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Queda das empresas de retalho e "utilities" leva Europa ao tapete. Petróleo continua a subir
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Queda das empresas de retalho e "utilities" leva Europa ao vermelho
As praças europeias encerraram a sessão no vermelho, com os setores do retalho e das "utilities" a pressionar. Além disso, os resultados sobre o rápido ritmo da atividade económica na Zona Euro, estimando-se que em junho tenha crescido ao ritmo mais acelerado em 15 anos, levantou preocupações sobre a inflação no velho continente.
O Stoxx 600, o índice de referência na Europa, deslizou 0,7%, com apenas dois dos 20 setores a terminarem a sessão em terreno positivo, com destaque para o setor químico.
O setor das "utilities" liderou as perdas, ao depreciar-se em 1,6%, após a agência espanhola Efe avançar que o presidente e CEO da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, terá sido apontado como suspeito por um tribunal de Espanha numa investigação criminal sobre suposta espionagem empresarial.
Também o setor dos bens de luxo caiu, a recuar 1,3% nesta sessão, com as cotadas deste segmento a perder força.
Nas principais praças europeias, o índice britânico FTSE 100 caiu 0,2%, o alemão DAX desvalorizou 1,2% e o francês CAC40 deslizou 0,9%. Já o espanhol IBEX 35 cedeu 1,1%.
Retoma da procura, queda dos stocks e depreciação do dólar animam petróleo
O "ouro negro" segue em alta nos principais mercados internacionais, ainda animado pela crescente procura por combustível, pela queda da nota verde e pela diminuição dos inventários norte-americanos.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a somar 1,07% para 73,63 dólares por barril, em máximos de outubro de 2018.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,20% para 75,71 dólares, níveis que não atingia desde abril de 2019.
Os intervenientes de mercado aguardam já pela reunião de 1 de julho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), cujos membros vão debater as quotas de produção a partir de agosto, esperando-se que continue a haver uma abertura de torneiras – necessária perante o atual défice da oferta face à crescente procura.
Mesmo com a OPEP a abrir as suas torneiras e com a possibilidade de o Irão exportar mais crude em caso de restabelecimento do acordo nuclear, por enquanto isso não parece assustar grandemente o mercado, dada a oferta abaixo da procura – mas tudo dependerá do volume de crude que poderá começar a ser escoado de fresco no mercado.
Hoje, o Irão veio dizer que os EUA concordaram em remover todas as sanções impostas ao seu crude e exportações, se bem que a Alemanha tenha mostrado cautela, dizendo que há ainda questões por resolver nas conversações entre Teerão e as potências mundiais para reativar o acordo nuclear de 2015.
A ajudar às subidas de hoje está a queda dos stocks norte-americanos de crude na semana passada. Os inventários diminuíram em 7,61 milhões de barris, o que constituiu a quinta semana consecutiva de redução das reservas – o maior ciclo semanal de quedas desde janeiro.
Outro fator de sustentação nesta quarta-feira é a depreciação do dólar, o que torna mais atrativos os ativos denominados na nota verde, como é o caso do petróleo.
"Assim como a correção do dólar, também as expectativas de aumento da procura nos setores da energia e da mineração têm impulsionado o sentimento do mercado nesta semana, numa altura em que as viagens e o lazer estão suspensos em muitas áreas", sublinha Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
Ainda assim, acrescenta, "a maioria dos investidores de petróleo está atento ao decorrer das negociações com o Irão, visto que um acordo com outra superpotência podia, rapidamente, levar a um excesso no fornecimento global e prejudicar a atual alta".
Ouro valoriza com inflação transitória
O preço do ouro segue hoje em alta influenciado pela inflação americana que, apesar de ser transitória segundo a Fed, pode durar mais do que aquilo que se esperava.
Assim, a onça do metal precioso negoceia 0,8% acima do preço de fecho, nos 1.793 dólares.
O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, voltou a reiterar que a inflação observada nos Estados Unidos, acima do esperado, é fruto de influências passageiras mas poderá demorar a corrigir. A ideia de que o mercado estará ainda sujeito a oscilações deixa os investidores mais propícios a investir em ativos refúgio, como o ouro.
