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Ao minuto27.04.2022

Polónia anuncia medidas legais contra a Rússia por corte de gás. Bolsas sobem e juros aliviam

Acompanhe aqui minuto a minuto o conflito na Ucrânia e o impacto nos mercados.

Bloomberg
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27.04.2022

Câmara de Lisboa aprova suspensão do Protocolo de Amizade e Cooperação com Moscovo

Lisboa teve uma redução de 29,7% na receita, mas mantém-se como a câmara que mais cobra: 734,4 milhões de euros no ano passado.

A Câmara de Lisboa decidiu hoje suspender o Protocolo de Amizade e Cooperação entre a capital portuguesa e a cidade russa de Moscovo, com o presidente do município a afirmar que é "completamente simbólico" devido à guerra na Ucrânia.

Apresentada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), a proposta para a suspensão da eficácia do Protocolo de Amizade e Cooperação com Moscovo foi aprovada por maioria pelo executivo camarário, apenas com os votos contra dos vereadores do PCP, mas ainda tem que ir a votação na Assembleia Municipal.

Além deste ponto, a câmara viabilizou uma moção para "instar o Governo a realizar as diligências necessárias para assinalar o incumprimento do Tratado de Amizade e Cooperação entre a República Portuguesa e a Federação da Rússia por esta última, designadamente através da sua suspensão".

Na reunião pública do executivo camarário, Carlos Moedas explicou que a suspensão do Protocolo de Amizade e Cooperação entre Lisboa e Moscovo tem um "simbolismo muito forte" em relação a "um regime de um ditador", ressalvando que não tem nada a ver com o povo russo e que é "completamente contra o cancelamento da cultura" da Rússia.

Reiterando que a invasão da Ucrânia por parte da Rússia é "uma guerra totalmente injustificada", o presidente da câmara reforçou a importância de "suspender por um período" o Protocolo de Amizade e Cooperação com a cidade russa de Moscovo, quando o povo ucraniano quer "mais sinais" de apoio, referindo que ao longo dos 25 anos de protocolo "houve muito pouca concretização".

Votando contra a proposta e a moção, o vereador do PCP João Ferreira defendeu que a suspensão do protocolo entre Lisboa e Moscovo "não ajudará rigorosamente em nada" nos esforços para abrir caminho para uma solução política que permita "o cessar-fogo e o fim da guerra e a construção de caminhos de paz".

O comunista disse ainda que a decisão contribui para um percurso "de instigação, de acirrar, de aumentar a escalada de conflito" e para um movimento de "russofobia", questionando como é que a suspensão de medidas como o "intercâmbio de experiências e informações na área da gestão e infraestruturas urbanas" e a "cooperação no domínio da cultura" ajudam a resolver a situação.

A favor de ambas as iniciativas, o vereador do PS Pedro Anastácio concordou com a "condenação inequívoca" da Rússia como país invasor do território ucraniano, enquanto o autarca do BE Ricardo Moreira, a substituir Beatriz Gomes Dias, reforçou a necessidade de "outros sinais de força" contra oligarcas russos.

A vereadora do Livre, Patrícia Gonçalves, em substituição de Rui Tavares, alertou também para o possível efeito de se "alimentar a russofobia" e a independente do Cidadãos por Lisboa, Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre), manifestou preocupação com o cancelamento da cultura europeia de origem russa.

O Protocolo de Amizade e Cooperação entre Lisboa e a cidade de Moscovo foi celebrado em 17 de fevereiro de 1997, para "estabelecer relações bilaterais de cooperação e amizade em diversas áreas", inclusive nos contactos nas áreas da educação, desporto, turismo e política para a juventude, desenvolvimento da cooperação económica e "aproximação dos habitantes das duas capitais".

"A invasão da Ucrânia representa um ato contínuo de violação pela Federação Russa [iniciado em fevereiro de 2014] de elementos fundacionais da ordem mundial definida e acordada após a Segunda Guerra Mundial: a soberania, porque constitui parte integrante dos elementos essenciais que compõem um Estado livre e independente nas componentes política, territorial ou militar; a autodeterminação dos povos, visto que representa a base para qualquer definição do rumo a percorrer pelo Estado e o seu povo; a dignidade da pessoa humana enquanto alicerce da ação política e garante da proteção de liberdades fundamentais", lê-se na proposta de Carlos Moedas.

