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Juros de Portugal em mínimos pré-estado de emergência

O custo de financiamento da República está novamente abaixo do que se verificava antes de entrar em vigor no país, a 18 de março, o estado de emergência. A taxa de juro associada às obrigações a 10 anos negoceia no mercado secundário em mínimos de 11 de março.

Portugal emitiu certificados ao retalho que tinham indexado parte dos juros ao crescimento do PIB.
Pedro Nunes/Reuters
02 de Julho de 2020 às 09:59
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A tendência de alívio dos juros da dívida pública portuguesa verificada nas últimas semanas já permitiu colocar o custo de financiamento do Estado português no prazo a 10 anos em valores inferiores aos que se registavam aquando da entrada em vigor do estado de emergência em Portugal, o que sucedeu a 18 de março último.

A taxa de juro associada às obrigações portuguesas com prazo a 10 anos cai 2,9 pontos base para 0,434%, o que significa que recua pela segunda sessão seguida e que negoceia em mínimos de 11 de março.

Aquele valor permanece também abaixo da contrapartida exigida pelos investidores para adquirirem dívida espanhola com a mesma maturidade. É que a "yield" correspondente aos títulos espanhóis a 10 anos desce 1,6 pontos base para 0,480%.

Além dos indicadores económicos revelados nos últimos dias apontarem já para o início da retoma económica na Europa, também a proposta em cima da mesa, feita por Bruxelas, para uma resposta à crise conjunta e solidária da União Europeia tem contribuído para devolver a confiança dos investidores no futuro da Zona Euro.

Ainda a apoiar o alívio do custo da dívida portuguesa no mercado secundário está a emissão ontem concretizada. O Tesouro colocou 4 mil milhões de euros em obrigações soberanas com maturidade a 15 anos com uma taxa de juro de 0,928%, emissão que gerou uma procura recorde e acima de 41 mil milhões de euros.

Para o Ministério das Finanças, esta operação confirma "uma melhoria significativa das condições de financiamento do Estado" e traduz "a confiança dos mercados na retoma da economia portuguesa e no desempenho das contas públicas".

Nota ainda para os juros associados à dívida de Itália a 10 anos, que caem 3,5 pontos base para 1,232%, o que coloca a "yield" transalpina em mínimos de 26 de março.

Por fim, também o custo da dívida de referência da Zona Euro segue a aliviar, o que acontece pela terceira sessão seguida. A taxa de juro correspondente às "bunds" com prazo a 10 anos desce 0,9 pontos base para -0,407%.

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