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Ao minuto02.05.2022

Zelensky condiciona neutralidade da Ucrânia à libertação de todo o território

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Lusa_EPA/reuters
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02.05.2022

Zelensky condiciona neutralidade da Ucrânia à libertação de todo o território

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que a condição para a neutralidade da Ucrânia, exigida pela Rússia, passa pela libertação de todo o território, incluindo o Donbass e a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

"Os russos insistem na neutralidade e, para nós, o mais importante é a libertação do Donbass e de todos os territórios temporariamente ocupados, bem como da península da Crimeia, que também está ocupada", referiu Zelensky, em entrevista ao canal de televisão saudita Al Arabiya.

Volodymyr Zelensky acusou novamente Moscovo, que exige que a Ucrânia se comprometa a não aderir à NATO e a permanecer neutra, de tentar dividir o seu país através de um referendo nos territórios ocupados, tal como ocorreu na Crimeia, em 2014, quando esta península foi anexada pelos russos.

Também hoje, o diplomata norte-americano Michael Carpenter referiu que os EUA possuem informações "muito credíveis" de que a Rússia pretende organizar "falsos referendos" em "meados de maio" para para tentar anexar as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, e outras regiões ocupadas desde o início da invasão russa.

Além da libertação de toda a Ucrânia, o chefe de Estado ucraniano insistiu que, para aceitar a neutralidade exigida por Moscovo, Kiev pretende ter "garantias de segurança para não sejam objeto de ataques semelhantes no futuro, e outras armas, no caso de enfrentar uma guerra como a atual".

De qualquer forma, Zelensky frisou que qualquer decisão a este respeito será submetida a "um referendo onde participará todo o povo".

Sobre as negociações com Moscovo, o Presidente ucraniano referiu que "os negociadores russos não têm capacidade para tomarem decisões" e que "a última palavra será sempre do Presidente russo, Vladimir Putin", voltando a insistir na necessidade de um diálogo entre os dois presidentes.

Volodymyr Zelensky abordou ainda a suspensão das exportações da Ucrânia, tema que preocupa vários países árabes, em grande parte dependentes de bens de primeira necessidade deste país europeu, como o trigo.

"O cerco imposto pelos navios de guerra russos aos portos ucranianos pode causar uma crise alimentar global" este ano, alertou.

02.05.2022

Costa reúne-se com primeiro-ministro ucraniano na quarta-feira por videoconferência

O primeiro-ministro falava aos jornalistas antes de uma ronda de audições na antevisão do novo Governo.

O primeiro-ministro, António Costa, vai reunir-se com o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal, na quarta-feira, por videoconferência, tendo as conversações como temas centrais as relações bilaterais e a guerra provocada pela invasão russa da Ucrânia.

Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de António Costa, a reunião entre os dois primeiros-ministros está marcada para as 11:30 horas de Portugal continental.

De acordo com a mesma nota, na quinta-feira, o primeiro-ministro português participará, também por meios digitais, na Conferência Internacional de Doadores de Alto Nível para a Ucrânia, que terá lugar em Varsóvia.

"A iniciativa é coordenada pelos primeiros-ministros da Polónia e da Suécia, em parceria com os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia", refere-se.

No comunicado, adianta-se que a Conferência Internacional de Doadores "tem como objetivo angariar fundos para resposta à gravíssima situação humanitária, para o apoio aos refugiados e deslocados da guerra na Ucrânia e para responder aos apelos das Nações Unidas, Cruz Vermelha Internacional e outras organizações humanitárias que atuam no terreno".

"A ONU estima que mais de 15 milhões de pessoas precisem de ajuda humanitária urgente, incluindo alimentos, assistência médica, proteção e abrigo", acrescenta-se na nota do gabinete do primeiro-ministro.

02.05.2022

Bolsas europeias caem com receios em torno da China

As pressões inflacionistas estão a provocar um agravamento dos juros das obrigações a nível global e a arrastar as ações.