No texto é ainda que referido que a data de 24 de fevereiro de 2022, quando se iniciou a invasão, "obriga a que o município de Lisboa clarifique a sua posição no contexto do Protocolo e do Tratado".

Lusa

27.04.2022

Italiana Eni também vai pagar gás russo em rublos

A gigante da energia italiana, Eni SpA, vai ceder à pressão do Kremlin e abrir contas em rublos no Gazprombank, o principal banco russo responsável por receber os pagamentos relativos à compra de gás russo. 

 

De acordo com a Bloomberg, a medida tem carácter preventivo, já que a empresa está à espera de orientações do governo italiano para saber quais as condições para comprar gás russo.

Esta quarta-feira, Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia foi clara: os países do bloco não devem comprar gás russo em rublos, já que tal gesto viola as sanções impostas por Bruxelas.

 

Segundo fontes próximas do assunto contactadas pela Bllomberg, já quatro empresas europeias pagaram o gás russo em rublos e dez já abriram uma conta denominada nesta moeda no Gazprombank.

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27.04.2022

Pagamento de gás à Rússia em rublos viola sanções, diz Von der Leyen

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu hoje que o pagamento de gás russo em rublos é uma violação das sanções da UE à Rússia, adotadas após a invasão da Ucrânia.

"Se não está previsto nos contratos [para compra de energia à Rússia] o pagamento em rublos, é uma violação das nossas sanções", disse Von der Leyen, em declarações à imprensa a propósito da suspensão de fornecimento de gás, pela Gazprom, à Bulgária e Polónia. "97% dos contratos estipulam especificamente o pagamento em euros ou dólares", sublinhou.

A líder do executivo comunitário esclareceu ainda que "a decisão da Rússia de pedir pagamentos em rublos é unilateral e as empresas que têm contratos [com fornecedores russos] não devem ceder a estas exigências".

"Tal seria uma violação das sanções e um grande risco para as empresas", salientou também, respondendo a uma questão sobre 10 Estados-membros que terão acedido a pagar em rublos o fornecimento de gás.

Ursula von der Leyen assegurou também que a União Europeia (UE) está a trabalhar há meses para acabar com a sua dependência energética da Rússia "de uma vez por todas".

27.04.2022

Polónia anuncia medidas legais contra a Rússia por corte de gás

O presidente polaco, Andrzej Duda, disse hoje que o seu país acolheu "tranquilamente" o corte de gás natural russo e anunciou que as empresas afetadas pela "violação de contratos" agirão judicialmente contra a Rússia.

"Recebemos a notícia (da interrupção do fornecimento) com tranquilidade", explicou Duda, de visita a Praga, onde se encontrou como o seu homólogo da República Checa, Milos Zeman.

A empresa estatal russa Gazprom anunciou hoje que cortou o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, por estes países não pagarem as faturas em rublos, como exige Moscovo em resposta às sanções ocidentais.

"Posso garantir aos meus compatriotas que usam gás para aquecimento, ou para cozinhar, que a situação de ficarem sem gás não vai acontecer", disse o presidente polaco.

Duda aludiu ainda ao facto de o problema do corte de abastecimento dever ser resolvido "no quadro da cooperação na União Europeia (UE), onde funcionam as interligações", sublinhando que as empresas de energia polacas irão acionar "medidas legais contra a violação de contratos pela Rússia".

Duda reiterou também a intenção de o seu país acabar com a dependência dos combustíveis fósseis russos, tanto petróleo como gás. "Esperamos poder terminar o gasoduto que liga a Noruega à Polónia", sublinhou.

Durante a sua visita à capital checa, Duda criticou a falta de ajuda de Bruxelas para financiar a crise dos refugiados ucranianos, dos quais três milhões atravessaram a fronteira com a Polónia e dois milhões permanecem naquele país.

"Devemos receber ajuda da UE para financiar as necessidades. É incompreensível que essa ajuda não seja fornecida aos nossos países", disse o líder polaco.

