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Bolsas europeias com melhor semana em dois meses. Petróleo também sobe
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
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Bolsas europeias com melhor semana em dois meses
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta sexta-feira em alta, assinalando a melhor semana em dois meses, à boleia de maior otimismo em torno de um cenário de corte de juros pela Reserva Federal em setembro.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, somou 0,88% para 524,08 pontos, retomando máximos de inícios de junho, com os setores industrial, automóvel, tecnológico e do retalho a ganharem mais de 1%.
Os principais pesos pesados, como a Novo Nordisk (1,34%), ASML (1,32%), Siemens (2,94%) e LVMH (2,11%), impulsionaram as principais praças do Velho Continente.
A Ericsson, por sua vez, ganhou mais de 4%, depois de ter apresentado uma queda nos lucros inferior à esperada pelos analistas entre abril e junho de 2024.
Já a Norwegian Air, que também apresentou resultados trimestrais, pulou 6,72%. A companhia aérea apresentou um EBIT (lucro antes de juros e impostos) de 593 milhões de coroas norueguesas contra a expectativa do analistas que estava nos 386 milhões.
Os principais índices europeus têm estado em rota de recuperação depois de semanas de forte volatilidade com as eleições em França e no Reino Unido. O Stoxx 600 ganha mais de 9% este ano, metade da valorização anual do S&P 500, o "benchmark" mundial. A título de exemplo, o francês CAC-40 ganha pouco mais de 2% desde o início do ano.
"O que se está a passar em França é importante, mas estes bons indicadores sobre a economia norte-americana vão em sentido positivo, uma vez que podem ajudar a aliviar os juros das dívidas soberanas e a absorver alguma da tensão", afirmou Arnaud Girod, diretor da Kepler Cheuvreux.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,15%, o francês CAC-40 valorizou 1,27%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,76%, o britânico FTSE 100 subiu 0,36% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,72%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,95%.
Petróleo sobe com menos inflação e bom nível de procura
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentadas pela procura robusta, pela queda dos stocks norte-americanos de crude e pela desaceleração da inflação nos EUA – que deixa perspetivar um corte dos juros diretores pela Fed já em setembro.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,62% para 83,13 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,36% para 85,71 dólares.
Iene pende para terreno negativo e libra valoriza face ao dólar
O iene voltou a estar no centro das atenções dos investidores, ao atingir máximos de quase quatro semanas em relação ao dólar. A valorização abrupta está a alimentar a especulação de que as autoridades japonesas possam ter intervindo por um segundo dia para sustentar a moeda.
O iene, que tem negociado em mínimos de 38 anos face ao dólar, está a registar grande volatilidade esta sexta-feira, mas neste momento pende para terreno negativo, ao recuar 0,67% para 0,0063 dólares.
Já a libra esterlina está esta sexta-feira a caminho de registar o melhor desempenho quinzenal dos últimos oito meses, face ao dólar. Isto depois de os últimos dados macroeconómicos terem apontado para uma melhoria do crescimento da economia britânica, enquanto a economia dos EUA mostra sinais de cansaço.
A libra ganhou 2,4% em relação ao dólar nas últimas duas semanas, o seu maior aumento quinzenal desde novembro do ano passado. Hoje segue a subir 0,58% para 1,299 dólares, tornando-se uma das principais moedas com melhor desempenho do dia.
Por sua vez o euro avança 0,35% para 1,0906 dólares enquanto o índice de dólar da Bloomberg – que mede a força do dólar em relação às suas principais rivais – desvaloriza 0,37% para 104,05 dólares.
Ouro negoceia em baixa, impulsionado por inflação em desaceleração nos EUA
O ouro está a negociar em baixa, a corrigir do salto de 1,9% na sessão de ontem. O "metal amarelo" recua 0,52% para 2.402,13 dólares por onça.
Os mercados estão agora mais confiantes que a Fed vai começar a aliviar a política monetária já em setembro, com um corte de 25 pontos base – que deve ser seguido por outro na mesma escala em dezembro - e o ouro tem estado a ganhar terreno com base nessa expectativa, estando a caminho da terceira semana consecutiva de saldo positivo.
O ouro já valorizou mais de 17% este ano, impulsionado por uma corrida ao metal precioso por vários bancos centrais no mundo e pelas tensões geopolíticas no Médio Oriente. Em maio, atingiu máximos históricos de 2.450,07 dólares por onça.
