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Europa interrompe série de quedas com ajuda das energéticas e tecnológicas
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Europa interrompe série de quedas com ajuda das energéticas e tecnológicas
As bolsas europeias conseguiram superar os receios dos investidores em relação a uma escalada do conflito na Ucrânia e terminaram a sessão desta quinta-feira em alta, impulsionadas por pesos pesados do setor energético e tecnológico.
O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, conseguiu interromper uma série de perdas de quatro dias consecutivos, ao terminar a sessão a crescer 0,41% para 502,54 pontos. Entre os vários setores que compõem este índice de referência, o que mais cresceu foi o energético, à boleia de um aumento dos preços do petróleo no mercado internacional.
O setor tecnológico também conseguir terminar em alta, apesar de ter arrancado o dia em território negativo, pressionado por um "guidance" abaixo das expectativas mais elevadas da Nvidia para o último trimestre fiscal do ano. Gigantes tecnológicas europeias como a ASML e a SAP terminaram a valorizar mais de 2% esta quinta-feira, dando algum gás ao principal índice europeu.
No entanto, o maior ganho setorial veio mesmo do setor dos seguros, que foi impulsionado pelo crescimento de mais de 3% da Zurich Insurance e uma subida de quase 7% pela polaca PZU. Ambas as empresas apresentaram resultados trimestrais que ficaram acima das expectativas do mercado.
"Não estamos a ver as preocupações geopolíticas refletidas no mercado acionista. Vimos um pouco de nervosismo a limitar os ganhos, em vez de criar um grande clima de risco no mercado", afirma Fiona Cincotta, analista de mercado sénior do City Index, à Reuters.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax avançou 0,74%, o francês CAC-40 valorizou 0,21%, o italiano FTSEMIB subiu 0,20%, o britânico FTSE 100 cresceu 0,79% e o espanhol IBEX 35 somou 0,19%%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,88%.
Juros descem na Zona Euro. Investidores reavaliam futuro da política monetária
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu aliviaram esta quinta-feira, com os investidores a digerirem os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e a recalibrar perspetivas em relação ao ciclo de alívio da política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, perdeu 1,2 pontos base para 2,778%. Por sua vez, a rendibilidade da dívida espanhola recuou 1,9 pontos base para 3,038%.
Já a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, aliviou 3,2 pontos base para 2,314%, enquanto a da dívida francesa com a mesma maturidade subtraiu 0,2 pontos base para 3,100%. Os juros da dívida italiana cederam 0,9 pontos até 3,568%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 2,6 pontos base para 4,441%.
Euro em queda com guerra na Ucrânia como pano de fundo. Dólar recupera
Com o intensificar da guerra na Ucrânia como pano de fundo, o euro encontra-se a negociar em baixa face ao dólar esta quinta-feira. A moeda única recua 0,55% para 1,0486 dólares, com o índice da divisa norte-americana – que mede a força da mesma contra as suas seis principais concorrentes – a avançar 0,33%.
O dólar está ainda a beneficiar da divulgação dos dados relativos aos pedidos de subsídio de desemprego, que recuaram para 213 mil na semana passada – mínimos de sete meses e abaixo das expectativas dos economistas abordados pela Reuters. Os dados demonstram uma resiliência do mercado de trabalho, o que pode vir a ter repercussões no ciclo de alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
"Alguma da euforia relacionada com os ‘Trump-trades’ [ativos que beneficiam com a vitória do republicano nas eleições norte-americanas] que estava no mercado está a começar a desvanecer-se aos poucos, mas ainda está presente. Os investidores estão agora a recalibrar as suas carteiras, o que está a dar ímpeto ao dólar na sessão de hoje", explica Brad Bechtel, chefe global de mercados cambiais do Jefferies, à Reuters.
Já no campo dos ativos-refúgio, o iene está a negociar em alta, numa altura em que as tensões geopolíticas adensam-se e o conflito na Ucrânia ganha novos contornos. Contra a divisa japonesa, o dólar perde 0,57% para 154,53 ienes.
Ouro beneficia da sua posição com ativo-refúgio e atinge máximos de uma semana
Depois de ter andado à procura de novos catalisadores após a eleição de Donald Trump como o 47.º presidente dos EUA, os preços do ouro voltaram a ganhar gás esta semana. Esta quinta-feira marca a quarta sessão consecutiva que o metal precioso negoceia em alta, impulsionado pelo adensar do conflito na Ucrânia.
O ouro avança, a esta hora, 0,70% para 2.668,98 dólares por onça – máximos de uma semana -, beneficiando da sua posição no mercado como um ativo-refúgio. "Os fatores geopolíticos têm andado aqui em jogo no mercado do ouro ao longo dos últimos dias – e o aumento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia é provavelmente o mais notável", explica David Meger, diretor de negociação de metais da High Ridge Futures, à Reuters.