As bolsas europeias cederam terreno esta terça-feira,com os dados dececionantes sobre a atividade económica na China e a perspetivas de sanções contra a Rússia tendo o petróleo em vista a reduzirem fortemente o apetite pelo risco na primeira sessão do mês.

 

O Stoxx 600 fechou a ceder 1,46%, para 443,83 pontos.

 

Com a bolsa britânica fechada devido ao feriado bancário, e o volume de negociação mais baixo, as bolsas nórdicas lideraram as fortes quedas.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax recuou 1,13%, o francês CAC-40 desvalorizou 1,66%, o espanhol IBEX 35 perdeu 1,73% e o italiano FTSE MIB desceu 1,63%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 2,33%.

02.05.2022

Petróleo cai com China em foco

As exploradoras de petróleo de xisto nos EUA enfrentam riscos acrescidos com a “guerra de preços” iniciada pelos sauditas.

Os preços do "ouro negro" estão a perder terreno, pressionadas pelos receios em torno das restrições de combate à covid na China, que poderão atingir ainda mais a atividade económica e a procura por combustível.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 1,19% para 105,86 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 1,32% para 103,31 dólares por barril.

 

A procura por petróleo na China está um milhão de barris por dia abaixo dos níveis de há um ano e não parece que o cenário vá melhorar em breve, comentou à Bloomberg o diretor do departamento de análise de commodities do Citigroup, Ed Morse.

02.05.2022

"Yield" de Portugal a 10 anos acima de 2%

Os juros das dívidas europeias seguem a agravar, numa altura em que os investidores tentam avaliar os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) para perceber quando irá acabar a era do dinheiro barato.

O vice-presidente do BCE Luís de Guindos explicou recentemente que uma subida das taxas de juro de referência é "possível", mas "não provável". No entanto, esta tem sido uma das principais preocupações dos investidores europeus.

A "yield" das bunds alemãs a dez anos sobem 1,5 pontos percentuais para 0,95%, enquanto a equivalente francesa agrava 2,1 pontos para 1,476%.

Já no sul da Europa, tanto o juro da dívida espanhola como da portuguesa com a mesma maturidade avançam 3 pontos base para 2% e 2,039%, respetivamente. Na dívida italiana a 10 anos, a yield agrava 6,4 pontos para 2,836%.

02.05.2022

Empresa Rosatom diz-se dececionada com rescisão de contrato na Finlândia

A empresa estatal russa Rosatom manifestou-se "dececionada" com a decisão da companhia elétrica finlandesa Fennovoima de rescindir um contrato para a construção de um reator nuclear na central Hanhikivi 1, na costa oeste da Finlândia.

Em comunicado, a Rosatom disse que a medida foi adotada "sem discussão pormenorizada" entre os acionistas do projeto e é "absolutamente incompreensível".

A Rosatom acrescentou que o projeto estava "avançado", que "cumpre estritamente todas as suas obrigações internacionais" e que "se reserva o direito de defender os seus interesses de acordo com os contratos e a legislação vigente".

A Fennovoima justificou a decisão referindo-se a "importantes atrasos e incapacidade da RAOS Project (empresa subsidiária da Rosatom) para entregar o projeto" de construção e instalação a que se somam também os riscos relacionados com a invasão militar da Ucrânia.

"Registaram-se significativos atrasos durante os últimos anos. A guerra na Ucrânia agravou os riscos do projeto. A RAOS não conseguiu mitigar nenhum dos riscos", indica a companhia elétrica finlandesa através de um comunicado divulgado esta segunda-feira.

De acordo com a Fennovoima a cooperação com a RAOS Project cessa de imediato incluindo os trabalhos de projeto e a tramitação da licença referente a obras na nova central nuclear.

O projeto Hanhikivi 1, com 34% de participação da Rosatom, sofreu um pesado revés na sequência da invasão russa da Ucrânia, com o Governo da Finlândia a mostrar-se contrário à concessão das licenças necessárias para uma central que envolve capital da Rússia.

