Notícia
Bolsas europeias e petróleo recuam com restrições pandémicas
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Ouro cede. Inflação ainda pode salvar "metal dourado" de maior queda anual dos últimos 3 anos
O ouro segue a cair 0,22% para os 1779,03 dólares, onça. Prata, platina e paládio seguem a mesma tendência negativa.
A queda do "metal dourado" é alimentada pelas declarações da BioNTech, que assegurou em comunicado, tendo por base os estudos realizados pelos seus laboratórios, que "a vacina [fabricada em parceria com a Pfizer] ainda é eficaz contra a covid-19, sendo eficaz contra a variante ómicron se tiver sido administrada três vezes".
Os investidores voltaram assim as costas ao ativo refúgio, apostando em outros de maior risco. Se assim continuar até ao fim de dezembro, o "metal dourado" irá registar a maior queda anual em três anos.
No entanto, para alguns analistas, como Marcus Garvey, responsável pelo departamento de análise do mercado de metais preciosos do Macquarie Group, citado pela Bloomberg, "ainda é possível que ocorra uma subida considerável da cotação, mediante os números da inflação norte-americana que serão publicados esta sexta-feira".
Euro segue a cair com rumor de um novo PEPP de "cara lavada"
O euro segue a cair 0,52% para 1,1284 dólares e 0,51% para as 0,8545 libras.
Este recuo surge no dia em que a Bloomberg avança que o Banco Central Europeu (BCE) está a estudar a possibilidade da criação um novo plano de emergência de subscrição de dívida, para ajudar os Estados a enfrentar possíveis calamidades no futuro. Este plano, caso se concretize, acabará por substituir o Programa de Compras de Emergência Pandémica (na sigla anglo-saxónica PEPP).
O PEPP ficará sem notas disponíveis em março do próximo ano.
Segundo as fontes contactadas pela agência norte-americana, o conselho liderado por Christine Lagarde vê com bons olhos o alargamento do período de reinvestimento, assim como a implementação de medidas que tornem o critério geográfico mais flexível.
Por sua vez, o Índice do Dólar da Bloomberg – que compara a nota verde com 10 divisas rivais - sobe 0,41% para 96,28 pontos.
Bolsas europeias recuam com restrições pandémicas
As bolsas europeias encerraram em ligeira baixa, com os investidores a avaliarem os riscos económicos das novas restrições – as mais recentes das quais no Reino Unido – em resposta à rápida propagação da variante ómicron do coronavírus.
O Stoxx 600 fechou a ceder 0,094%, para se estabelecer nos 476,91 pontos, depois de ter chegado a estar a ganhar 0,3% durante a sessão.
O setor da energia foi o que mais terreno cedeu hoje no Velho Continente, pressionado pela descida dos preços do crude e pelo mau desempenho da finlandesa Neste Oyj – de refinação e comercialização de petróleo e produtos petrolíferos –, que desvalorizou após a inesperada demissão do seu CEO.
Também as tecnológicas estiveram sob pressão, ao passo que os títulos ligados à saúde tiveram uma boa performance.
"Os mercados deverão permanecer significativamente voláteis, já que se deverá manter a incerteza em relação às políticas monetárias nos EUA, especialmente depois dos dados da inflação e do ‘non farm payroll’ da semana passada, que revelou números abaixo dos esperados. Assim, nos próximos dias, os investidores deverão continuar cautelosos e continuarão a monitorizar as perspetivas macroeconómicas nos EUA, a fim de reunirem mais pistas sobre qual poderá ser, e quando, o próximo movimento da Fed", salienta Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades.
Por cotadas, destaque para a queda de 3,4% do Deutsche Bank, depois de o Departamento de Justiça dos EUA ter dito ao banco alemão que pode ter violado um processo criminal arquivado quando falhou em informar os procuradores sobre uma denúncia interna do negócio de investimento sustentável da unidade de gestão de ativos, segundo uma fonte citada pela Dow Jones Newswires.
A denúncia alega que a gestora de ativos DWS Group exagerou a utilização que deu aos critérios ambientais, sociais e de governança, conhecidos pela sigla ESG, na gestão dos seus ativos.
Ainda na banca, o italiano UniCredit SpA sobressaiu pela positiva, terminando o dia a escalar 10,82%, naquela que foi a maior subida desde novembro de 2020. E isto depois de anunciar a sua nova estratégia, que inclui a distribuição de pelo menos 16 mil milhões de euros aos acionistas até 2024.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,3%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,1%, o britânico FTSE 100 deslizou 0,2% e o espanhol IBEX 35 resvalou 0,9%, ao passo que o italiano FTSEMIB manteve o fôlego e fechou a somar 0,2%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,7%.
Juros na Europa aliviam após BCE estudar novo programa de compra de dívida
As yields das dívidas soberanas da Zona Euro aliviam esta quinta-feira, após ter sido noticiado que o BCE está a ponderar criar um novo programa de emergência de compra de dívida.