27.04.2022

Guterres já está em Kiev e reúne-se amanhã com Zelensky

O secretário-geral da ONU, António Guterres, chegou hoje a Kiev em missão de paz para se encontrar esta quinta-feira com o presidente Volodymyr Zelensky, depois de ter visitado primeiro a Rússia "por uma questão logística" – apesar de a ordem das visitas não ter sido do agrado do presidente ucraniano.


"A ordem das visitas foi uma questão de logística. As cartas foram enviadas aos dois governos de Nova Iorque; a Rússia respondeu antes e quando as respostas  da Ucrânia chegaram, essa visita estava marcada", explicou Saviano Andreu, porta-voz da Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), o braço humanitário das Nações Unidas.

27.04.2022

Bolsas europeias sobem em dia de montanha russa

Investidores estão a procurar proteção contra o risco associado à guerra, enquanto avaliam o impacto das sanções e as reações das várias empresas.

As bolsas europeias fecharam hoje em alta, a recuperarem de mínimos de seis semanas, com os investidores a avaliarem as implicações económicas do corte de fornecimento de gás russo à Polónia e Bulgária, num dia em que os estímulos da China devido à covid e uma série de bons resultados empresariais ajudaram a reforçar o apetite pelo risco.

 

O Stoxx 600 fechou a somar 0,73%, para 444,31 pontos, invertendo assim das quedas registadas horas antes, quando chegou a recuar 1%.

 

A sessão em montanha russa seguiu-se à decisão da Rússia de fechar a torneira do gás aos polacos e búlgaros por se recusarem a pagar em rublos.

 

O índice de referência esteve a ser impulsionado sobretudo pelo setor mineiro, que registou a maior subida em dois meses.

 

Também as cotadas da energia deram impulso ao Stoxx 600, devido ao aumento dos preços do gás natural.

 

Já o setor do retalho esteve entre os que se destacaram pela negativa na sessão de hoje.

 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,27%, o francês CAC-40 valorizou 0,48%, o italiano FTSEMIB avançou 0,63%, o britânico FTSE 100 subiu 0,53% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,46%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,11%.

27.04.2022

Juros aliviam na Europa

Apesar de as bolsas estarem a recuperar, os investidores continuam também a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verifica de novo na Europa.

 

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a ceder 0,3 pontos base para 1,848%, ao passo que em Espanha, na mesma maturidade, recuam 0,1 pontos base para 1,795%.

 

As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a aliviar 0,4 pontos base para 0,806%.

 

Em contraciclo estão os juros das obrigações italianas, que sobem 2,8 pontos base para 2,581%.

27.04.2022

Petróleo cai com aumento de stocks nos EUA

Os preços do "ouro negro"seguem em baixa, pressionados pelo aumento do stocks norte-americanos de crude, em 619.000 barris por dia, na semana passada. Os dados foram hoje divulgados pelo Departamento da Energia dos EUA.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a cair 0,30% para 104,67 dólares por barril.

 

Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,43% para 101,26 dólares por barril.

 

As cotações têm oscilado entre ganhos e perdas, depois de a Rússia ter cortado o fornecimento de gás natural à Polónia e Bulgária, fazendo escalar a crise da energia na Europa.

A Rússia cumpriu assim a ameaça de deixar de fornecer os compradores que recusassem pagar em rublos.

 

Entretanto, a Alemanha disse estar preparada para apoiar a União Europeia num embargo gradual ao petróleo russo.

27.04.2022

Euro pode chegar à paridade com o dólar no final do segundo trimestre

O euro continua a ser negociado em baixa, como não era visto desde março de 2017, levando os investidores a antecipar a possibilidade de a moeda única europeia poder entrar em nível de paridade com a "nota verde", pela primeira vez em duas décadas.

 

O euro segue a cair 0,98% para 1,0534 dólares.

 

"O euro pode atingir o nível de paridade no final do trimestre", antecipa Philippe Jauer, responsável pelo departamento de câmbio da Amundi Asset Management. "A atual volatilidade do mercado reforçou esta possibilidade", acrescenta o especialista.