O projeto inicial, aprovado em 2010, contemplava a construção de uma central nuclear com potência entre 1.500 e 2.000 megawatts e com um custo que oscilava entre os quatro mil e os seis mil milhões de euros.

Inicialmente a Fennovoima era um consórcio composto pelo grupo finlandês Voimaosakeyhtiö SF, formado por 61 empresa elétricas da Finlândia e pela companhia de energia alemã E.ON, proprietária de 34% das ações.

A saída da E.ON do consórcio em 2013 obrigou a Fennovoima a procurar novos sócios sendo que a empresa russa Rosatam adquiriu 34% das ações tendo-se comprometido a gerir o novo reator.

02.05.2022

Euro e libra novamente no vermelho. Dólar recupera terreno

O euro e a libra esterlina, duas das principais divisas do mercado europeu, iniciam o mês com um registo "a vermelho".  

A moeda única volta a perder terreno perante o dólar, depois de ter fechado a sessão anterior com ganhos de 0,44%. Nesta altura da sessão, o euro cede 0,12% perante o dólar para 1,0532 dólares, ainda a rondar valores mínimos de cinco anos. 

A libra esterlina cede 0,33% face ao dólar, para 1,2532 dólares, depois de ganhos de 0,94% na sessão anterior. 

Já o dólar está a somar 0,43% perante um cabaz de divisas rivais. 

02.05.2022

Antecipação de decisão da Fed pesa e deixa ouro a rondar mínimos de fevereiro

A decisão da Reserva Federal dos EUA (Fed) sobre a subida de juros só chega a meio da semana, mas a antecipação já está a pesar no ouro, que começa maio com um registo negativo. 


O ouro está nesta altura a desvalorizar 1,71% para 1.864,47 dólares por onça, já a rondar mínimos de 16 de fevereiro. Esta é a maior queda do ouro desde o final de março. 


Este metal precioso começa, então, maio com um registo negativo, depois de em abril ter registado a primeira perda mensal desde janeiro. 


Além da antecipação da Fed, também a alta do dólar está a pressionar este metal. Os restantes metais preciosos, como a prata e a platina, também acompanham esta desvalorização do ouro. A prata tomba 1,11% para 22,47 dólares por onça, enquanto a platina cede 0,12% para 938,21 dólares.

02.05.2022

Wall Street arranca maio com “pé esquerdo”

A escalada do conflito armado na Ucrânia e a inflação fora de controlo arrastaram os mercados e a confiança dos empresários.

Os três principais índices norte-americanos começam a semana e um novo mês "no vermelho", num dia em que os investidores já pensam na decisão da norte-americana Fed sobre política monetária. O industrial Dow Jones recua 0,22% para 32.903,2 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite tomba 0,35% para 12.291,44 pontos e o S&P 500 cai 0,46% para 4.112,99 pontos


A Fed deverá anunciar um novo aumento de juros esta quarta-feira, sendo expectável um agravamento da taxa diretora na ordem dos 50 pontos base, numa altura em que a inflação continua a avançar nos EUA. 


Com a época de resultados em Wall Street a decorrer, está a fazer mexer as ações de várias empresas, como é o caso da Berkshire Hathaway, que cede 0,23% num dia que começa a vermelho em Wall Street. 


À boleia da Berkshire, as ações da Activision Blizzard estão em destaque, depois de a Berkshire Hathaway de Warren Buffett revelar que ampliou a participação que detém na gigante de videojogos. Os títulos da empresa de jogos somam 3,16% neste arranque para os 77,99 dólares. 


Ainda no setor da tecnologia, a Apple está a recuar 0,82% para 156,32 dólares por ação, num dia em que a Comissão Europeia acusou a empresa de estar a abusar da posição dominante no que diz respeito aos pagamentos móveis. Bruxelas considera que, ao restringir o acesso de empresas concorrentes à tecnologia NFC, a Apple está a favorecer o Apple Pay. 