Yields corrigem comportamento matinal e aliviam face à inflação nos EUA
Os juros da dívida soberana corrigiram as tendências matinais e nos principais Estados da Zona Euro estão a recuar face a alguns leilões de dívida na região e às notícias da inflação que vêm dos Estados Unidos. Foram também divulgados os índices PMI de França e Alemanha.
Em Portugal, a taxa de juro nos títulos a 10 anos alivia 1,4 pontos base para os 0,429%, enquanto em Espanha a variação era de -1,2 p.b. para os 0,446%.
Na Alemanha - o país que serve de referência para o resto da Europa - o comportamento da yield era semelhante ao recuar 1,5 p.b. para os -1,818%, enquanto Itália apresentava a menor variação dos quatro países com a taxa de juro para a mesma maturidade a aliviar apenas 1 p.b. para os 0,886%.
Em França a yield a 10 anos aliviava também na ordem dos 0,012 p.b. para os 0,159%.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente da Fed voltou a reiterar a natureza transitória da inflação observada ao longo dos últimos meses no país, que tem registado valores acima dos esperados, e garantiu que a Reserva Federal será paciente quanto ao aumento das taxas directoras.
A garantia dada sobre a manutenção das taxas de juro diretoras para os próximos meses mas, ao mesmo tempo, a ideia de que o mercado vai ainda sofrer ajustes empurrou os investidores para este tipo de título mais seguro, fazendo recuar a yield.
S&P 500 e Nasdaq voltam a renovar máximos históricos
Os três maiores índices de Wall Street abriram a sessão desta quarta-feira a negociar novamente em alta, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite a renovarem máximos históricos, num dia em que o setor da energia vai brilhando.
Por esta altura, o S&P 500 ganha 0,10% para os 4.250,89 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,31% para os 14.297,23 pontos. Em leve queda está o Dow Jones, que perde 0,03% para os 33.934,12 pontos.
Empresas do setor da energia, como é o caso da Exxon Mobil e também da Chevron estão em alta, à boleia da nova subida dos preços do petróleo, que renovam máximos de dois anos nesta quarta-feira, numa altura em que os inventários desta matéria-prima caíram pela quinta semana consecutiva.
A maior parte dos grandes nomes do setor tecnológico também está a sofrer um "boost" no início de sessão, com a Tesla a subir 3%. Amazon, Facebook e Aplhabet, dona da Google, seguem a valorizar, ao passo que a Microsoft recua ligeiramente depois de ontem ter chegado ao patamar dos 2 biliões de dólares de valor de mercado, pela primeira vez.
Ontem, Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos EUA, voltou a frisar que a inflação no país seria temporária, levando a uma queda nos juros do Tesouro. Num discurso no comité da Câmara de Representantes sobre a crise do coronavirus, o líder reiterou que a subida de 5% da inflação em maio deste ano se deve a "fatores transitórios", pelo que não espera que existam subidas de juros ou abrandamentos do programa de compra de ativos só por prevenção.
Euro recupera frente ao dólar com ajuda dos PMI
O euro conseguiu recuperar o fôlego quase duas horas depois da abertura dos mercados na Europa, com os índices PMI de Alemanha e França a darem força à divida europeia.
As duas maiores economias da Europa relataram um "boom" na atividade do setor de serviços em junho, numa altura em que a região começa a desbloquear.
O euro, que começou o dia com uma queda de 0,05%, está agora a apreciar 0,03% para os 1,1943 dólares.
Europa abre em alta, mas recua rapidamente com Bank of Ireland e Louis Vuitton a pressionarem
Os principais índices na Europa abriram todos em alta na manhã desta quarta-feira, mas parte deles estão a perder o fôlego com o passar dos minutos, numa altura em que o Bank of Ireland e a LMVH, dona da Louis Vuitton, estão entre os piores desempenhos.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região - encolhe 0,2% para os 455,74 pontos, depois de ter chegado a subir 0,2%.
As ações do Bank of Ireland chegaram a recuar 6% no início de sessão depois de o governo irlandês estar a ponderar vender a sua participação. Agora, as ações recuperaram ligeiramente, mas continuam a afundar mais de 5%.
No total, o governo do país pretende vender dois terços dos 14% que mantém no capital do banco ao longo dos próximos seis meses.
