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Fecho dos mercados: Juros portugueses com maior queda semanal em nove meses

O aumento dos riscos de uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos penalizaram as acções europeias e o dólar, num dia que é também de perdas para o petróleo nos mercados internacionais.

Negócios jng@negocios.pt 15 de Junho de 2018 às 17:11

Os mercados em números

PSI-20 recuou 1,91% para 5.569,17 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,73% para 390,17 pontos

S&P 500 perde 0,41% para 2.771,15 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 9,3 pontos para 1,822%

Euro valoriza 0,48% para 1,1623 dólares

Petróleo cai 3,32% para 73,42 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias tropeçam na última sessão da semana 

O sentimento negativo reinou esta sexta-feira nas bolsas europeias, depois das decisões do Banco Central Europeu terem animado a sessão de ontem. O Stoxx 600 fechou com uma queda de 0,99% para os 389,13 pontos. Ainda assim, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias terminou a semana com um saldo positivo de 1,04%. É a primeira vez que isso acontece em quatro semanas. 

Na Europa, entre as principais quedas esteve o sector do petróleo e gás num dia em que o petróleo está a desvalorizar perto de 3% nos mercados internacionais. E ainda o sector bancário que caiu quase 2%. 

Os índices de Portugal e da Grécia lideraram as perdas, em termos percentuais, nas bolsas europeias. O PSI-20 registou a maior queda em duas semanas e meia num dia em que a Navigator descontou o dividendo. A cotada do sector do papel afundou 7%, a maior queda desde Agosto de 2015. 

 

Juros portugueses com maior descida semanal em nove meses

Os juros associados à dívida portuguesa a dez anos completaram, esta sexta-feira, a quinta sessão consecutiva de quedas, tendo acumulado a maior descida semanal desde Setembro de 2017.

A yield associada às obrigações a dez anos recuaram 9,3 pontos para 1,822%, acompanhando a tendência da generalidade dos países do euro. Em Espanha, os juros desceram 5,2 pontos para 1,297%, em Itália caíram 5,2 pontos para 1,297%. Já na Alemanha o alívio foi de 2,2 pontos para 0,404%.

A contribuir para este movimento estiveram as conclusões da reunião do Banco Central Europeu, que anunciou um corte do programa de compra de activos para metade, em Setembro, e a manutenção dos juros baixos durante o próximo ano.   

Euribor mantém-se a 3 e 6 meses e desce a 9 e 12 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, manteve-se em -0,321%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, permaneceu em -0,266%.    


Já a nove meses, a Euribor caiu para -0,214%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, cedeu 0 para -0,183%.

Euro recupera mas não evita maior descida semanal em um mês

O euro está a negociar em alta face ao dólar, depois de ter chegado a registar na sessão de ontem a maior queda intradiária dos últimos oito meses. Essa desvalorização acaba por ditar uma queda semanal para a moeda única em torno de 1,2% - a maior desde 18 de Maio.

O euro foi penalizado pela indicação do Banco Central Europeu (BCE) de que os juros na Zona Euro só deverão subir a partir do Outono do próximo ano.

Esta sexta-feira, é o dólar norte-americano que está a ser penalizado face à moeda única, depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter confirmado a imposição de tarifas sobre 50 mil milhões de dólares de importações chinesas, aumentando os riscos de uma guerra comercial entre as duas economias.

Nesta altura, o euro ganha 0,48% para 1,1623 dólares.

 

Receios de aumento da oferta penalizam petróleo

As cotações do crude seguem em queda nos principais mercados internacionais, a caminho da quarta descida semanal, numa altura em que se aproxima a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que poderá ditar um aumento da oferta no mercado – pondo assim fim, ou aligeirando, o acordo de corte de produção que está em vigor desde Janeiro de 2017.

As cotações do contrato de futuros do Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Agosto seguem a recuar 3,32% para 73,42 dólares por barril. Já o contrato de Agosto do West Texas Intermediate (WTI), transaccionado no mercado nova-iorquino, segue a perder 2,99% para 64,89 dólares. Estas são as quedas mais acentuadas desde 29 de Maio passado.

 

Soja sob pressão com tensões comerciais

O mercado da soja está a ser pressionado pelos receios de guerra comercial entre os EUA e a China, depois de a Casa Branca ter anunciado que a partir de 6 de Julho vai impor tarifas aduaneiras de 25% sobre produtos chineses num valor que ascenderá a 50 mil milhões de dólares. Pequim respondeu, dizendo que vai retaliar em igual medida, o que deverá abranger a soja norte-americana – que é o maior produto de exportação dos EUA para a China.

Os futuros da soja para entrega em Novembro seguem a ceder 0,60% para 9,445 dólares por alqueire no mercado de Chicago.

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