Notícia
Cristina Casalinho: Mercados receberam bem os resultados das eleições
A presidente do IGCP, Cristina Casalinho, diz que não há sinais de preocupação dos investidores face aos resultados eleitorais. Pelo contrário, a reação foi "positiva".
A presidente do IGCP, a agência que gere a dívida pública, diz que não há sinais de preocupação dos mercados com os resultados eleitorais do passado dia 6 de outubro. Exemplo disso é que os juros portugueses a dez anos negoceiam abaixo dos juros espanhóis.
"Os contactos [com investidores] que tive não pronunciam algum nível de preocupação com a configuração do resultado eleitoral", afirmou Cristina Casalinho à margem do seminário "Mercados de dívida pública – Desafios num quadro de aprofundamento da UEM" organizado pelo IGCP, o CIRSF e a Comissão Europeia, ressalvando que desde as eleições houve "muito poucos contactos com investidores".
Mesmo o cenário que está atualmente em cima da mesa - um Governo minoritário do PS com acordos pontuais à esquerda e com o PAN, sem acordos formais escritos -, "não deverá suscitar grandes preocupações".
Para Casalinho há uma "boa evidência empírica desse nível de preocupação" dos mercados no comportamento das taxas de juro da República Portuguesa. "O que nós vimos é que, com as eleições espanholas a aproximarem-se, houve uma inversão da posição relativa em termos de prémio de risco dos dois países", recordou.
Ou seja, "Portugal está neste momento a transacionar com uma taxa de juro mais baixa do que Espanha, o que de alguma forma evidencia bem a perceção que os mercados tiveram em relação aos resultados eleitorais", explicou, concluindo que, com base nessa evolução, é possível dizer que "a receção [dos mercados às eleições] foi positiva".
A "yield" das obrigações a 10 anos de Portugal está esta segunda-feira a ceder 3,5 pontos base para 0,16%, alargando a distância para os títulos espanhóis para 4 pontos base. O juro das obrigações espanholas desce 2,9 pontos base para 0,20%.
"Os contactos [com investidores] que tive não pronunciam algum nível de preocupação com a configuração do resultado eleitoral", afirmou Cristina Casalinho à margem do seminário "Mercados de dívida pública – Desafios num quadro de aprofundamento da UEM" organizado pelo IGCP, o CIRSF e a Comissão Europeia, ressalvando que desde as eleições houve "muito poucos contactos com investidores".
Para Casalinho há uma "boa evidência empírica desse nível de preocupação" dos mercados no comportamento das taxas de juro da República Portuguesa. "O que nós vimos é que, com as eleições espanholas a aproximarem-se, houve uma inversão da posição relativa em termos de prémio de risco dos dois países", recordou.
Ou seja, "Portugal está neste momento a transacionar com uma taxa de juro mais baixa do que Espanha, o que de alguma forma evidencia bem a perceção que os mercados tiveram em relação aos resultados eleitorais", explicou, concluindo que, com base nessa evolução, é possível dizer que "a receção [dos mercados às eleições] foi positiva".
A "yield" das obrigações a 10 anos de Portugal está esta segunda-feira a ceder 3,5 pontos base para 0,16%, alargando a distância para os títulos espanhóis para 4 pontos base. O juro das obrigações espanholas desce 2,9 pontos base para 0,20%.