Notícia
Fitch reafirma rating de Portugal
A agência de notação financeira Fitch reafirmou esta sexta-feira a sua classificação da dívida de Portugal no último nível de não-investimento e manteve a perspectiva estável.
Sem surpresas, a agência de notação financeira Fitch não mexeu nem no rating nem na perspectiva atribuída à dívida soberana portuguesa. Esta sexta-feira, a empresa reafirmou a sua classificação para a dívida de Portugal no último nível de não-investimento (BB+) e manteve a perspectiva estável.
Num comunicado difundido, a agência mantém as suas previsões para o crescimento da economia em 2016 (1,2% contra 1,8% previstos pelo Executivo), e para o défice (2,7% comparados com os 2,2% defendidos pelo Governo).
"Os riscos para o objectivo de 2,2% para o défice mantêm-se, incluindo a incerteza sobre o efeito de várias medidas orçamentais a serem implementadas ao longo do ano e o impacto de um crescimento mais lento", refere a nota.
Segundo o Negócios noticiou esta semana, o Governo estima que caso a economia cresça apenas 0,8% este ano e não os 1,8% inscritos no Orçamento do Estado (OE), o défice público deverá ainda assim ficar em 2,5% do PIB.
O consumo está a puxar pela economia, mas o investimento abrandou, o que leva a Fitch a considerar "desapontante" o ritmo de crescimento do país. O valor do PIB per capita, o "enquadramento institucional sólido" e o ambiente empresarial são contudo apontados como vantagens de Portugal neste momento.
A Fitch diz esperar uma consolidação "modesta" do défice entre 2017 e 2018 e afirma que a injecção de capital para a Caixa Geral de Depósitos (oficialmente ainda não quantificada) pode pôr em causa a queda prevista pela empresa para o rácio da dívida (122% do PIB em 2020).
Ainda no sector financeiro, não é posta de parte a possibilidade de a venda do Novo Banco poder vir a ser novamente adiada, e volta a dar-se nota da "fraca qualidade" dos activos da banca. O Banco de Portugal mantém a intenção de fechar a venda até ao fim do ano, mas se o banco não for vendido até Agosto de 2017, o Governo já admitiu que a instituição terá de ser liquidada.
A Fitch destaca finalmente o papel desempenhado pelo forte crescimento das receitas turísticas e a redução das despesas com juros em limitar o impacto nas contas externas provocado pela queda das exportações.
A agência termina referindo que novos episódios de necessidades de socorro estatal ao sector financeiro ou perspectivas de crescimento económico mais débil podem desencadear uma acção negativa no rating, ao passo que a melhoria das previsões económicas no médio prazo e a tendência de redução da dívida e consolidação orçamental podem ter um efeito positivo para a notação.
(Notícia actualizada às 21:38 com mais informação)
Num comunicado difundido, a agência mantém as suas previsões para o crescimento da economia em 2016 (1,2% contra 1,8% previstos pelo Executivo), e para o défice (2,7% comparados com os 2,2% defendidos pelo Governo).
Segundo o Negócios noticiou esta semana, o Governo estima que caso a economia cresça apenas 0,8% este ano e não os 1,8% inscritos no Orçamento do Estado (OE), o défice público deverá ainda assim ficar em 2,5% do PIB.
O consumo está a puxar pela economia, mas o investimento abrandou, o que leva a Fitch a considerar "desapontante" o ritmo de crescimento do país. O valor do PIB per capita, o "enquadramento institucional sólido" e o ambiente empresarial são contudo apontados como vantagens de Portugal neste momento.
A Fitch diz esperar uma consolidação "modesta" do défice entre 2017 e 2018 e afirma que a injecção de capital para a Caixa Geral de Depósitos (oficialmente ainda não quantificada) pode pôr em causa a queda prevista pela empresa para o rácio da dívida (122% do PIB em 2020).
Ainda no sector financeiro, não é posta de parte a possibilidade de a venda do Novo Banco poder vir a ser novamente adiada, e volta a dar-se nota da "fraca qualidade" dos activos da banca. O Banco de Portugal mantém a intenção de fechar a venda até ao fim do ano, mas se o banco não for vendido até Agosto de 2017, o Governo já admitiu que a instituição terá de ser liquidada.
A Fitch destaca finalmente o papel desempenhado pelo forte crescimento das receitas turísticas e a redução das despesas com juros em limitar o impacto nas contas externas provocado pela queda das exportações.
A agência termina referindo que novos episódios de necessidades de socorro estatal ao sector financeiro ou perspectivas de crescimento económico mais débil podem desencadear uma acção negativa no rating, ao passo que a melhoria das previsões económicas no médio prazo e a tendência de redução da dívida e consolidação orçamental podem ter um efeito positivo para a notação.
(Notícia actualizada às 21:38 com mais informação)