 

Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a "nota verde" com 10 divisas rivais - continua a renovar máximos de dois anos, a somar 0,90% para 103,226 pontos.

27.04.2022

Gazprombank rejeita pagamento em rublos de sucursal alemã apropriada por Berlim

O Gazprombank recusou o pagamento – ainda que realizado através de uma conta em rublos – da Gazprom Marketing & Trading (GM&T), uma empresa que o Estado alemão retirou do controlo de Moscovo, referente a remessas de gás com data de envio marcada para abril e maio e que tinham como destino a Alemanha e a Áustria, segundo fontes próximas do assunto, contactadas pela Bloomberg.

 

O regulador alemão para a energia já emitiu um comunicado onde afirma que o processo de pagamento em causa foi pouco claro, já que Bruxelas impõe que o gás russo continue a ser pago em euros.

O regulador fez ainda questão de sublinhar que caso Moscovo se recuse a fornecer gás à GM&T, [por incumprimento contratual], a empresa pode ir comprar esta matéria-prima ao mercado aberto.

 

Segundo as contas da Bloomberg, a GM&T gere uma quantidade muito pequena de gás russo consumido no Velho Continente, cerca de 1% das importações europeias de gás russo.

27.04.2022

Moscovo diz que pode procurar mercados alternativos para venda de gás e petróleo

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, deixou claro, esta quarta-feira, que Moscovo vai procurar mercados alternativos para vender os seus combustíveis fósseis se o Ocidente evitar o gás e o petróleo russos por causa do conflito na Ucrânia.

"Se os países do Ocidente recusarem (comprar energia russa) iremos procurar outras fontes para o consumo da nossa energia", disse Anton Siluanov, aos jornalistas, depois de a Gazprom ter suspendido o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária.

Os receios de que a Rússia feche a torneira a outros países, em particular à Alemanha, a potência industrial da Europa e que dependeu da Rússia para o abastecimento de mais de 50% do gás em 2021, fizeram disparar os preços e o nervosismo em relação ao impacto económico global da guerra.

27.04.2022

Ouro renova mínimos de dois meses

Ouro

O ouro segue a desvalorizar 0,90% para 1.888,85 dólares a onça, renovando mínimos de dois meses, à medida que o dólar amplia o "rally" e os juros da dívida norte-americana aumentam, desviando as atenções do metal amarelo, que por sua vez não remunera juros e fica mais caro quando a "nota verde" sobe.

 

"É preocupante para o ouro que o dólar continue a ganhar força. O mercado está a apostar que a política monetária da Reserva Federal norte-americana para combater a inflação será bem sucedida", defendeu Ole Hansen, responsável pelo departamento de "research" do Saxo Bank, citado pela Bloomberg.

 

Apesar de ter caído abaixo da linha psicológica dos 1.900 dólares a onça, a procura por este ativo refúgio continua a ser sustentada pela incerteza sobre a recuperação da economia, como os ETF (exchange traded funds) correlacionados com o "rei" dos metais a serem negociados em alta, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

 

Para além da guerra na Ucrânia e do galopar da inflação, os investidores estão atentos ao combate travado pela China – um dos maiores compradores de ouro do mundo – contra a nova onda de covid-19.

A queda do número de casos ativos aponta para que Pequim flexibilize as regras de confinamento e outras normas restritivas que regulam a interação social em grandes centros financeiros, como Xangai.

27.04.2022

BMW e Audi suspendem transporte ferroviário de carros para a China devido à guerra

A BMW e a Audi suspenderam o transporte de carros através de comboio da Alemanha para a China devido à guerra na Ucrânia, avança o Nikkei Asia.

"Devido à atual situação geopolítica, o nosso transporte ferroviário através da linha da Rota da Seda e do Transiberiano foi temporariamente substituída por rotas ou meios de transporte alternativos de modo a garantir o planeamento e a segurança da carga", indicou fonte da BMW ao jornal.

A marca 'de luxo da Volkswagen também suspendeu o transporte de e para a China através da Rússia via Transiberiano imediatamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a 24 de fevereiro, confirmou fonte da fabricante automóvel. "Estamos a analisar neste momento se os transportes através de comboio pela rota sul também serão possíveis num futuro próximo", acrescentou.