02.05.2022

Governo húngaro mantêm veto a embargo da UE a gás e petróleo russos

O governo húngaro insistiu esta segunda-feira que mantém a sua oposição a que a União Europeia (UE) imponha um embargo às importações de petróleo e gás russo como sanção pela invasão da Ucrânia.

"A Hungria não retirou o seu veto. De facto, a posição da Hungria sobre as sanções ao petróleo e ao gás russos continua a mesma: não as apoiamos", disse Zoltán Kóvacs, secretário de Estado para as Relações Internacionais, no Twitter.

Kovacs contestou um relatório da emissora alemã ZDF segundo o qual o seu país e também a Áustria e a Eslováquia estavam dispostos a retirar a sua oposição a sancionar as compras de petróleo russo. A Alemanha, que até agora se mostrou relutante em fazê-lo, mostra-se agora disposta a apoiar a proposta da UE.

Os meios de comunicação húngaros também informaram, citando fontes diplomáticas não identificadas, que a suposta mudança de posição por parte da Hungria e da Eslováquia se devia a terem obtido de Bruxelas a garantia de que não teriam de aplicar imediatamente as sanções. A Hungria compra 85% do gás e 65% do petróleo que consome da Rússia.

Os ministros da Energia da UE reúnem-se esta segunda-feira em Conselho extraordinário, agendado depois do corte do fornecimento de gás russo à Polónia e à Bulgária, alegadamente por se recusarem a pagá-lo em rublos.

O Ministro do Interior húngaro, Gergely Gulyás, pediu domingo à União Europeia que não aprove as sanções que afetam o gás e o petróleo russos, uma vez que, se o fizer, a Hungria só terá acesso a essas fontes de energia a preços muito elevados.

A reunião desta segunda-feira acontece quando Bruxelas prepara um novo conjunto de sanções contra a Rússia, que poderá incluir a proibição das importações de petróleo. O governo do ultranacionalista primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, reiterou que não apoiará tais sanções para que não sejam "os húngaros a pagar o preço da guerra". A Hungria, apesar de ser membro da UE e da NATO, defende uma posição de neutralidade face à agressão russa.

02.05.2022

Míssil russo atinge ponte essencial na passagem para Odessa

Um míssil russo atingiu uma ponte em Odessa na Ucrânia, segundo uma mensagem publicada pelo porta-voz do Governo da região, Serhiy Bratchuk, no Telegram, citada pela CNBC.

 

O porta-voz não avançou com mais detalhes.

 

Actualmente, a ponte constitui a única ligação  rodoviária e ferroviária até a uma grande parte da região.

Antes da queda deste míssil, as forças russas já tinham atacado esta ponte duas vezes, segundo a Reuters.

02.05.2022

Forças russas sofreram grandes perdas. Vão demorar anos a recuperar, dizem secretas britânicas

Algumas unidades de elite russas, incluindo as chamadas Forças Aerotransportadas VDV, sofreram grandes perdas na Ucrânia e a Rússia poderá levar anos para reconstituir essas forças, declararam esta segunda-feira os serviços de informação britânicos, citados pelo Ministério da Defesa do Reino Unido no Twitter.



No início do conflito, a Rússia comprometeu mais de 120 grupos táticos de batalhão, cerca de 65% de toda a sua força de combate terrestre, referiram os britânicos.

Mais de um quarto dessas unidades provavelmente tornaram-se ineficazes para o combate, segundo as informações fornecidas pelo Ministério da Defesa do Reino Unido.

As Forças Aerotransportadas VDV constituem um corpo de paraquedistas de elite do exército russo com estatuto de força especial subordinada diretamente ao Comando Supremo das Forças Armadas da Federação Russa.