Os preços do ouro já avançaram cerca de 4% esta semana, registando o melhor desempenho desde abril. Esta valorização segue-se à maior queda em mais de três anos registada no acumulado da semana passada, com o ouro a ser pressionado pelo "rally" do dólar.
Apesar de a vitória de Trump ter abalado as perspetivas de um ciclo de alívio da política monetária mais rápido por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana, a maioria dos economistas abordados pela Reuters continua à espera de um novo corte nas taxas de juro por parte do banco central em dezembro. Os investidores não estão tão certos deste cenário e esperam, agora, por uma série de intervenções de membros da Fed agendadas para esta semana.
Petróleo acelera com tensões geopolíticas e possível retoma da procura
Os preços do petróleo aceleraram esta quinta-feira, numa altura em que as tensões geopolíticas continuam e a procura pela matéria-prima parece estar a recuperar alguma força nos EUA.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA - avança 1,12% para os 69,52 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – ganha 1,04% para os 73,54 dólares por barril. Ambos os índices chegaram a ultrapassar 2% durante esta quinta-feira.
O crude está a receber ímpeto de um escalar do conflito na Ucrânia. Kiev acusou a Rússia de atingir o centro da cidade da Dnipro com um míssil balístico intercontinental esta quinta-feira, em resposta aos ataques ucranianos que atingiram território russo com mísseis britânicos e norte-americanos.
Os preços do petróleo estão ainda a beneficiar de sinais de que a procura por esta matéria-prima pode estar a recuperar no mercado norte-americano, com um indicador das margens obtidas com a transformação do crude em gasóleo e gás a atingir máximos de agosto. Em contraciclo, os "stocks" de crude nos EUA voltaram a crescer na semana passada. Os inventários desta matéria-prima cresceram em mais 545 mil barris – um valor acima das expectativas dos analistas -, alcançando a marca dos 430,3 milhões de barris disponíveis.
Furacão Nvidia perde força mas Wall Street vai resistindo
As atenções estavam todas centradas na Nvidia e, apesar de a tecnológica continuar a superar as expectativas dos analistas, os investidores não ficaram muito animados com os resultados da cotada. Wall Street abriu a sessão desta quinta-feira em alta ligeira, numa altura em que o conflito Ucrânia-Rússia conquista lugar no holofote.
O S&P 500 arrancou a sessão a crescer 0,40% para 5.940,58 pontos, enquanto o Nasdaq Composite sobe 0,56% para 19.072,78 pontos. Já o Dow Jones valoriza 0,30% para 43.538,7 pontos.
No terceiro trimestre fiscal da empresa, os lucros e receitas da Nvidia praticamente duplicaram para 9,3 mil milhões de dólares e 35,1 mil milhões, respetivamente, face ao período homólogo. Os números até ficaram acima das previsões dos analistas, mas as projeções para o quarto trimestre dececionaram as expectativas mais elevadas dos investidores.
No rescaldo dos resultados, a Nvidia chegou a cair cerca de 1,7% no "premarket", mas entretanto consegui reverter esta tendência e arrancou a sessão desta quinta-feira a valorizar 0,77% para 147,01 dólares. "Numa primeira impressão, a Nvidia voltou a conseguir alcançar o tipo de crescimento que a maioria das empresas nunca vai conseguir na sua vida", afirmou Dan Coatsworth, analista de investimento da AJ Bell, à Reuters. "O que está a incomodar os investidores desta vez é a queda nas margens brutas da empresa, bem como a previsão de uma nova descida no próximo trimestre e um ‘guidence’ para as receitas mais fraco do que o previsto", explicou.
Desde meados de 2023, a Nvidia tem liderado o "rally" no mercado acionista norte-americano, com os investidores a apostarem na tecnológica como uma bússola para o potencial que a inteligência artificial (IA) pode ter no aumento dos lucros das empresas. O crescimento foi tal que a fabricante de "chips" conseguiu suplantar a Apple como a empresa com maior capitalização de mercado do mundo.
Na frente geopolítica, os investidores continuam atentos ao escalar das tensões na Ucrânia. Depois de Kiev ter atacado território russo com mísseis norte-americanos e britânicos, esta quinta-feira o Kremlin respondeu com um míssil intercontinental que atingiu Dnipro, a quarta maior cidade ucraniana. O adensar do conflito está a levar a uma corrida a ativos mais seguros, embora Wall Street consiga permancer à tona.