Apesar de ambas as fabricantes produzirem a maior parte dos seus veículos na China, o maior mercado automóvel do mundo, há uma fatia que é importada da Europa por comboio ou barco.

No ano passado, segundo dados da agência Reuters, a BMW entregou 846.237 veículos das marcas BMW e Mini a clientes chineses, ao passo que a Audi fez-lhes chegar 701.289 viaturas.

27.04.2022

Caçadores de pechinchas puxam Wall Street para verde. Spotify cai mais de 8%

Vários bancos estão a antecipar-se ao agravamento nos custos de financiamento em mercado. Citigroup e JPMorgan deverão estar entre os emitentes mais ativos nos EUA.

Wall Street arrancou a sessão em alta, recuperando parcialmente das fortes quedas da véspera, com as negociações dos primeiros minutos a decorrerem no verde, refletindo a procura de investidores que decidem comprar numa altura em que as ações estão mais baratas, para depois venderem mais caro, e numa altura em que acelera a "earnings season" norte-americana.

 

O índice industrial Dow Jones abriu a somar 0,57% para 33.437,87 pontos e o Standard & Poor’s 500 começou a sessão a ganhar 0,40% para 4.193,50 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,32% para 12.540,73 pontos.

 

Entre os principais movimentos do mercado são de destacar as ações do Spotify que caem 8,51%. Apesar da empresa liderada por Daniel Ek ter dado conta que as receitas subiram em termos homólogos para 2.661milhões de euros nos primeiros três meses do ano, quando comparado com o trimestre anterior, as receitas caíram 1%, devido à saída do mercado russo, na sequência da invasão do Kremlin à Ucrânia.

 

Os investidores estão ainda a acompanhar atentamente o desempenho dos títulos da Microsoft que escalam 4,89%, após a tecnológica ter anunciado ontem que no primeiro trimestre as receitas cresceram 18% em termos homólogos para 49,4 mil milhões de dólares, acima das estimativas dos analistas, enquanto o lucro líquido aumentou 8% para 16,7 mil milhões de dólares.

 

Por sua vez, a Alphabet mergulha 3,04% depois de os resultados referentes ao primeiro trimestre do ano – divulgados depois o fecho da sessão desta terça-feira—terem revelado que um abrandamento nas vendas, devido à conjuntura geopolítica e macroeconómica que reduziu o investimento das empresas em publicidade digital. A receita da companhia-mãe da Google subiu 23% em termos homólogos, a taxa  de crescimento mais baixa de crescimento desde o final de 2020

 

Destaque ainda para a Tesla, que depois de esta quarta-feira ter caído 12,18%, na sequência do anúncio da compra do Twitter por Elon Musk, está agora em recuperação, a somar mais de 4% em bolsa.

 

"No geral, os ganhos [das empresas referentes aos primeiros três meses do ano] não são assim tão maus, servindo por isso neste momento de suporte para o mercado", comentou o estratega do Barclays, Emmanuel Cau, citado pela Bloomberg.

 

Já a equipa de analistas da Mizuho Internacional, liderada por Peter Chatwell, defende, numa nota de "research" citada pela agência norte-americana que "se o S&P 500 se aproximar dos 4.200 pontos, pode haver algum alivio, com potencial para trazer algum positivismo aos ganhos de hoje", ainda que saliente que o mercado continua frágil, devido à incerteza sobre a invasão russa à Ucrânia.

27.04.2022

Polónia e Bulgária já estão a receber gás de países vizinhos. UE fala de chantagem da Rússia

A Polónia e a Bulgária já estão a receber gás natural de países vizinhos depois da Gazprom ter cortado o fornecimento, anunciou esta quarta-feira a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que classifica a atitude de uma "chantagem" sobre a União Europeia.

"Vamos assegurar que a decisão da Gazprom não vai afetar os cidadãos europeus", começou por indicar a líder do executivo comunitário numa conferência de imprensa ao início da tarde, anunciando que a Polónia e a Bulgária já estão a receber gás natural dos países vizinhos para evitar cortes no fornecimento.

