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Mercados mostram confiança na AstraZeneza apesar de suspensão. Ações sobem quase 4%

A farmcacêutica está a disparar na manhã desta terça-feira, apesar de vários países terem suspendido a sua vacina dos planos de vacinação contra a covid-19. Ainda assim, o Jefferies subiu a recomendação e o preço-alvo.

Lusa
16 de Março de 2021 às 10:42
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As ações da AstraZeneca estão a valorizar 3,48% para as 72,26 libras por ação na manhã desta terça-feira, um dia depois de a sua vacina contra a covid-19 ter sido afastada dos planos de vacinação em vários países europeus como na Alemanha, França, Espanha, Itália e Portugal. 

Apesar de estar no "olho do furacão" devido aos novos relatos de coágulos perigosos na corrente sanguínea relacionados com a vacina em algumas pessoas que receberam o antídoto, o Jefferies renovou a sua avaliação à farmacêutica, aumentando tanto o preço-alvo, como a recomendação.

O banco de investimento subiu a recomendação da AstraZeneca de "manter" para "comprar" e reviu em alta o preço-alvo em cerca de 7%, colocando agora este indicador nas 88,50 libras por ação, mais de dez libras esterlinas face ao preço atual. 

Até ao momento foram transacionadas mais de 800 mil ações da empresa na sessão de hoje.

Ontem, o Governo alemão informou que irá suspender a administração da vacina para a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca. Pouco depois, seguiram-se as mesmas confirmações da parte de França e Itália. A última, chegou da parte de Espanha. E hoje a Suécia também já suspendeu o processo.

Por cá, o Governo alinhou-se com a decisão de outros países na suspensão até que a Agência Europeia do Medicamento dê esclarecimentos. Em conferência de imprensa, Rui Ivo, presidente do Infarmed, explicou que a decisão foi tomada com base no princípio da "precaução em saúde pública".

Vários outros países europeus interromperam recentemente o uso desta vacina, com o intuito de investigar estes casos. A Irlanda anunciou há dias, mas antes já os Países Baixos, Islândia, Noruega, Bulgária, Luxemburgo, Estónia, Lituânia e Letónia haviam tomado a mesma iniciativa. Já a Tailândia foi o primeiro país asiático a decidir-se pela suspensão.

A farmacêutica que desenvolveu estas vacinas afirma que não há motivo de preocupação e que os casos de trombose detetados nos indivíduos que tomaram a vacina são menos do que os verificados no total da população.

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