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Fecho dos mercados: Guerra comercial pressiona bolsas mundiais. Tempestade anima petróleo

Os receios em torno da guerra comercial continuam a assombrar os mercados mundiais. No mercado petrolífero, o dia foi de ganhos, à boleia de uma tempestade tropical nos EUA.

Reuters
04 de Setembro de 2018 às 17:18
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Os mercados em números

PSI-20 caiu 0,76% para 5.368,70 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,70% para 379,83 pontos

S&P 500 recua 0,18% para 2.896,57 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 3,9 pontos base para 1,867%

Euro recua 0,54% para 1,1556 dólares

Petróleo sobe 0,52% para 78,55 dólares por barril em Londres

 

Guerra comercial penaliza bolsas nos EUA e Europa

As bolsas dos EUA, que estiveram encerradas na segunda-feira devido ao feriado do Labor Day, iniciaram o mês de Setembro em queda, numa altura em que os receios em torno da guerra comercial continuam a assombrar os mercados.

 

Está previsto que os EUA implementem, ainda este mês, novas tarifas sobre importações chinesas no valor de 200 mil milhões de dólares. Está a decorrer uma consulta pública, que termina no dia 5 de Setembro, sobre estas tarifas e o presidente dos EUA já terá deixado claro, segundo a Bloomberg, que está preparado para as implementar assim que terminar o período de consulta pública.

 

A tendência de queda também chegou à Europa, com as principais praças do Velho Continente a encerrarem a sessão no vermelho. O Stoxx 600 recuou para um mínimo de dois meses, terminando a sessão a recuar 0,70%.

 

Por cá, Lisboa caiu pela sexta sessão consecutiva, cedendo 0,76% para 5.368,70 pontos. O PSI-20 completou assim a série mais longa de desvalorizações desde o início de Fevereiro, pressionado pela queda da Galp Energia.

 

Juros italianos aliviam de máximos de três meses

O ministro das Finanças italiano, Giovanni Tria, conseguiu acalmar os mercados. Apesar das notícias de medidas que vão agravar o défice, Tria assegurou que as metas europeias serão cumpridas.

 

Estas promessas levaram os juros italianos a aliviar e a manter a tendência na sessão desta terça-feira, 4 de Setembro. A taxa a dez anos recuou 13,2 pontos base para os 3,029%, aliviando face a máximos de três meses. O mesmo aconteceu aos juros portugueses que deslizaram 3,9 pontos base para 1,867%.

 

Já os juros alemães no mesmo prazo agravaram-se, avançando 2,3 pontos base para os 0,356%.

 

Euribor a 6 meses desce e restantes ficam inalteradas

A taxa Euribor a seis meses, que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, desceu para os -0,269%. As restantes taxas ficaram inalteradas, com destaque para a de três meses, que se mantém há 27 sessões consecutivas.  

 

Dólar a caminho da maior subida diária em duas semanas

A divisa norte-americana está a valorizar contra o euro, com a intensificação da guerra comercial entre os EUA e a China a levar os investidores a afastarem-se das moedas dos mercados emergentes.

 

Recentemente, o euro recuava 0,54% para 1,1556 dólares. E esta queda deve continuar, com os analistas do Bank of America a estimarem que as tensões comerciais e as discussões em torno do orçamento em Itália vão dar um novo impulso ao dólar.  

 

Tempestade tropical anima preços do petróleo

O preço do "ouro negro" está a valorizar nos mercados internacionais. Esta subida acontece depois de uma tempestade tropical nos EUA ter forçado a evacuação das plataformas na Costa do Golfo, nos EUA. O West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a ganhar 0,77% para 70,34 dólares, mas já tocou um máximo de 71,40 dólares durante a sessão.

 

O Brent do Mar do Norte, transaccionado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, valoriza 0,52% para 78,55 dólares, tendo alcançado um máximo de 79,72 dólares.

 

Ouro recua, prata em mínimos de dois anos

O metal dourado desce 0,72% para 1.192,65 dólares por onça, negociando novamente abaixo do patamar dos 1.200 dólares. O ouro recuou para um mínimo de mais de uma semana no seguimento da valorização do dólar.

 

Já a prata recua 2,67% para 14,1290 dólares, tendo tocado o valor mais baixo desde Fevereiro de 2016 durante a sessão.

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