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27.04.2022

Rússia antecipa queda de até 17% na produção de petróleo este ano

A produção de petróleo na Rússia pode cair até 17% em 2022, de acordo com as previsões constantes de um documento do Ministério da Economia, a que a agência Reuters teve acesso.

Os Estados Unidos proibiram as importações de petróleo da Rússia, enquanto as sanções impostas pelo Ocidente aos bancos e aos navios, por exemplo, vieram prejudicar o comércio, o qual constitui uma das principais fontes de receita de Moscovo.

A confirmar-se, será o maior declínio da produção desde os anos 1990 quando a indústria do petróleo sofreu com o subinvestimento. A produção começou a diminuir em março, tendo caído aproximadamente 7,5% até meados de abril.

A produção de petróleo na Rússia recuperou no ano passado, depois da queda registada em 2020, a primeira num ano desde 2008, devido ao impacto da pandemia.

27.04.2022

Chinesa DJI suspende negócios na Rússia e Ucrânia para garantir que drones não são usados em combate

A fabricante de drones DJI tornou-se na primeira empresa chinesa de maiores dimensões a suspender de forma temporária os negócios na Rússia. A empresa anunciou a suspensão dos negócios também na Ucrânia. 

A empresa justifica esta decisão com o facto de não querer que os seus produtos possam vir a ser usados em situação de combate no conflito entre os dois países 

De acordo com a Reuters, os oficiais ucranianos já acusaram a companhia chinesa de estar a divulgar informações dos militares ucranianos à Rússia - afirmações que foram negadas pela fabricante de drones.

Um porta-voz da empresa disse à Reuters que a suspensão dos negócios nestes dois mercados não é "uma afirmação sobre nenhum país, mas sim uma afirmação sobre os princípios" da empresa.

27.04.2022

Rússia regista explosões no sul do país; Ucrânia fala em "karma" por causa da invasão

A Rússia reportou explosões no sul do país e um incêndio num depósito de munições, os mais recentes incidentes de uma série que um alto responsável ucraniano descreveu, esta quarta-feira, resultado de vingança e "karma" pela invasão que Moscovo lançou.

Sem admitir diretamente qualquer implicação por parte da Ucrânia, o conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak afirmou ser natural que regiões russas onde combustíveis e armas se encontram armazenadas estivessem a aprender sobre "desmilitarização".

A palavra não foi usada ao acaso, tratando-se de uma referência ao objetivo declarado por Moscovo para a guerra, que dura há nove semanas na Ucrânia, dado que a descreve como uma operação militar especial para desarmar e "desnazificar" o seu vizinho.

"Se decidem atacar em massa outro país, matar em massa toda a gente lá, esmagar pessoas pacíficas com tanques e usar armazéns nas suas regiões para permitir as matanças, mais tarde ou mais cedo, as dívidas terão de ser saldadas", disse Mykhailo Podolyak, citado pela Reuters.

"O karma é uma coisa cruel", realçou.

Segundo a agência noticiosa, as explosões desta quarta-feira tiveram lugar na sequência de um grande incêndio esta semana num depósito de petróleo na região de Bryansk, perto da fronteira.

No início do mês, a Rússia acusou a Ucrânia de atacar um depósito de combustível em Belgorod com helicópteros, algo que um alto oficial da segurança de Kiev negou, assim como de atacar uma série de aldeias naquela província. 

Incidentes que vieram expor as vulnerabilidades russas em zonas próximas da Ucrânia e que são vitais para as suas cadeias de logística militar.


27.04.2022

Quatro empresas europeias já terão feito pagamentos de gás em rublos

Dez empresas europeias ligadas ao setor do gás natural já terão aberto contas no Gazprombank para acatar as ordens de Vladimir Putin. A informação é avançada pela agência Bloomberg, que cita uma fonte ligada à gigante russa do gás Gazprom. 

De acordo com esta informação, estas dez empresas europeias estão dispostas a pagar por gás natural russo em rublos - uma ordem decretada pelo líder russo a 31 de março. Desde dia 1 de abril que a Rússia está a exigir que as empresas de países "hostis" - ou seja, que condenem a invasão da Ucrânia - paguem por gás com a moeda russa. 