Wall Street já recupera de perdas. Contas do JPMorgan, Wells Fargo e Citi centram atenções
Os principais índices em Wall Street abriram esta sexta-feira em ligeira alta, depois de terem terminado a sessão de ontem em queda, com os investidores a optarem por outras cotadas que não as grandes tecnológicas, que têm impulsionado os consecutivos máximos históricos tanto do S&P 500, como do Nasdaq Composite.
O S&P 500 soma 0,29% para 5.600,54 pontos, enquanto o índice Nasdaq Composite avança 0,32% para 18.34 pontos, penalizado pelas grandes tecnológicas. O industrial Dow Jones ganha 0,33% para 39.887,51 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, o Wells Fargo perde 6,96% depois de o banco ter revelado que a margem financeira - um indicador de rendibilidade para os bancos - ficou abaixo do esperado no segundo trimestre. A instituição espera ainda que a margem financeira continue a cair em 7% a 9% este ano.
Já o JPMorgan desce 2,44%, mesmo depois de ter divulgado as contas do segundo trimestre que mostraram receitas acima do esperado, à boleia de um aumento das comissões da banca de investimento.
O Citigroup, por sua vez, recua 2,48%, após as receitas e lucros terem ficado acima do esperado entre abril e junho.
"Os resultados dos grandes bancos, das grandes empresas de tecnologia e das empresas de consumo serão os mais importantes, uma vez que essas empresas são altamente alavancadas pela robustez da economia", afirmou à Reuters Clark Bellin, diretor de investimentos da Bellwether Wealth.
Os investidores avaliam também os preços no produtor nos Estados Unidos referentes a maio, que mostraram uma subida mensal de 0,2%, face aos esperados 0,1%, bem como um aumento anual de 2,6% face a 2,3% esperados.
Ainda assim, os "traders" parecem mais focados nos números da inflação divulgados ontem e que ficaram abaixo do esperado e continuam a conferir uma probabilidade de 93% de um corte de juros em setembro, o que compara com 72% na semana passada, de acordo com a ferramenta CME FeWatch, citada pela Reuters.
Euribor desce a três meses para mínimo de quase um ano
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e no prazo mais curto para um mínimo desde 20 de julho de 2023.
Com as alterações de hoje, as Euribor continuaram em valores muito próximos, mas a taxa a três meses, que recuou para 3,664%, manteve-se acima da taxa a seis meses (3,662%) e da taxa a 12 meses (3,564%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,662%, menos 0,014 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a maio apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,8% e 25,2%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também recuou hoje, para 3,564%, menos 0,031 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,664%, menos 0,021 pontos e um novo mínimo desde 20 de julho de 2023, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor em junho desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em maio e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em junho baixou 0,088 pontos para 3,725% a três meses (contra 3,813% em maio), 0,072 pontos para 3,715% a seis meses (contra 3,787%) e 0,031 pontos para 3,650% a 12 meses (contra 3,681%).
O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.
Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
"Earnings season" continua a dar força às bolsas europeias
As bolsas europeias abriram a última sessão da semana no verde, contrariando o sentimento negativo que se viveu em algumas praças asiáticas e em Wall Street. O principal índice europeu encontra-se a negociar em máximos de um mês, com o início da "earnings season" a devolver o entusiasmo ao mercado europeu.
O Stoxx 600 soma 0,33% para 521,21 pontos. Os setores do "oil&gas" e das telecomunicações são os principais impulsionadores do índice de referência do Velho Continente, ao crescerem 1,22% e 0,93%, respetivamente. Aliás, todos os setores encontram-se a negociar no verde, exceto o do imobiliário e o das tecnologias.
Este último recua 0,3%, depois de as "Sete Magníficas" terem empurrado os principais índices norte-americanos para o vermelho na sessão de quinta-feira. A consolidação de expectativas em relação a um alívio da política monetária está a fazer com que os investidores optem por outros ativos que possam beneficiar de juros mais baixos.
Entre as principais movimentações de mercado, a Ericsson cresce quase 6% para 71,98 coroas suecas (cerca de 6,28 euros, à taxa de câmbio atual) depois da empresa de telecomunicações ter apresentado uma queda nos lucros inferior à esperada pelos analistas entre abril e junho de 2024.
Já a Norwegian Air, que também apresentou resultados trimestrais, escala 7,77% para 0,96 euros por ação. A companhia aérea apresentou um EBIT (ou seja, um lucro antes de juros e impostos) de 593 milhões de coroas norueguesas contra a expectativa de mercado de 386 milhões, no segundo trimestre do ano.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,33%, o italiano FTSEMIB avança 0,54%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,38%, o britânico FTSE 100 cresce 0,35% e o francês CAC-40 valoriza 0,85%.
