Notícia
Fecho dos mercados: Juros italianos em mínimos de Agosto. Petróleo sobe com garantia dos sauditas
A Comissão Europeia aprovou a nova proposta de Orçamento italiano com um défice mais baixo, o que aliviou os juros da dívida de Itália. Já o petróleo está a recuperar face à garantia dada pela Arábia Saudita de que os cortes de produção vão ser prolongados em Abril.
19 de Dezembro de 2018 às 17:32
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,88% para 4.744,15 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,31% para 341,52 pontos
S&P 500 avança 1,14% para 2.574,97 pontos
Yield a 10 anos de Portugal sobe 1,4 pontos base para 1,649%
Euro avança 0,59% para 1,1428 dólares
Brent, em Londres, sobe 2,36% para 57,49 dólares por barril
Bolsas sobem à espera de indicações e decisão da Fed
As principais bolsas europeias regressaram aos ganhos esta quarta-feira depois de quatro sessões consecutivas no vermelho. O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,31% para 341,52 pontos, beneficiando da tendência generalizada de ganhos e sobretudo da subida verificada nos sectores europeus das matérias-primas, telecomunicações e automóvel.
O lisboeta PSI-20 não foi excepção à tendência de ganhos, terminando o dia a somar 0,88% para 4.744,15 pontos, apoiado nas subidas do BCP (+1,29% para 0,2364 euros), da Galp Energia (+1,23% para 13,975 euros) e da EDP (+1,29 para 2,989 euros).
Os investidores estão na expectativa pelo final da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos que termina hoje. Além do previsível anúncio de uma nova subida de juros, os mercados aguardam também por sinais quanto ao rumo da política monetária do banco central americano em 2019.
Juros italianos aliviam para mínimos de Agosto
As tréguas entre Roma e Bruxelas tiveram impacto imediato nos juros italianos. Os investidores acalmaram nesta quarta-feira, 19 de Dezembro, com a aprovação por parte da Comissão Europeia da nova proposta de Orçamento do Estado para 2019 do Governo italiano. Os juros a dez anos da dívida pública italiana aliviam 15,5 pontos base para os 2,783%, um mínimo de Agosto deste ano.
Depois de várias semanas de confronto com Bruxelas sobre as metas orçamentais para o próximo ano, o Governo italiano cedeu e reduziu o valor do défice orçamental (de 2,4% para 2,04% do PIB em 2019), o que permitiu selar um acordo com a Comissão Europeia. Esta cedência foi o culminar de várias semanas de negociações e conflitos entre as duas partes, um processo de incerteza que agravou os juros italianos.
Por outro lado, na sessão de hoje os juros portugueses a dez anos estão a subir ligeiramente: mais 1,4 pontos base para os 1,649%.
Euribor atinge novo máximo a três e 12 meses
As taxas Euribor subiram a três e a 12 meses, atingindo um novo máximo. Já a taxa a seis meses manteve-se inalterada nos -0,238%.
A taxa a três meses subiu para -0,309%, novo máximo desde Junho enquanto a taxa a 12 meses subiu 0,001 pontos para -0,124%, novo máximo de seis meses.
Dólar em mínimos de sete semanas
O dólar está a perder face às restantes divisas numa altura em que os investidores estão mais inclinados para uma posição branda por parte da Reserva Federal. Os mercados esperam que a Fed sinalize um ritmo de subidas de juros mais modesta no próximo ano. Isto depois de em 2018, caso se concretize a subida de hoje, ter aumentado os juros quatro vezes.
A divisa norte-americana está em mínimos de sete semanas face ao iéne e de uma semana face ao euro. A divisa da Zona Euro está a subir 0,59% para os 1,1428 dólares, suportada pela aprovação do Orçamento de Itália por parte da Comissão Europeia.
Petróleo recupera com garantia da Arábia Saudita
A cotação do barril está a aumentar, recuperando face às fortes quedas que levaram os preços do petróleo para mínimos de mais de um ano. O WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 3,09% para os 47,67 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 2,36% para os 57,49 dólares.
Esta recuperação segue-se às declarações do ministro saudita da Energia, Khalid Al-Falih, que deu a garantia de que o corte de produção acordado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai ser prolongado em Abril.
Nas três sessões anteriores o petróleo acumulou uma queda de cerca de 12% com os investidores a mostrarem cada vez maior preocupação com as perspectivas para a matéria-prima em 2019, já que a oferta está a aumentar e a procura deverá baixar. Face aos máximos de Outubro, a queda é já de 40% na cotação do petróleo.
Ouro em máximos de Outubro. E 2019 promete
O metal precioso está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, atingindo máximos de dois meses. Nesta sessão, o ouro sobe 0,52% para os 1.255,96 dólares por onça, colhendo ainda os benefícios da queda das bolsas e da desvalorização do dólar.