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27.04.2022

Bruxelas critica Moscovo por tentar usar gás como "instrumento de chantagem"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, qualificou de "inaceitável" a tentativa da Rússia de utilizar o gás como "um instrumento de chantagem", após a decisão de suspender o fornecimento a Estados-membros, como a Polónia.

"O anúncio da Gazprom de que vai unilateralmente parar de entregar gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de usar o gás como um instrumento de chantagem. Isto é injustificado e inaceitável", afirmou von der Leyen, apontando que tal também "demonstra novamente a falta de fiabilidade da Rússia como fornecedor de gás".

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27.04.2022

Bolsas europeias no vermelho, à exceção do FTSE. Utilities pesam mais de 1,4%

As bolsas europeias estão a negociar no vermelho, à exceção do índice inglês, que está na linha de água.

O Stoxx 600, que agrupa as maiores cotadas europeias, está a recuar 0,16% para 440,41 pontos. A maioria dos setores está a negociar com perdas, sendo que a desvalorização mais expressiva pertence ao setor das utilities, que recua 1,43%, seguido pelo retalho, que tomba 0,98%.

Do lado dos ganhos, com quatro setores a valorizar, destaca-se a subida de 1,59% dos recursos básicos e os 1,09% do petróleo e gás. 

O PSI está a ceder 0,1% nesta altura, enquanto o espanhol IBEX tomba 0,59% e o alemão DAX 0,44%. A bolsa de Paris está a ceder 0,04%, enquanto Amesterdão deprecia 0,19% e Milão 0,77%. O índice inglês FTSE está a avançar 0,06%. 

27.04.2022

Rússia assume controlo de várias localidades nas regiões de Kharkiv e Donetsk

A Rússia tomou o controlo de várias localidades no leste da Ucrânia, informou, esta quarta-feira, o Ministério da Defesa ucraniano.

As forças militares russas repeliram o exército ucraniano de Velyka Komychuvakha e Zavody, na região de Kharkiv, tendo também tomado o controlo de Zarichne e Novotoshkivske, na região de Donetsk, de acordo com a agência noticiosa France-Presse.

27.04.2022

Juros das dívidas soberanas a subir

Os juros das dívidas da Zona Euro estão a registar mais uma sessão de subida esta quarta-feira. 

Os juros das bunds alemãs, a referência para o bloco europeu, continuam a rondar máximos de quase cinco anos, ao registar uma subida de 1,8 pontos base para 0,827%. 

Em Itália, os juros a dez anos estão a agravar 2,3 pontos base para 1,819%, continuando a negociar próximos de valores de novembro de 2017. 

Em portugal, os juros da dívida com a mesma maturidade estão a registar uma subida de 2,1 pontos base para uma taxa de 1,872%. 

27.04.2022

Corte do gás natural à Polónia e Bulgária faz mexer petróleo

Depois dos máximos, os preços do petróleo tombaram um máximo de 17,5% esta quarta-feira.

O petróleo está a recuperar na sessão desta quarta-feira, num dia em que as atenções estão viradas para o corte dos fornecimentos de gás natural russo a países como a Polónia e a Bulgária. 

"Com a Rússia a aproximar-se cada vez mais de utilizar o fornecimento de gás natural como uma arma, estamos a ver uma menor probabilidade de o Brent ficar abaixo dos 100 dólares por barril esta semana", vaticina Jeffrey Halley, analista da OANDA. 

Neste ponto da manhã, o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a somar 0,48% para 102,19 dólares por barril. 

Já o Brent do Mar do norte, a referência para o mercado português, está a valorizar 0,54%, com o barril a cotar nos 105,56 dólares.

27.04.2022

Dólar em forte alta e a beneficiar do afastamento dos investidores do risco

O dólar norte-americano está em alta, dando continuidade à série de ganhos que está a caminhar para a quinta sessão em terreno positivo. Nesta altura, o dólar está avançar 0,36% perante um cabaz de divisas rivais, já em máximos de março de 2020. 

