bloomberg.

 

Na sessão, a "yield" - que significa a taxa que os investidores aceitam para comprar dívida portuguesa - já tocou em 3,368%, a mais baixa desde 10 de Novembro, há seis meses, quando os mercados estavam a assimilar a vitória de Donald Trump nas eleições americanas, dois dias antes.

 

As obrigações a dez anos correspondem à taxa de referência, mas a tendência de descida dos juros ocorre em praticamente todas as maturidades. A cinco anos, a taxa está a cair 2,8 pontos base para 1,86%, enquanto a dois anos a variação é também negativa, recuando 3,2 pontos base para 0,351%.

 

Estas taxas são as praticadas no mercado secundário – onde há trocas dos títulos de dívida entre investidores –, horas depois de o Tesouro português ter ido ao mercado primário – em que Portugal vende a dívida directamente aos investidores.

 

O IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa, conseguiu vender dívida a dez anos, no montante de 632 milhões de euros, com uma taxa média de 3,386%. A cinco anos, a "yield" foi de 1,828% para colocar 618 milhões.

 

Portugal tem a sua dívida a dez anos em mínimos de Novembro, enquanto os restantes países do euro seguem também um alívio no mercado de dívida. França, Alemanha, Itália e Espanha verificam também um desagravamento dos juros pedidos pelos investidores, reflectindo a valorização das obrigações dos respectivos países.

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