Esta quinta-feira também foram conhecidos os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, que atingiram mínimos de sete meses na semana passada. Foram 213 mil pedidos, quando os analistas abordados pela Reuters previam 220 mil. Os números sugerem que o emprego terá conseguido recuperar alguma tração em novembro, depois ter caído abruptamente no mês passado devido a furacões e greves.
Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses, invertendo a quebra da véspera no prazo mais curto e mantendo a tendência nos dois prazos mais longos.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 3,005%, continuou acima da taxa a seis meses (2,778%) e da taxa a 12 meses (2,491%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje 0,017 pontos para 2,778%, após ter caído na segunda-feira para um novo mínimo desde 30 de dezembro de 2022 (2,735%).
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, subiu hoje para 2,491%, mais 0,026 pontos do que na quarta-feira e após ter atingido na segunda-feira um novo mínimo desde 05 de outubro de 2022 (2,432%).
Já a Euribor a três meses subiu hoje para 3,005%, mais 0,005 pontos do que na sessão anterior. Na passada sexta-feira, esta taxa tinha descido para 2,998%, um novo mínimo desde 28 de março de 2023.
A média da Euribor em outubro desceu a três, a seis e a 12 meses, mais acentuadamente do que em setembro e com mais intensidade nos prazos mais curtos.
Em 17 de outubro, o BCE cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.
Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.
Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa em minímos de quase quatro meses. Nvidia penaliza setor tecnológico
Os principais índices europeus estão a negociar em terreno negativo, com os investidores centrados nos resultados do trimestre da Nvidia - a maior empresa do mundo em termos de capitalização bolsista -, ao mesmo tempo que se afastam de ativos de maior risco, dado o escalar do conflito na Ucrânia.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,34% para 498,77 pontos, estando a desvalorizar pela quinta sessão consecutiva e a negociar em mínimos de quase quatro meses.
A registar a maior queda está o setor automóvel, que cai mais de 1%, enquanto o setor da tecnologia perde 0,37%.
A Nvidia viu os lucros e receitas praticamente duplicarem para 19,3 mil milhões de dólares e 35,1 mil milhões, respetivamente, no terceiro trimestre face ao período homólogo. Ainda assim, foi o crescimento mais lento das receitas dos últimos sete trimestres.
Tal como tinha acontecido com a anterior apresentação de resultados, os investidores não parecem ter ficado agradados com o ritmo de crescimento previsto das receitas, uma vez que a empresa estima uma subida homóloga de cerca de 70%, o que representa um abrandamento face ao crescimento de 265% em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar de uma queda generalizada das empresas do setor dos semicondutores, a Soitec, uma empresa de "chips", escala mais de 19%. A companhia deu conta de uma descida dos lucros na primeira metade do ano, mas reafirmou o "guidance" para o acumulado de 2024, esperando receitas semelhantes às registadas no ano passado.
Entre outros movimentos de mercado, a Novartis avança muito ligeiramente, depois de a empresa ter revisto em alta as expectativas de vendas no médio prazo devido a uma maior procura por fármacos para o cancro e doenças do foro imunológico.
Já a Unilever desce 0,4% depois de o Financial Times ter avançado que a empresa está a tentar realizar um "spin-off" do seu negócio de gelados, em vez de uma venda a um grupo de capitais privados.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,15%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,56%, o italiano FTSEMIB recua 0,71%, o britânico FTSE 100 desliza 0,01% e o espanhol IBEX 35 cai 0,17%%. Em Amesterdão, o AEX regista um decréscimo de 0,43%.
Juros da Zona Euro sem tendência definida
Os juros das dívidas soberanas do bloco europeu estão a negociar sem tendência esta quinta-feira, com os investidores a digerirem os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia e atentos a emissões de dívida por Espanha e França.
A "yield" da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, soma 1 ponto base para 2,800%.
A rendibilidade da dívida espanhola está inalterada nos 3,057%. Por sua vez, a "yield" da dívida alemã a dez anos, de referência para a região, alivia 2,2 pontos base, para 2,325%.
Já a rendibilidade da dívida francesa com a mesma maturidade soma 0,7 pontos base para 3,109%, enquanto a da italiana avança 0,7 pontos até 3,584%.
Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, recuam 2,9 pontos base para 4,439%.
Dólar em queda ligeira. Aumento de tensões na Ucrânia pesa no euro
O dólar está a negociar em baixa face às principais divisas rivais esta quinta-feira, interrompendo os mais recentes ganhos, com os investidores a procurarem maior clareza relativamente às políticas do recém-eleito Presidente dos Estados Unidos e relativamente ao futuro da política monetária da Reserva Federal.
O índice do dólar – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – cede 0,09% para os 106,586 dólares. O euro também perde 0,09% para 1,0535 dólares.