As "bunds" alemãs a 10 anos, referência para o mercado europeu, viram as yields recuar 4,8 pontos base, para os -0,364%, com a dívida na mesma maturidade de França a voltarem a terreno negativo ao baixarem cinco pontos base, para os -0,009%.
As "yields" de Portugal e Espanha aliviaram 3,5 e 4,3 pontos base, respetivamente, situando-se nos 0,306%, no caso nacional, e nos 0,367%, no país vizinho.
Petróleo recua com previsões de menor consumo
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno negativo, pressionados pelos receios em torno das medidas de restrição alguns países no sentido de conterem a propagação da variante ómicron, o que pode penalizar a procura por combustível.
"Os últimos relatórios indicam que é improvável que a variante ómicron seja tão prejudicial quanto inicialmente temido. Isso está a apoiar uma recuperação dos ativos correlacionados com o crescimento económico e considerados mais arriscados, o que também impulsiona os preços do petróleo. No entanto, tais ganhos são limitados pelas restrições à atividade económica entretanto tomadas por vários países ao redor do globo, com o objetivo de conter a rápida disseminação da ómicron", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades, na sua análise diária.
"Apesar do otimismo dos últimos dias, permanecem algumas dúvidas sobre vários aspetos da ómicron", acrescenta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro segue a ceder 0,82% para 71,77 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,99% para 75,07 dólares.
O facto de duas gigantes do imobiliário chinesas terem sofrido um corte de rating também está a suscitar receios em torno da saúde económica do maior importador mundial de petróleo.
Wall Street abre no "vermelho" à espera de novas pistas da Fed
As bolsas de Nova Iorque abriram esta quinta-feira em baixa, após três dias de ganhos consecutivos que foram impulsionados na última sessão com as notícias encorajadoras de que a terceira dose da vacina da pfizer permite "neutralizar" a variante ómicron.
Neste momento, o índice de referência S&P 500 cai 0,27% para 4.687,52 pontos. Já o industrial Dow Jones perde 0,27% para 35.632,82 pontos e o tecnológico Nasdaq desliza 0,33% para 15.725,57 pontos.
A atenção dos investidores está virada para os dados do desemprego nos Estados Unidos, que serão revelados ainda esta quinta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano, bem como os dados da inflação, que só deverão ser conhecidos na sexta-feira.
Os investidores estão à procura de novas pistas sobre aquilo que poderá ser a decisão da Reserva Federal norte-americana em relação ao ritmo da retirada de estímulos monetários, já sinalizada.
Ao mesmo tempo, as notícias de que a ómicron é "neutralizada" pela terceira dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 dão fôlego aos mercados, que têm sido fortemente penalizados pelos receios gerados em torno da nova variante da covid-19 detetada na África do Sul.
Europa inverte tendência em dia de grande volatilidade nos mercados
Na Europa, as principais bolsas estão a negociar com muita volatilidade. O Stoxx 600, que serve de referência para a Europa, abriu em alta, mas está agora registar perdas. Cai 0,10%, para 416,87 pontos, com 319 cotadas em terreno negativo.
A castigar o Stoxx 600 estão sobretudo os setores os setores do petróleo e gás, que perde 1,19%, e o do retalho, que recua 1,02%. Em contraciclo, mas sem força para conseguir inverter a tendência do índice, está o setor automóvel, que avança 0,58%.
A justificar esta inversão da tendência está o facto de os investidores estarem "cautelosos" na reação às boas notícias sobre a eficácia das vacinas contra a variante ómicron, ao mesmo tempo que fazem contas ao impacto que as novas restrições anunciadas no Reino Unido pode vir a ter.
Já a bolsa portuguesa inverteu a tendência de abertura e está agora a negociar em alta. Por esta altura, o principal índice português está a somar 0,32% e, das 19 cotadas, 10 estão a negociar em terreno positivo. A puxar pelos ganhos do PSI-20 está sobretudo a Jerónimo Martins, que soma mais de 2%.
Praças europeias regressam a ganhos. Notícias sobre vacinas e restrições geram volatilidade nos mercados
Esta quinta-feira está a registar-se grande volatilidade nas bolsas europeias, com os investidores a reagirem às boas notícias em relação à eficacia das vacinas contra a variante ómicron, mas a fazerem ao mesmo tempo contas ao impacto que as novas restrições no Reino Unido podem ter.
Nesta altura, o Stoxx 600 está a subir 0,25% para 478,53 pontos, com 357 cotadas no "verde" e 230 em terreno negativo. A puxar pelos ganhos estão setores como o das telecomunicações, que some agora 0,59%, e o dos media, que está a subir 0,53%.
