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Fecho dos mercados: Indicadores económicos animam bolsas. Petróleo sobe e euro cai
As bolsas europeias encerraram em alta, num dia em que foram divulgados indicadores positivos sobre a economia da Zona Euro. O petróleo segue com sinal verde enquanto o euro desce de máximos de Novembro.
Os mercados em números
PSI-20 valorizou 0,70% para 5.214,18 pontos
Stoxx600 ganhou 0,22% para 392,02 pontos
S&P 500 avança 0,22% para 2.399,32 pontos
Juros da dívida a dez anos subiram 1,9 pontos para 3,171%
Euro desce 0,33% para 1,1201 dólares
Brent avança 0,13% para 53,94 dólares por barril
Bolsas europeias em alta com indicadores económicos
As bolsas europeias fecharam em alta esta terça-feira, 23 de Maio, recuperando da maior desvalorização semanal desde Novembro, depois de terem sido revelados dados positivos sobre a economia da Zona Euro. Não só o crescimento económico na região da moeda única se manteve em máximos de seis anos, este mês, como a confiança dos empresários alemães atingiu máximos de sempre.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganhou 0,22% para 392,02 pontos, animado principalmente pelas cotadas do sector das utilities.
Por cá, o PSI-20 somou 0,70% para 5.214,18 pontos, impulsionado sobretudo pelo BCP. O banco liderado por Nuno Amado valorizou 2,35% para 21,8 cêntimos depois de ter comunicado que vendeu a totalidade da posição na Pharol. O banco detinha 6,17% da antiga Portugal Telecom (PT SGPS), mas comunicou que esta terça-feira, 23 de Maio, deixou de ter qualquer posição na empresa liderada por Palha da Silva. Os títulos da Pharol descem 0,78% para 25,3 cêntimos.
Isto no dia em que o banco foi aos mercados para se financiar em 1.000 milhões de euros em obrigações hipotecárias a cinco anos.
Juros portugueses em alta ligeira após cinco sessões de quedas
Depois de cinco sessões consecutivas de alívio, os juros da dívida portuguesa a dez anos subiram 1,9 pontos para 3,171%. Ainda assim, durante a sessão marcaram um novo mínimo de Outubro nos 3,126%, um dia depois de a Comissão Europeia ter proposto a saída do país do Procedimento dos Défices Excessivos (PDE).
Em Espanha, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos desceu 0,5 pontos base para 1,618% e em Itália recuou 1,6 pontos para 2,122%. Na Alemanha, pelo contrário, os juros subiram 1,3 pontos para 0,410%.
Taxas Euribor descem a 3 meses e mantêm-se a 6, 9 e 12 meses
As taxas Euribor desceram hoje a três meses e mantiveram-se a seis, nove e 12 meses em relação a segunda-feira.
A Euribor a três meses caiu para -0,330%, menos 0,001 pontos do que na segunda-feira, enquanto a taxa a seis meses se manteve em -0,251%, actual mínimo de sempre.
No prazo de nove meses, a Euribor também ficou inalterada, em -0,179%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,184%, registado pela primeira vez em 18 de Abril.
Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez em 5 de Fevereiro de 2015, voltou hoje a ser fixada em -0,129%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 17 de Maio.
Dólar com sinal verde antes de plano orçamental
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está em alta ligeira depois de duas sessões consecutivas de perdas, antes de ser apresentado no Congresso o plano orçamental da administração Trump.
Durante a sessão, o euro tocou num novo máximo de Novembro face à moeda norte-americana, depois de revelados os indicadores positivos sobre a região da moeda única. Nesta altura, porém, o euro desce 0,33% para 1,1201 dólares.
Petróleo sobe com expectativa de extensão dos cortes
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, animado pela expectativa de que os membros da OPEP vão acordar a extensão dos cortes na produção para além dos seis meses inicialmente previstos.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, segue a somar 0,41% para 51,34 dólares por barril, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, avança 0,35% para 54,06 dólares.
Por outro lado, a evitar uma maior subida dos preços está a notícia de que Donald Trump quer vender metade das reservas de petróleo nacionais de emergência e abrir a Reserva Natural do Alasca à exploração desta matéria-prima, como parte do seu plano para equilibrar as contas públicas durante os próximos dez anos.
Ouro em queda
O metal amarelo está a perder terreno, após duas sessões de ganhos em que esteve a beneficiar da fraqueza do dólar e dos comentários de alguns responsáveis da Reserva Federal dos EUA a indicar que o ritmo de subida das taxas de juro poderá ser mais lento. Nesta altura, o ouro desce 0,36% para 1.256,05 dólares enquanto a prata recua 0,27% para 17,1210 dólares.