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Após recuperar "rating" de investimento, BCP está no mercado para emitir 500 milhões em nova dívida

A operação de emissão de títulos a três anos está a decorrer esta segunda-feira, de acordo com informações recolhidas pela Bloomberg.

O CEO do BCP, Miguel Maya, destacou numa nota interna que passaram 12 anos desde que o banco deixou de merecer notação por parte das principais agências de “rating”.
José Sena Goulão/Lusa
25 de Setembro de 2023 às 09:38
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O BCP está no mercado de dívida para uma emissão de 500 milhões de euros. Esta será a primeira operação de colocação de novas obrigações desde que o banco liderado por Miguel Maya recuperou, na semana passada, o "rating" de investimento pela última das quatro principais agências de notação financeira que ainda não o classificava neste nível.

De acordo com informações avançadas pela Bloomberg, a operação está a decorrer esta segunda-feira e consiste numa colocação de obrigações séniores preferenciais, junto de grandes investidores. O montante indicativo é de 500 milhões de euros. A maturidade dos títulos é a três anos com opção de antecipar para dois anos.

A forte procura está a levar a uma quebra no prémio pedido pelos investidores. As ordens superaram os 1,6 mil milhões de euros e o prémio caiu para 190 pontos base (contra 220 pontos na abertura dos livros) acima da taxa "mid-swap" do euro a três anos, que negoceia esta segunda-feira nos 3,6%. O juro indicativo ronda assim os 5,5%.

Bank of America, BNP Paribas, JP Morgan, Millennium BCP e Morgan Stanley atuam como "book runners" da operação.

O banco deverá financiar-se com condições mais favoráveis do que em anteriores operações já que, na semana passada, Fitch reviu em alta o "rating" da dívida a longo prazo do BCP.

Antes desta revisão, a agência de notação financeira atribuía um "rating" de "BB+", o primeiro nível de investimento especulativo, ou de "lixo". 
O banco português passou assim a ser visto como investimento de qualidade pelas quatro maiores agências de "rating": DBRS, Moody's, S&P e Fitch.

Numa nota enviada ao trabalhadores, a que o Negócios teve acesso, Miguel Maya destaca o momento, salientando que passaram 12 anos desde que o banco deixou de merecer a notação por parte das principais agências de rating. "As implicações para um banco cotado, o único banco cotado em Portugal, de não ser 'investment grade', são muito relevantes a diversos níveis", afirmou.

(Notícia atualizada às 15:30)
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