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Fecho dos mercados: Bolsas europeias caem, juros e petróleo sobem

As bolsas europeias encerraram com perdas ligeiras, uma tendência contrariada por Lisboa. Os juros da dívida avançaram, mas o prémio de risco face à dívida alemã caiu. O petróleo está a valorizar.

Bloomberg
21 de Março de 2016 às 17:30
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,33% para 5.189,63 pontos

Stoxx 600 caiu 0,3% para 340,82 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,11% para 2.047,27 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,6 pontos base para 2,929%

Euro recua 0,13% para 1,1256 dólares

Petróleo sobe 0,44% para 41,38 dólares por barril, em Londres

 

Perdas ligeiras na Europa, Lisboa contraria

As principais praças europeias encerraram a primeira sessão da semana com perdas ligeiras, inferiores a 1%. O Stoxx 600 caiu 0,3%, pressionado principalmente pela queda do sector energético e das mineiras. O sector químico travou uma maior queda. A Grécia destacou-se com uma perda de 2,12%, seguida pelo índice francês CAC 40 que perdeu 0,78%.

A bolsa de Lisboa escapou à tendência negativa e encerrou a valorizar 0,33%, na primeira sessão em que a Sonae Capital, a Corticeira Amorim e o fundo do Montepio integraram o índice de referência nacional, substituindo a Impresa e a Teixeira Duarte. O PSI-20 avançou pela quarta sessão consecutiva, impulsionado principalmente pela Jerónimo Martins e EDP Renováveis. A retalhista subiu 2,10% para 14,085 euros. A energética avançou 2,09% para 6,738 euros.

Juros mais altos, mas prémio recua

Os juros da dívida portuguesa subiram, acompanhando a tendência na Zona Euro. A taxa de juro das obrigações a 10 anos, considerada a maturidade de referência, avançou 0,6 pontos base para 2,929%. A "yield" das obrigações espanholas avançou 1,1 pontos base para 1,442%. A taxa da Alemanha subiu 1,4 pontos para 0,226%. Com este aumento superior, o prémio de risco que os investidores pagam para apostar na dívida portuguesa em detrimento da alemã caiu para 270,14 pontos.

 

Euribor a três meses fixa novo mínimo histórico

As taxas Euribor registaram tendências divergentes esta segunda-feira. A Euribor a três meses recuou de -0,235% para -0,238%, fixando um novo mínimo histórico. A seis meses a taxa ficou inalterada em -0,131%, pela terceira sessão consecutiva. A Euribor a nove meses também ficou inalterada em -0,069%. O indexante a 12 meses avançou para -0,002%.

 

Libra recua com discussão do "Brexit"

A libra está a recuar 0,43% para 1,2793 euros, após três sessões a valorizar, com o intensificar da campanha em torno do referendo para a permanência do Reino Unido na União Europeia. "A libra enfraqueceu face ao dólar e euro devido aos tremores políticos no fim-de-semana", escreveu o RBC, numa nota para investidores, referindo-se à demissão de Iain Duncan Smith do Partido Conservador. Esta segunda-feira, um relatório da PWC avançou com uma estimativa de uma perda de 100 mil milhões de libras (130 mil milhões de euros) e 950 mil postos de trabalho até 2020, caso o "brexit" se concretize.

Petróleo sobe 2% com especulação de menor oferta

O petróleo está avançar nos mercados internacionais, invertendo a tendência da sessão anterior e transaccionado próximo da casa dos 40 dólares. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, está a subir 1,80% para 40,15 dólares. Chegou a perder 2,1% no início da sessão. O Brent, negociado em Londres, que serve de referência para a Europa, valoriza 0,44% para 41,38 dólares por barril. Na semana passada, a produção de petróleo nos EUA caiu para um mínimo de 2014, o que, juntamente com a especulação em torno de um acordo entre os maiores exportadores para congelar a oferta, está a impulsionar a cotação do barril.

 

China impulsiona minério de ferro

O minério de ferro está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, impulsionado pela expectativa de uma maior procura do metal na China. Os indicadores de uma recuperação do mercado imobiliário no maior consumidor do metal a nível mundial puxaram pelas cotações, aproximando o minério de ferro da fasquia dos 60 dólares por tonelada métrica. Está a valorizar 2,3% para 58,82 dólares.

 

Destaques do dia

 

Crise política arrasta perspectivas para a economia brasileira. Os economistas brasileiros consultados pelo Banco do Brasil reviram as estimativas de crescimento da economia brasileira em baixa para 2016 e 2017, numa altura em que se agrava a crise política do país.

Estado conseguiu em dois meses 30% da meta anual para os certificados. O valor investido em Certificados do Tesouro Poupança Mais e Certificados de Aforro cresceu 612 milhões de euros nos dois primeiros meses do ano.

Moody’s lança alertas sobre custo com conversão de créditos na Polónia. As possíveis perdas que os bancos terão de enfrentar para converter créditos à habitação de francos suíços para zlotys foram revistas em alta. O Millennium Bank é dos mais "vulneráveis", segundo a Moody’s.

Jorge Tomé diz que espanholização da banca não é um risco no imediato. O ex-presidente do Banif vê perigos para uma economia se grande parte do poder for decidido numa única região. Mas, um dia depois de ser conhecido que está a ser preparado um manifesto contra a espanholização, Jorge Tomé diz não acreditar que tal possa acontecer no curto prazo.

Benoît Cœuré pede aos governos "reformas ambiciosas" porque BCE não pode fazer tudo. Benoît Cœuré, membro do BCE, pede aos governos da Zona Euro "reformas ambiciosas" pois a autoridade monetária não pode criar sozinha as condições para uma recuperação sustentável.

 

JM entre as eleitas do JP Morgan para a Europa Central e de Leste. A retalhista portuguesa está entre as dez acções preferidas pelo banco de investimento nas regiões da Europa Central e de Leste, Médio Oriente e África.


O que vai acontecer amanhã

Preços das casas em Portugal. O INE divulga a evolução do índice de preços da habitação no último trimestre de 2015, depois do índice ter atingido o valor mais elevado desde 2010 no final de Setembro.

Actividade industrial na Zona Euro. A Markit publica o indicador para a actividade industrial, em Março, na Zona Euro.

Clima de negócios na Alemanha. O instituto Ifo divulga o clima de negócios na Alemanha, em Março.

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