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Fecho dos mercados: Resultados e economia puxam pelas bolsas. Petróleo desce com dúvidas sobre a OPEP
A época de apresentação de resultados na Europa está a surpreender pela positiva, levando o Stoxx 600 a máximos de quase dois anos. O PSI-20 acompanha o optmismo, com fortes ganhos na Mota-Engil, CTT, BCP e Sonae.
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 1,68% para 5.118,02 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,75% para 389,53 pontos
S&P 500 avança 0,07% para 2.389,99 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 1,9 pontos base para 3,564%
Euro aprecia 0,14% para 1,0914 dólares
Brent perde 0,74% para 51,14 dólares por barril
Resultados puxam pelas bolsas europeias
O Stoxx 600 avançou 0,75% para o valor mais elevado desde o Verão de 2015, com a maioria das cotadas do Velho Continente a passarem com distinção na época de apresentação de resultados trimestrais. Esta terça-feira, por exemplo, a BP mostrou números melhor que o antecipado, o que resultou numa subida de 1,60% das acções. As estimativas dos analistas apontam para uma subida homóloga dos lucros das cotadas europeias de quase 14%, segundo a Reuters.
Além dos resultados, os indicadores da economia da Zona Euro continuam a dar confiança ao mercado. O índice da actividade industrial, divulgado esta terça-feira, sinalizou a maior expansão em seis anos. Nove dos 19 índices sectoriais do Stoxx 600 avançaram mais de 1%. Os maiores destaques foram as tecnológicas e as construtoras. Nota ainda para o índice da banca europeia, que avançou 0,71% após a Bernstein ter passado a recomendação para o sector de negativa para positiva.
Na bolsa nacional o dia também foi de optimismo. O PSI-20 subiu 1,68% para o valor mais alto em mais de um ano, com várias cotadas a atingirem máximos dos últimos anos. Houve subidas expressivas, como as da Mota-Engil e dos CTT. Subiram 9,21% e 7,46%. A construtora negoceia em máximos de dois anos e a empresa de correios transacciona no valor mais alto desde Janeiro. Também o BCP e a Sonae puxaram pela bolsa, ao valorizarem 4,35% e 3,93%. A Sonae negoceia em máximos de um ano. Mas a maior subida da sessão pertenceu à Pharol, que recuperou 16,53%.
Juros com subida ligeira
A taxa das obrigações portuguesas a dez anos subiu 1,9 pontos base para 3,564%. O BCE voltou a travar nas compras de dívida nacional e Edwald Nowotny, o presidente do banco central austríaco, ter alertado para os riscos de se manterem os estímulos por mais tempo. As taxas italianas e espanholas também subiram 2,4 e 0,6 pontos base, respectivamente, para 2,307% e 1,654%. Já a "yield" germânica avançou 1,1 pontos base para 0,328%. Mas como a subida foi de menor dimensão que o aumento da "yield" portuguesa, o prémio de risco da dívida nacional teve uma subida ligeira para 323,6 pontos base.
Euribor sem alterações
Numa altura em que o mercado se prepara para as alterações no cálculo da Euribor, os indexantes não sofreram quaisquer alterações esta terça-feira. A taxa a três meses permaneceu em -0,329%, segundo dados da agência Lusa. O indexante a seis meses manteve-se em -0,249%. E a Euribor a 12 meses voltou a ser fixada em -0,121%.
Dólar em máximo de sete semanas face ao iene
O apetite pelo risco pressionou o iene, divisa vista como um dos refúgios nos mercados. O dólar americano avança 0,21% para 112,07 ienes, o valor mais elevado das últimas sete semanas. O euro também aproveita para valorizar em relação à divisa nipónica. A moeda única avança 0,35% para 122,35 ienes. E leva também ganhos face à nota verde. Sobe 0,14% para 1,0914 dólares, numa altura em que o mercado aguarda as decisões da Reserva Federal dos EUA, que conclui esta quarta-feira a reunião de política monetária.
Petróleo desce com menor confiança no efeito OPEP
Os grandes investidores aparentam estar a perder confiança de que os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo levem a um reequilíbrio no mercado. Segundo dados citados pela Reuters esta segunda-feira, na semana terminada a 25 de Abril os gestores de activos fizeram o maior corte desde que há registos nas apostas na subida do preço do ouro negro. E uma sondagem feita pela agência, revela que apesar de a OPEP ter continuado perto de cumprir com as metas em Abril, isso deve-se sobretudo à descida da produção da Arábia Saudita, já que há mais países a desrespeitar os valores de produção acordados. O Brent cede 0,74% para 51,14 dólares. Já o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, perde 0,88% para 48,41 dólares.
Prata em mínimos de três meses
A maior propensão ao risco por parte dos investidores e os receios de que a Reserva Federal dos EUA anuncie um tom mais restritivo em relação à política monetária levaram os metais preciosos a perder brilho. A prata perde 0,10% para 16,84 dólares e chegou a negociar esta sessão em mínimos de três meses. Já o ouro desce 0,08% para 1.255,56 dólares, e transaccionou no valor mais baixo das últimas três semanas.