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Benfica emite 50 milhões em dívida junto de 6.048 investidores. Procura é 2,42 vezes superior

As obrigações Benfica 2023-2026 oferecem uma taxa de juro fixa de 5,75%, o valor mais elevado numa emissão do clube desde 2013.

Paulo Camara / Cofina Media
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O Benfica colocou 50 milhões de euros em nova dívida junto de seis mil investidores de retalho. A procura recorde por obrigações dos encarnados levou a SAD a rever o montante em alta já durante a operação.

"É uma emissão que consideramos um sucesso. Fiz um levantamento entre as 14 emissões que já fizemos e não encontrei nunca um valor tão alto de procura. É muito importante", afirmou o CEO Domingos Soares de Oliveira, na apresentação dos resultados da emissão. A procura atingiu os 121 milhões de euros, ou seja, 2,42 vezes acima da oferta.

A operação foi composta por duas ofertas, tal como já tinha sucedido em 2019, com uma componente de oferta de subscrição e outra de oferta de troca para as obrigações cuja maturidade terminava a 17 de julho de 2023.

Do total de 50 milhões de euros, 22,1 milhões dizem respeito à subscrição de nova dívida. Os restantes 27,9 milhões de euros foram para a troca.

Neste caso, cada obrigação da emissão 2020-2023 deu direito a uma obrigação da nova emissão acrescida dos juros corridos desde 15 de janeiro de 2023, inclusive, até à data de emissão e liquidação, exclusive, no montante de 0,067777778 euros por cada obrigação.


Desta linha ficam assim ainda vivos 22 milhões de euros que terão de ser reembolsados em julho com o encaixe financeiro agora captado.

O Benfica atingiu logo no primeiro de dia de oferta a meta de 50 milhões de euros, colocados junto de 6.048 investidores.

O montante mínimo de subscrição foi de 2.500 euros, mas nenhum investidor ficou neste patamar mínimo. A maioria (3.461) comprou entre 2.505 euros e 5.000 euros.


As obrigações Benfica 2023-2026 oferecem uma taxa de juro fixa de 5,75%, o valor mais elevado numa emissão do clube desde 2013.

"Quando decidimos esta taxa, decidimos a taxa que o mercado nos disse", justificou Domingos Soares de Oliveira, apontando o agravamento das taxas no mercado e sublinhando que o "spread" até baixou face à anterior colocação. "A taxa não pode ser vista de forma isolada, mas em contexto de mercado", acrescentou.

A liquidação e admissão à negociação das novas obrigações serão feitas na próxima quarta-feira.

(Notícia atualizada às 17:05)
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