A moeda norte-americana está a beneficiar do afastamento dos investidores do risco, que se viram para ativos como o dólar. 

Já o euro segue a negociar no vermelho, tal como a libra esterlina. Os riscos ligados à energia estão a pesar nestas divisas europeias. O euro segue em mínimos de cinco anos face ao dólar, a recuar 0,33% para 1,0603 dólares, naquela que é a quinta sessão no vermelho. 

Já a libra esterlina está a desvalorizar também pela quinta sessão consecutiva, a perder 0,23% face ao dólar para 1,2545 dólares, aproximando-se de valores de julho de 2020.

27.04.2022

Ouro recua com subida do dólar

Todos os metais preciosos tiveram um desempenho negativo em 2021. Este ano, a platina deve valorizar.

O ouro está a desvalorizar 0,42% para 1.898,03 dólares por onça, num dia em que o dólar está a valorizar, tornando este metal precioso menos atrativo. 

Na sessão anterior o ouro fechou acima da fasquia dos 1.900 dólares por uma "unha negra", com a incerteza trazida pelo corte de gás russo à Bulgária e à Polónia a dar um novo fôlego a este metal. 

"A questão agora é se a correção do ouro pode continuar a seguir o seu curso e se estamos a aproximar-nos de níveis para comprar, tendo em conta a escalada de riscos geopolíticos mais uma vez?", questiona Jeffrey Halley, da OANDA, na newsletter diária. "A ação do preço sugere que não, tendo em conta que o ouro teve um rally modesto durante a noite e entregou rapidamente esses ganhos hoje." 


27.04.2022

Futuros antecipam arranque cauteloso devido a tensão com o gás russo

Os futuros das bolsas europeias estão a antecipar um arranque cauteloso, com aquilo que poderá ser uma tendência mista nas praças do velho continente. 

Ainda assim, os futuros do Stoxx 50 já inverteram para terreno positivo, depois de antes das 7 horas (hora da Lisboa) terem chegado a desvalorizar 1%. Nesta altura estão a valorizar 0,027%. 

A pesar no sentimento dos investidores estão as tensões ligadas ao gás russo, tema que tem vindo a dar "dores de cabeça" desde que a escalada de tensão entre a Rússia e a Ucrânia arrancou. A juntar a isto, os investidores observam ainda a evolução dos casos de covid-19 na China, numa altura em que Xangai avança para a testagem massiva da população. 

Na Ásia, onde a sessão já está encerrada, os índices japoneses fecharam no vermelho, com o Nikkei a tombar 1,17% e o Topix 0,94%. Na Coreia do Sul o Kospi recuou 1,16% e em Hong Kong o Hang Seng apreciou 0,23%. A bolsa de Xangai fechou com os ganhos mais expressivos entre os índices asiáticos, a somar 2,12%. 

27.04.2022

Preço do gás na Europa dispara 24% com cortes de Moscovo à Polónia e Bulgária

Os preços do gás no mercado de Amesterdão, referência na Europa, abriram esta quarta-feira a disparar 24% para os 125 euros por Megawatt hora (MWh) após Moscovo ter suspendido o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária.

Este endurecimento da posição do Kremlin perante a recusa dos Estados-membros pagarem em rublos pelo gás russo e reforçarem o apoio, incluindo militar, à Ucrânia já atirou com os preços do gás bem para cima da fasquia dos 100 euros e derrubou a moeda única europeia para mínimos de cinco anos.

Após a abertura nos 125 euros, os preços aliviaram para os 113,555 euros, uma subida de 10%.

27.04.2022

Euro cai para mínimos de cinco anos face ao dólar

A moeda única europeia segue a perder terreno face à divisa norte-americana e cai 0,12% tocado os 1,0625 dólares, o valor mais baixo desde abril de 2017.

A pressionar o euro estão os receios dos investidores perante o crescimento na Europa e o corte de fornecimento de gás natural pela Rússia à Polónia e Bulgária.

O dólar tem também beneficiado das preocupações quanto ao crescimento económico mundial devido ao alastramento da pandemia da covid-19 na China e os confinamentos decretados por Pequim.

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