Juros agravam-se na Zona Euro, depois de duas sessões a aliviar
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro voltaram a agravar-se esta sexta-feira, depois de duas sessões consecutivas a aliviar.
A "yield" da dívida italiana a dez anos avançou 2,6 pontos base para 3,808%. Já a rendibilidade da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade subiu 4,1 pontos para 3,081%, enquanto a das obrigações soberanas espanholas registou um acréscimo de 3,8 pontos para 3,264%.
Por seu lado os juros da dívida francesa, com prazo a dez anos, agravaram 3,8 pontos base para 3,156%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs na mesma maturidade, e de referência para a região, avançou 4,7 pontos base para 2,506%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, com prazo a dez anos, subiram 5,2 pontos base para 4,124%.
Iene cai após salto de 3% na última sessão. Dólar mais fraco
O iene voltou a estar no centro das atenções dos investidores, ao crescer mais de 3% na quinta-feira, imediatamente após terem sido divulgados os novos dados da inflação nos EUA. A valorização abrupta está a alimentar especulação de uma alegada intervenção do banco central japonês no mercado.
O iene, que tem negociado em mínimos de 38 anos, está a registar grande volatilidade esta sexta-feira, mas neste momento pende para terreno negativo, ao recuar 0,19% para 159,08 dólares.
"É tudo uma questão de oportunismo com os dados dos EUA a fazerem o trabalho pesado", explicou Moh Siong Sim, estratega do Bank of Singapore, à Reuters. "Se eles [o banco central japonês] intervieram, isso só mostra uma intenção de limitar a fraqueza do iene", concluiu.
Já em relação às suas principais rivais, a divisa norte-americana encontra-se em queda. O euro avança 0,14% para 1,0883 dólares, enquanto a libra valoriza 0,21% para 1,2936 dóalres.
Ouro corrige após ímpeto dado por uma inflação em abrandamento
O ouro está a negociar em baixa, depois de ter atingido a marca de 2.400 dólares por onça na sessão anterior, impulsionado por uma inflação em desaceleração e um aumento das expectativas em relação a um corte nas taxas de juro.
O "metal amarelo" recua 0,45% para 2.404,71 dólares por onça e encontra-se a corrigir do salto de 1,9% dado na quinta-feira.
Os mercados estão agora mais confiantes que a Reserva Federal (Fed) dos EUA vai começar a aliviar a política monetária já em setembro, com um corte de 0,25 pontos base – que deve ser seguido por outro na mesma escala em dezembro.
O ouro já valorizou mais de 17% este ano, impulsionado por uma corrida ao metal precioso por vários bancos centrais no mundo e pelas tensões geopolíticas no Médio Oriente. Em maio, atingiu máximos históricos de 2.450,07 dólares por onça.
Inflação e dólar em queda impulsionam preços do petróleo
Os preços do petróleo cresceram pelo terceiro dia consecutivo com os novos dados da inflação nos EUA e uma procura mais robusta a darem ímpeto à matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,69% para 83,19 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,56% para 85,88 dólares.
O aumento das expectativas em relação a um alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana está ainda a pressionar o dólar, o que torna a compra de petróleo mais atrativa para investidores estrangeiros.
Os preços do crude têm registado uma grande valorização em 2024, impulsionados maioritariamente por tensões no Médio Oriente e pelos cortes na produção desta matéria-prima impostos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados. No seu último relatório, o grupo prevê que o consumo mundial de crude vai aumentar cerca de dois milhões de barris por dia no resto do ano.
Tecnológicas pressionam bolsas asiáticas. Europa sem tendência definida
As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta sexta-feira mistas, com as ações das tecnológicas a pressionar as principais praças da região. Já a negociação de futuros na Europa aponta para uma abertura sem uma tendência definida.
A consolidação das expectativas de um corte de juros já em setembro – depois dos dados da inflação nos EUA indicarem uma desaceleração dos preços -, está a fazer com que os investidores optem por outros ativos que possam beneficiar de juros mais baixos.
As perdas foram especialmente sentidas no Japão, com o Topix a recuar 1,3% e o Nikkei 225 a desvalorizar 2,45%.
Em contraciclo, o Hang Seng de Hong Kong cresceu 2,2% e registou o seu melhor dia em mais de três semanas, impulsionado pelas expectativas crescentes em relação a políticas de incentivo económico na China. O Shanghai Composite cresceu 0,07%.
Já na Europa, a negociação de futuros do Euro Stoxx ficou praticamente inalterada, com a segunda "earnings season" do ano a centrar a atenção dos investidores.