Numa nota matinal, os analistas do neerlandês ING atribuem a manutenção da força do dólar a um cenário em que as taxas de juro nos Estados Unidos estão a ser reavaliadas em alta, com os investidores afastarem-se ligeiramente de um cenário de corte de juros pela Fed em dezembro.
Já no caso da moeda única europeia, o analista Chris Turner, do mesmo banco, indica que o facto de a "administração Biden estar a dar maior apoio antes do final do ano deixa o caminho aberto para uma resposta mais agressiva pela Rússia - um desenvolvimento que está a pesar sobre as moedas europeias e a começar a manifestar-se no aumento dos preços do gás natural".
Ouro surge como ativo-refúgio com adensar do conflito na Ucrânia
Após ter sido fortemente penalizado por uma valorização do dólar, que torna o ouro mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira, o metal amarelo está a registar esta quinta-feira a quarta sessão de ganhos consecutiva. O ouro tem sido sustentado por uma procura por ativos-refúgio derivado de um aumento das tensões na Ucrânia.
O ouro sobe 0,65% para 2.667,95 dólares por onça.
Os investidores aguardam também novos discursos de membros da Reserva Federal para melhor compreender o rumo da política monetária nos Estados Unidos daqui para a frente e, em particular, o que poderá acontecer no encontro de dezembro. Atualmente, os mercados estão a apontar em 52% para um corte de juros em dezembro.
Petróleo em alta à boleia de receios de um escalar do conflito na Ucrânia
Os preços do petróleo seguem a valorizar esta quinta-feira, com os investidores centrados nas tensões geopolíticas, com os receios de um escalar das tensões na Ucrânia a contrariarem o impacto de um aumento maior do que o esperado dos "stocks" de crude nos Estados Unidos.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA e com prazo de entrega em janeiro - avança 0,89% para os 69,36 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – ganha 0,78% para os 73,38 dólares por barril.
Na quarta-feira a Ucrânia voltou a atingir território russo - desta vez com mísseis britânicos -, aumentando receios de uma escalada do conflito.
"Para o petróleo, o risco é se a Ucrânia atacar as infraestruturas energéticas russas, enquanto o outro risco é a incerteza sobre a forma como a Rússia responde a estes ataques", referem os analistas do ING numa nota.
Os investidores estão a ainda a avaliar a possibilidade de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), adiar novamente um aumento da produção na reunião marcada para 1 de dezembro, devido à fraca procura mundial, noticia a Reuters.
Mercados reagem a contas da Nvidia. Futuros da Europa em alta e Ásia em queda
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos no início da sessão, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a valorizarem 0,34%.
A sessão de ontem, que encerrou no vermelho, ficou marcada por receios de uma escalada do conflito na Ucrânia, depois de Kiev ter voltado a atingir território russo - desta vez com mísseis britânicos. Nem a promessa do presidente russo de discutir um cessar-fogo com Donald Trump conseguiu dar alento às principais praças europeias. E é lá que os investidores devem continuar a centrar atenções.
Em destaque estão também as contas da Nvidia, que viu os lucros e receitas praticamente duplicarem para 19,3 mil milhões de dólares e 35,1 mil milhões, respetivamente, no terceiro trimestre face ao período homólogo. Ainda assim, foi o crescimento mais lento das receitas dos últimos sete trimestres.
Tal como tinha acontecido com a anterior apresentação de resultados, os investidores não parecem ter ficado agradados com o ritmo de crescimento previsto das receitas, uma vez que prevê uma subida homóloga de cerca de 70%, o que representa um abrandamento face ao crescimento de 265% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os resultados da gigante norte-americana dos semicondutores para inteligência artificial são vistos como um barómetro para o setor tecnológico e foram nomeados pelos analistas do Barclays como o evento mais importante do ano.
Pela Ásia, a tendência foi de queda, com as grandes tecnológicas da região a pesarem após as contas da Nvidia. Os principais índices indianos estiveram a centrar atenções, em particular as empresas do multimilionário Gautam Adani - que registaram perdas entre 10% e 20% e perderam 28 mil milhões de dólares em valor de mercado - depois de ter sido formalmente acusado no tribunal federal de Nova Iorque por ligações a um alegado esquema de fraude na ordem dos milhares de milhões de dólares.
O conglomerado do multimilionário acabou por retirar de cima da mesa uma emissão de dívida de 600 milhões de dólares, depois de ter sido conhecida a acusação.
No Japão, o Nikkei cedeu 0,85% e o Topix desvalorizou 0,57%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,07%. Na China, o Hang Seng, em Hong Kong, soma 0,32% e o Shanghai Composite avançou 0,07%.