02.05.2022

Bielorrussos juntam-se a russos na conquista pela Ucrânia, diz Kiev

O Estado-maior das Forças Armadas da Ucrânia identificou forças militares bielorrussas nas regiões fronteiriças de Volyn e Polissya, informou Kiev esta segunda-feira, citada pela NBC.

 

A NBC não confirmou a informação.

 

Até ao momento, a Bielorrússia não anunciou formalmente o envio de tropas para se juntarem à operação russa, sendo a única participação do país no conflito de natureza geopolítica.

A Rússia continua a recorrer às regiões bielorrussas que fazem fronteira com a Ucrânia para preparar milhares de tropas enviadas para o local do conflito.

 

Este relato de Kiev acontece depois de em março a imprensa internacional ter avançado que centenas de bielorrussos se tinham juntado ao exército ucraniano para lutar contra a Rússia.

02.05.2022

Cidade russa de Belgorod sofre duas explosões

A cidade de Belgorod, no sul da Rússia perto da fronteira com a Ucrânia, foi alvo de duas explosões, anunciou nas redes sociais Vyacheslav Gladkov, governador da região.

 

"Não houve vítimas ou danos", escreveu Gladkov, de acordo com a tradução da Reuters.

 

Belgorod é atualmente um dos "armazéns" de guerra russos, onde estão guardados material militar e combustível utilizados na invasão à Ucrânia.

 

Em abril, Moscovo já tinha acusado Kiev de atacar um depósito de combustível em Belgorod, recorrendo a um helicóptero, depois de o espaço ter ardido. Na altura, Kiev negou o envolvimento no ataque.  

02.05.2022

Stoxx 600 tomba mais de 3%. Adler Group afunda mais de 40%

A Europa arrancou a sessão no vermelho, acompanhando o movimento de "sell-off" vivido em Wall Street na última sessão.

A possibilidade de Bruxelas aplicar sanções ao petróleo russo e os números dececionantes sobre a atividade económica chinesa são os principais fatores para a diminuição do apetite dos investidores pelo mercado de risco.  

 

O Stoxx 600 segue a cair mais de 3%, renovando mínimos de meados de março. O setor automóvel e tecnológico são os que mais pressionam o índice.

 

Entre os principais movimentos de mercado é de destacar o tombo de mais de 40% das ações do Adler Group, depois de a auditora KPMG ter recusado emitir um parecer, um gesto raro entre as consultoras, motivado pela falta de informação disponível e que levou a que a maior parte dos administradores do grupo pedissem a demissão.

 

Destaque ainda para os títulos da Vestas Wind Systems que mergulham 6,14% depois de a empresa dinamarquesa ter reportado as primeiras perdas em dez anos, devidos aos custos envolvidos na sua saída do mercado russo.

 

Nas restantes praças europeias, o espanhol IBEX derrapa 0,49%, o alemão DAX cai 0,61% e o francês CAC 40 mergulha 1,22%. Amesterdão regista uma queda de 1,70% e Milão desliza 0,75%. O português PSI acompanha a tendência e cai 0,30%.

 

Apesar de o mercado acionista global ter registado em abril o pior mês desde há dois anos, o "benchmark" europeu por excelência registou apenas perdas levas, em comparação com os principais pares, de acordo com a Bloomberg.

 

Ainda assim esta vantagem parece não ser suficiente para cativar os investidores desiludidos com o comportamento das ações no pós-pandemia, com as expectativas de um "rally" a serem substituídas pelo medo face ao abrandamento económico e inflação.

 

"Vender antes de maio teria sido o lema deste ano", sublinha Mathieu Racheter, responsável pelo departamento de estratégia da Julius Baer, citado pela Bloomberg. "No geral, recomendamos aos investidores europeus que mantenham uma posição defensiva", aconselha o especialista.

 

Racheter recomendou ainda, numa análise por setores, uma maior aposta na saúde e ainda em títulos com altos dividendos e ações suíças.