Em sentido contrário, os setores do petróleo e gás, que está a cair 0,69%, e o do retalho, que recua 0,44%, são os que mais se destacam entre aqueles que estão a pressionar o desempenho do índice que serve de "benchmark" para a Europa.
Após as perdas da última sessão, o Stoxx 600 está novamente na rota dos ganhos e a ganhar fôlego para prosseguir com a recuperação verificada no início desta semana.
"O ano está quase no fim, com muito poucas sessões restantes e, embora não deva haver muito barulho no mercado, qualquer notícia sobre o omicron ou comentários dos bancos centrais pode fazer a volatilidade disparar novamente", alerta Alfonso Benito, diretor de investimentos da gestora de ativos Dunas Capital.
Por cá, o PSI-20 abriu em queda, mas está agora de regresso aos ganhos, com uma subida de 0,18%. Em terreno positivos estão também o alemão DAX (+0,10%) e o francês CAC-40 (0.19%). Já o espanhol IBEX está a desvalorizar 0,36%.
Juros na Zona Euro aliviam após declarações do BCE
A manhã desta quinta-feira está a ser marcada por um alívio no mercado obrigacionista, depois de na última sessão as taxas de juros terem agravado, na sequência das declarações do Banco Central Europeu (BCE).
Segundo o banco central, a inflação poderá demorar mais do que o esperado para voltar a alinhar com a meta de 2%.
Depois do agravamento, as "bunds" alemãs com maturidade a 10 anos, que servem de referência para o bloco europeu, estão agora a aliviar 2,5 pontos base para -0,342%.
Na dívida portuguesa a 10 anos, os juros descem 2,7 pontos base, para 0,148%, enquanto na mesma maturidade em Espanha o alívio é igualmente de 2,7 pontos, para os 0,383%.
Em Itália, a descida nas yields é mais acentuada: 2,9 pontos base, para os 0,994%.
Ouro ganha com procura acentuada na China e Índia
O ouro está esta quinta-feira a negociar em terreno positivo. Após o abalo provocado pelas notícias sobre a eficácia das vacinas contra a ómicron, o metal precioso está novamente em alta, apoiado pela procura acentuada na China e na Índia, que poderá ser a melhor em, pelo menos, uma década.
Neste momento, o ouro está a somar 0,20%, com a onça a valer 1.785,00 dólares. A valorização acontece numa altura em que tem aumentado a compra de ouro para joalharia e o quarto trimestre do ano trouxe um pico nos casamentos na Índia.
Petróleo prolonga 'rally' com notícias sobre eficácia das vacinas
O petróleo está esta quinta-feira a prolongar o 'rally' de ganhos, depois dos dados preliminares de um estudo feito pela Pfizer terem revelado que a vacina é eficaz contra a ómicron. A notícia fez diminuir o medo dos investidores de que houvesse uma queda acentuada na procura do chamado 'ouro negro' devido à nova variante.
Neste altura, o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência para as importações europeias, está a subir 0,33% para 76,07 dólares. Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro, segue a subir 0,41% para 72,66 dólares por barril.
As boas notícias sobre as vacinas vieram fazer esquecer o relatório do Departamento norte-americano da Energia, que alertava que a procura mundial por petróleo poderá cair devido à variante ómicron do coronavírus. Mas com as vacinas a revelarem-se eficazes, não se prevêem novos confinamentos, que possam levar a um menor consumo de combustíveis.
Depois de ter disparado mais de 9% nas últimas três sessões, o petróleo prossegue assim uma nova temporada de ganhos.
Futuros antecipam regresso aos ganhos na abertura da Europa
Na manhã desta quinta-feira, os futuros da Europa apontam para uma abertura em alta. Após as perdas registadas na última sessão, os investidores mostram-se "cautelosos" em relação à nova variante da covid-19 e ao impacto das restrições impostas no Reino Unido.
A dar ânimo aos mercados está o anúncio da Pfizer, de que a ómicron é "neutralizada" com a terceira dose da vacina contra a covid-19 e, embora as duas tomas não sejam totalmente eficazes para prevenir a nova variante, são suficiente para proteger contra doença severa.
As boas notícias sobre a vacina estão a ser, no entanto, ofuscadas pela imposição de novas medidas restritivas no Reino Unido para travar os contágios com a ómicron no país. O regresso do teletrabalho e a exigência de certificado digital covid-19 são algumas das medidas aprovadas.
O índice Stoxx 50, que reúne as 50 maiores empresas da Europa, está a negociar na pré-abertura em terreno positivo, com uma subida de 0,213%.
Na Ásia, onde a sessão já está encerrada, as bolsas negociaram sem tendência definida. No Japão, o Nikkei e o Topix fecharam com perdas de 0,47% e 0,57%, respetivamente. O Hang Seng, em Hong Kong, avançou 1,15%, enquanto a bolsa de Xangai fechou a subir 0,98%.