Em queda está também todo o setor de luxo na Europa, com a LMVH a cair quase 2% depois de o HSBC ter escrito num relatório que os investidores se estão a afastar deste segmento, cortando a recomendação a outras empresas do setor como a Kering.
Petróleo volta a renovar máximos de 2019 com inventários dos EUA a caírem
Os preços do petróleo registaram uma subida na manhã desta quarta-feira na Europa, depois de os dados referentes à indústria nos EUA apontarem para uma queda nos inventários desta matéria-prima nos armazéns.
Assim sendo, o Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - ganha 0,60% para os 75,26 dólares por barril, ao passo que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 0,48% para os 73,20 dólares.
O Instituto Americano de Petróleo revelou que os inventários de petróleo caíram para 7,2 milhões de barris na semana passada, de acordo com uma fonte citada pela Bloomberg, antes de os dados oficiais serem divulgados.
A confirmar-se esta redução, significa que os "stocks" de petróleo nos EUA estão a cair pela quinta semana seguinda, o que representa o maior ciclo de quedas desde janeiro deste ano.
Ouro vai subindo à boleia dos comentários de Powell
O ouro está a valorizar nesta quarta-feira, apesar dos comentários de Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos EUA, terem promovido uma corrida a ativos mais arriscados, como é o caso das ações, por exemplo.
Por norma, o metal precioso beneficia quando existem turbulências no mercado de ações, fazendo-se valer do seu caráter de refúgio, que leva os investidores a esconderem-se neste ativo até que a situação volte a acalmar.
Ainda assim, depois de o S&P 500 ter subido para máximos históricos na sessão de ontem, o ouro está a valorizar 0,19% para os 1.782,11 dólares por onça.
Juros da Europa assumem diferentes posturas em dia de PMI e leilões
Os juros da dívida dos países da Zona Euro estão a negociar em queda na manhã desta quarta-feira, num dia em que estão marcados alguns leilões de dívida na região e em que foram divulgados os índices PMI de França e Alemanha, que medem o pulso à economia em ambas as geografias.
Para já, a reação dos juros do "Bund" alemão ao PMI está a fazer-se com uma subida de 0,2 pontos base para os -0,164%. Já em França, os juros da dívida a dez anos estão a cair 0,4 pontos base para os 0,163%.
Mas se as diferenças entre Alemanha e França se vão notando, ainda são mais salientes quando comparadas com as dívidas dos países da chamada periferia. Em Portugal, os juros a dez anos estão a perder 0,8 pontos base para os 0,436% e em Espanha a "yield" perde 0,7 pontos base para os 0,451%.
Em Itália, a queda é ainda maior: -1,2 pontos base para os 0,885%.
Futuros da Europa e EUA em alta após discurso de Powell
Os futuros das ações norte-americanas e europeias estão a valorizar na manhã desta quarta-feira, depois dos comentários de Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos EUA, que voltou a frisar que a inflação no país seria temporária, levando a uma queda nos juros do Tesouro.
Num discurso no comité da Câmara de Representantes sobre a crise do coronavirus, o líder reiterou que a subida de 5% da inflação em maio deste ano se deve a "fatores transitórios", pelo que não espera que existam subidas de juros ou abrandamentos do programa de compra de ativos só por prevenção.
Afastou também a hipótese de os números do índice de preços subir aos níveis de 1970, quando este indicador chegou a ser superior a 10% em alguns meses, tendo acabado o ano com uma média de 7%. Agora, Powell defende que a inflação estará de volta à meta de 2% no longo prazo.
Os comentários do líder da Fed deram um novo impulso aos mercados, com Wall Street a renovar máximos históricos na sessão de ontem e a transpor esse otimismo para a sessão asiática, com ganhos registados em Hong Kong (1,5%), Coreia do Sul (0,4%) e China (0,5%). Os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 0,2%, em linha com os futuros do pan-europeu Stoxx 50.
As ações de tecnologia foram as que deram um maior impulso na Ásia, escalando pelo segundo dia consecutivo, apesar do leve recuo das ações japonesas. Ontem, em Wall Street, a Microsoft atingiu uma capitalização bolsista de dois biliões de dólares.