02.05.2022

Juros agravam na zona euro e nos EUA

Os juros estão a agravar na zona euro e nos EUA, dias antes da Reserva Federal norte-americana (Fed) dar conta daquela que os mercados apostam ser a maior subida das taxas de juro desde o ano 2000.

 

A yield das bunds alemãs a dez anos – benchmark para o mercado europeu – segue a agravar 1,9 pontos base para 0,954%, dando continuidade ao movimento de agravamento sentido na última sessão de abril, em que os juros das obrigações alemãs com esta maturidade superaram a linha psicológica dos 0,9%.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos sobem 5,1 pontos base para 2,823%, enquanto a yield da dívida francesa com a mesma maturidade agrava 2,1 pontos base para 1,477%.

 

Na Península Ibérica, os juros da dívida portuguesa a dez anos continuam acima da fasquia dos 2%, alcançada na sessão da passada sexta-feira, mais concretamente a subir 3,9 pontos base para 2,049%.

Em Espanha, a yield das obrigações com a mesma maturidade agrava 3,8 pontos base para 2,009%.

 

Pelos EUA, os juros da dívida a dez anos somam 0,4 pontos base 2,938%.

02.05.2022

Ouro cai e dólar ganha força à espera da Fed

O ouro segue a desvalorizar enquanto o dólar sobe, à medida que os investidores esperam depois da reunião desta quarta e quinta-feira, a  da Reserva Federal norte-americana (Fed) suba as taxas de juro como não era visto desde o ano 2000.

 

O metal amarelo está a cair 0,55% para 1.886,45 dólares a onça, enquanto o dólar ganha força, estando o índice da "nota verde" – que compara a moeda oficial norte-americana com 10 divisas rivais – a somar 0,28% para 103,25 pontos.

 

A queda do ouro contagiou os ETF (exchange traded funds) correlacionados com o rei dos metais, que registam um quinto dia consecutivo de perdas, a maior sequência de derrotas, desde o dia 12 de janeiro, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

 

Ainda no mercado cambial, o euro negoceia na linha de água, com um ganho ligeiro de 0,08% para 1,0553 dólares.

02.05.2022

China atira petróleo para o vermelho

O petróleo está a desvalorizar, devido à política anti-covid-19 da China, o maior importador de crude do mundo.

Até quarta-feira, devido à comemoração do dia do trabalhador, os ginásios e cinemas vão estar fechados e Xangai mantém as medidas restritivas.

 

O West Texas Intermediate (WTI) – referência para os EUA - está a cair 0,83% para 103,82 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desvaloriza 0,76% para 106,33 dólares.

 

Por outro lado a estancar as perdas está o facto de a União Europeia ponderar propor um embargo ao petróleo russo até ao final do ano.

Para já, a discussão está instalada em Bruxelas, enquanto Alemanha mudou de posição e admitiu este tipo de sanção, ainda que de forma gradual, e a Hungria avisa que vai vetar quaisquer sanções que sejam aplicadas à energia russa.

O ouro negro fechou o mês de abril com chave de ouro, alcançando a mais longa sequência de ganhos mensais desde janeiro de 2018. A guerra na Ucrânia foi o principiai propulsor para o disparo da cotação do petróleo.

02.05.2022

Europa aponta para o vermelho. Ásia fecha em território negativo

Os futuros sobre o Eurostoxx 50 estão a cair 1,3%, apontando para que a primeira sessão do mês de maio arranque no vermelho.

Os investidores aguardam com expectativa a reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed) esta quarta-feira e digerem os números negativos das vendas a retalho na Alemanha.

 

Os dados revelados esta segunda-feira de manhã pelo gabinete de estatísticas alemão dão conta que as vendas a retalho na Alemanha caíram, de forma inesperada, 0,1% em março.

 

Os investidores estão ainda expectantes sobre as resoluções que serão tomadas durante a reunião da Fed que arranca esta quarta-feira.