As nuvens que se começam a posicionar na economia mundial podem dar um impulso à cotação do ouro em 2019. Segundo um inquérito da Bloomberg a 20 analistas e traders, os investidores estão à espera de uma subida do ouro para a casa dos 1.325 de dólares por onça no final do próximo ano, o que implica uma valorização anual de 6%.
PSI-20 subiu 0,88% para 4.744,15 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,31% para 341,52 pontos
S&P 500 avança 1,14% para 2.574,97 pontos
Yield a 10 anos de Portugal sobe 1,4 pontos base para 1,649%
Euro avança 0,59% para 1,1428 dólares
Brent, em Londres, sobe 2,36% para 57,49 dólares por barril
Bolsas sobem à espera de indicações e decisão da Fed
As principais bolsas europeias regressaram aos ganhos esta quarta-feira depois de quatro sessões consecutivas no vermelho. O índice de referência europeu Stoxx 600 avançou 0,31% para 341,52 pontos, beneficiando da tendência generalizada de ganhos e sobretudo da subida verificada nos sectores europeus das matérias-primas, telecomunicações e automóvel.
Os investidores estão na expectativa pelo final da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos que termina hoje. Além do previsível anúncio de uma nova subida de juros, os mercados aguardam também por sinais quanto ao rumo da política monetária do banco central americano em 2019.
Juros italianos aliviam para mínimos de Agosto
As tréguas entre Roma e Bruxelas tiveram impacto imediato nos juros italianos. Os investidores acalmaram nesta quarta-feira, 19 de Dezembro, com a aprovação por parte da Comissão Europeia da nova proposta de Orçamento do Estado para 2019 do Governo italiano. Os juros a dez anos da dívida pública italiana aliviam 15,5 pontos base para os 2,783%, um mínimo de Agosto deste ano.
Depois de várias semanas de confronto com Bruxelas sobre as metas orçamentais para o próximo ano, o Governo italiano cedeu e reduziu o valor do défice orçamental (de 2,4% para 2,04% do PIB em 2019), o que permitiu selar um acordo com a Comissão Europeia. Esta cedência foi o culminar de várias semanas de negociações e conflitos entre as duas partes, um processo de incerteza que agravou os juros italianos.
Por outro lado, na sessão de hoje os juros portugueses a dez anos estão a subir ligeiramente: mais 1,4 pontos base para os 1,649%.
Euribor atinge novo máximo a três e 12 meses
As taxas Euribor subiram a três e a 12 meses, atingindo um novo máximo. Já a taxa a seis meses manteve-se inalterada nos -0,238%.
A taxa a três meses subiu para -0,309%, novo máximo desde Junho enquanto a taxa a 12 meses subiu 0,001 pontos para -0,124%, novo máximo de seis meses.
Dólar em mínimos de sete semanas
O dólar está a perder face às restantes divisas numa altura em que os investidores estão mais inclinados para uma posição branda por parte da Reserva Federal. Os mercados esperam que a Fed sinalize um ritmo de subidas de juros mais modesta no próximo ano. Isto depois de em 2018, caso se concretize a subida de hoje, ter aumentado os juros quatro vezes.
A divisa norte-americana está em mínimos de sete semanas face ao iéne e de uma semana face ao euro. A divisa da Zona Euro está a subir 0,59% para os 1,1428 dólares, suportada pela aprovação do Orçamento de Itália por parte da Comissão Europeia.
Petróleo recupera com garantia da Arábia Saudita
A cotação do barril está a aumentar, recuperando face às fortes quedas que levaram os preços do petróleo para mínimos de mais de um ano. O WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 3,09% para os 47,67 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 2,36% para os 57,49 dólares.
Esta recuperação segue-se às declarações do ministro saudita da Energia, Khalid Al-Falih, que deu a garantia de que o corte de produção acordado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai ser prolongado em Abril.
Nas três sessões anteriores o petróleo acumulou uma queda de cerca de 12% com os investidores a mostrarem cada vez maior preocupação com as perspectivas para a matéria-prima em 2019, já que a oferta está a aumentar e a procura deverá baixar. Face aos máximos de Outubro, a queda é já de 40% na cotação do petróleo.
Ouro em máximos de Outubro. E 2019 promete
O metal precioso está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, atingindo máximos de dois meses. Nesta sessão, o ouro sobe 0,52% para os 1.255,96 dólares por onça, colhendo ainda os benefícios da queda das bolsas e da desvalorização do dólar.
As nuvens que se começam a posicionar na economia mundial podem dar um impulso à cotação do ouro em 2019. Segundo um inquérito da Bloomberg a 20 analistas e traders, os investidores estão à espera de uma subida do ouro para a casa dos 1.325 de dólares por onça no final do próximo ano, o que implica uma valorização anual de 6%.