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Fecho dos mercados: Petróleo cai e pressiona bolsas europeias. Juros recuam

As bolsas europeias encerraram a semana no "vermelho", pressionadas pelo sector energético, numa sessão de queda do petróleo. Os juros da dívida portuguesa aliviaram.

Bloomberg
01 de Abril de 2016 às 18:00
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,61% para 4.989,78 pontos

Stoxx 600 caiu 1,30% para 333,15 pontos

S&P 500 inalterado em 2059,80 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal cai 2,4 pontos base para 2,919%

Euro avança 0,16% para 1,1399 dólares

Petróleo desce 4,22% para 38,63 dólares por barril, em Londres

 

Energia pressiona bolsas europeias

As principais praças europeias encerraram a última sessão da semana no "vermelho". O Stoxx 600 caiu 1,30%, pressionado pela queda do preço do petróleo, que lveou as empresas energéticas a liderarem as perdas no índice. A praça italiana liderou as perdas, caindo 1,88%, seguida pelo índice alemão, que recuou 1,71%.

Em Lisboa, o PSI-20 caiu 0,61% para 4.989,78 pontos, pressionado principalmente pela Galp Energia, que caiu 1,76% para 10,855 euros e pelo grupo EDP. A EDP perdeu 1,28% para 3,086 euros, e a EDP Renováveis recuou 1,40% para 6,616 euros.

Juros recuam e prémio cai

Os juros da dívida portuguesa recuaram, acompanhando a tendência na Europa. Apesar dos alertas do FMI e da DBRS, a "yield" das obrigações a dez anos caiu cai 2,4 pontos base para 2,919%. A taxa da Alemanha recuou 1,9 pontos para 0,134%. Assim, o prémio de risco da dívida portuguesa face à alemã caiu para 278,5 pontos.

 

Euribor a três meses cai para mínimo histórico

As taxas Euribor registaram tendências divergentes. A Euribor a três meses recuou para -0,245%, o mínimo histórico. A seis meses a taxa subiu para -0,131%. A Euribor a nove meses subiu para -0,068%. O indexante a 12 meses avançou para -0,002%.

 

Libra em mínimos de 16 meses face ao euro

A libra está a desvalorizar pela terceira sessão consecutiva face ao euro. A moeda britânica está a perder 1,09% para 1,2481 euros, numa sessão em que já esteve a negociar num mínimo de 1,2469 euros. Este é o valor mais baixo desde Novembro de 2014. A libra está a ser pressionada pelo índice de gestores de compras para a indústria, que se mantém próximo de um mínimo de 2013. Isto depois de, na quinta-feira, ser conhecido que o défice da conta corrente do Reino Unido atingiu um máximo histórico.

Arábia Saudita pressiona petróleo  

O petróleo está a cair mais de 4% nos mercados internacionais, pressionado pelas declarações do governo saudita. Mohamed bin Salman declarou numa entrevista à Bloomberg que só participa no acordo para congelar a produção de petróleo, se o Irão o fizer também. O Irão tem repetido que não irá fazê-lo até recuperar os níveis anteriores às sanções, aumentando por isso a improbabilidade de reduzir o excedente no mercado. O Brent, negociado em Londres, segue a cair 4,22% para 38,63 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), em Nova Iorque, afunda 3,81% para 36,88 dólares por barril.

 

Ouro perde brilho após dados positivos do emprego nos EUA

O preço da onça de ouro desce 1,38% para 1.215,70 dólares. Após ter conseguido um ganho acima de 15% nos primeiros três meses do ano, o metal amarelo iniciou o segundo trimestre pressionado. O ouro perdeu brilho após terem sido divulgados os dados do mercado de trabalho nos EUA, que saíram melhor que o esperado. Com os menores receios sobre a maior economia do mundo a procura pelo activo-refúgio foi menor. "O relatório do emprego mostrou uma imagem mais positiva da economia, especialmente pelo facto dos salários terem aumentado. Isso foi suficiente para levar o ouro a negociar em baixa", explicou Bob Haberkorn, estratego da RJO Futures, citado pela Bloomberg.

 

 

Destaques do dia

 

DBRS admite que pode cortar "rating" de Portugal. A agência de notação financeira canadiana DBRS, a única que atribui uma nota de investimento a Portugal, admitiu cortar o 'rating' se houver incerteza política ou se o crescimento económico não for suficiente para reduzir a dívida pública.

 

Novo Banco e BCP únicos credores da Ongoing com dívida garantida. O Novo Banco e o BCP, principais credores no Processo Especial de Revitalização da Ongoing Strategy, têm 455,8 milhões de euros da dívida garantidos pelo grupo de Nuno Vasconcellos e Rafael Mora.

Os números do maior pessimismo do FMI. Os técnicos do FMI estão mais pessimistas sobre a evolução da economia e das contas públicas portuguesas. Veja que números que mais afastam Washington de Lisboa.

 

Taxa de desemprego subiu para 5% nos Estados Unidos. Em Março a taxa de desemprego norte-americana aumentou ligeiramente para 5%, face aos 4,9% registados no mês anterior. Em Março foram também criados 215 mil novos postos de trabalho.

 

FMI: Compras do BCE podem não compensar choques nos juros da dívida. As injecções de liquidez da instituição monetária da Zona Euro têm pressionado as taxas de juro da dívida Portugal. Mas o FMI estima que o BCE tenha de deixar de comprar obrigações nacionais em breve, pelo que o programa de compra de activos poderá não resolver novos choques.

 

Portugal não cumpre regra do Tratado Orçamental. O Fundo Monetário Internacional diz que o Orçamento do Estado para este ano implica o agravamento do saldo estrutural, o que viola a regra do Tratado Orçamental e contraria as previsões do Executivo.

 

FMI pede a Costa que adie devolução de rendimentos. Reconsiderar a reposição integral total dos salários da Função Pública este ano e adiar a descida da sobretaxa de IRS. Estes são alguns dos avisos que o FMI deixa ao Governo português.

 

Governo diz que previsões do FMI não reflectem "desenvolvimentos" desde Janeiro. O Ministério das Finanças argumenta que as previsões para a economia, conhecidas esta sexta-feira, 1 de Abril, não levam em conta a execução orçamental "rigorosa", a colocação "bem sucedida" de dívida e a melhoria da confiança.

 

Os cinco factores que preocupam o FMI sobre Portugal. O FMI alerta que o crescimento da economia portuguesa está a ser "apenas modesto". Alerta que há riscos de execução no Orçamento do Estado para este ano, mas também está preocupado com as várias reversões.

Bankinter só paga 86 milhões pelo Barclays Portugal. O valor da operação estava, inicialmente, estimado em 100 milhões de euros. No dia em que é formalizada a compra o valor cai para 86 milhões de euros e ainda pode ser ajustado.

 

O que acontece na segunda-feira:

 

Indicadores económicos: O Eurostat publica o índice de preços na produção, em Fevereiro. No último mês, verificou-se uma queda de 2,9% e os economistas consultados pela Bloomberg antecipam um novo recuo de 4%.

 

Desemprego: O Eurostat revela também a taxa de emprego, referente a Fevereiro. Está prevista a sua manutenção nos 10,3%.

 

FMI: Serão divulgados os capítulos analíticos do Global Financial Stability Report.

 

BCE: São conhecidos os dados relativos às compras de activos da autoridade monetária, na semana passada e em Março.

 

Indústria: Serão conhecidos os dados relativos às encomendas à indústria, em Fevereiro, antecipando-se um recuo de 1,7% depois do aumento de 1,6% registado no mês anterior.

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