A expectativa dos economistas é que Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, avance com um agravamento da taxa diretora de 50 pontos-base e que anuncie o início da redução do balanço da Fed, que aumentou até aos nove biliões de dólares para responder à pandemia. Os investidores estarão ainda atentos às declarações de Powell na conferência de imprensa que se segue à reunião.

 

Pela Ásia, a sessão terminou no vermelho. No Japão, o Topix terminou a sessão na linha de água (-0,07) e o Nikkei desvalorizou 0,11%. Por sua vez, na Coreia do Sul o Kospi caiu 0,42%,  Na China continental e em Hong Kong as bolsas estiveram fechadas devido a um feriado nacional.

 

Pela Europa, esta segunda-feira também o índice britânico FTSE vai estar fechado para negociação, devido a um feriado nacional.

02.05.2022

UE só retira sanções quando Rússia abandonar a Crimeira. Hungria contra embargo ao petróleo russo

O chanceler alemão, Olaf Scholz, pretende convidar o primeiro-ministro indiano, Narenda Modi, como convidado especial para reunião do G7, o grupo das sete maiores potências económicas do mundo, que ocorrerá em junho, segundo fontes próximas do assunto, citadas pela Bloomberg.

 

A agência norte-americana avança mesmo que este decisão pode ser anunciada formalmente já esta segunda-feira, durante a visita de Modi a Berlim.

 

As mesmas fontes esclarecem que até há umas semanas Scholz estava indeciso sobre se endereçaria ou não o convite a Modi, devido à reticência do primeiro-ministro indiano de condenar abertamente a invasão russa à Ucrânia. Segundo a Bloomberg, o objetivo deste convite é isolar diplomaticamente a Rússia.

 

Ainda na Alemanha, a ministra dos Negócios Estrangeiros sublinhou que as sanções contra a Rússia só serão retiradas quando as tropas do regime de Vladimir Putin abandonarem por completo o território ucraniano, inclusive a Crimeia, que o Kremlin conquistou em 2014.

 

"É importante que possamos manter todas as sanções que introduzimos e se necessário durante anos. Só levantaremos as sanções quando as tropas russas partirem", avisou Annalena Baerbock.

 

Nos EUA, a Casa Branca anunciou que Jill Biden, esposa de Joe Biden e consequentemente primeira-dama dos Estados Unidos, vai viajar para a Roménia e Eslováquia dias 5 e 9 de maio para se encontrar com refugiados ucranianos.

 

Já do lado da Rússia, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Vladimir Putin negou que o Kremlin pretenda pôr fim à guerra na Ucrânia a 9 de maio, quando se celebra o Dia da Vitória, apesar de analistas preverem o fim do conflito nessa data.

 

"Os nossos militares não ajustarão artificialmente as suas ações a qualquer data, incluindo o Dia da Vitória", disse Sergei Lavrov numa entrevista à televisão italiana Mediaset, transmitida no domingo, referindo-se à data comemorativa de 9 de maio de 1945 e à rendição nazi aos Aliados, incluindo à antiga União Soviética.

 

"O ritmo da operação na Ucrânia depende, acima de tudo, da necessidade de minimizar possíveis riscos para a população civil e para os militares russos", acrescentou.

 

A Rússia celebra geralmente o Dia da Vitória com grande pompa e circunstância, com um grande desfile militar no centro de Moscovo e um discurso do Presidente, Vladimir Putin, saudando o papel de liderança do país na derrota do fascismo na Europa.

 

Sanções ao petróleo russo sob ameaça

 

Numa altura em que Bruxelas pretende avançar para o embargo ao petróleo russo, ainda que de forma gradual, uma decisão que implica a unanimidade dos 27 Estados membros da União Europeia, a Hungria avisa que não vai ceder e que pretende vetar esta medida.

 

"Deixamos claro que nunca apoiaremos [a aplicação de sanções contra a energia russa]", alertou Gergely Gulyas, ministro adjunto da Hungria.

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