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Fecho dos mercados: Europa "celebra" acordo parcial EUA-China com máximos de sempre
O alívio em relação ao futuro das relações comerciais entre Washington e Pequim, que há muito pressionavam os mercados acionistas, é agora motivo de ânimo, depois de ter sido atingido um acordo preliminar.
Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,34% para 5.221,09 pontos
Stoxx 600 avançou 1,39% para os 417,75 pontos
S&P500 apreciou-se em 0,90% para os 3.197,45 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravaram-se em 1 ponto base para os 0,377%
Euro valoriza 0,16% para os 1,1139 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,51% para os 65,55 dólares por barril
Europa em máximos históricos
O agregador que reúne as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, fechou com uma valorização de 1,39% para os 417,75 pontos, mas durante a sessão chegou a tocar nos 418,53 pontos, um máximo de sempre. Esta foi a quarta sessão consecutiva de ganhos e as cotadas dos setores financeiro, da banca e do retalho foram as de maior destaque, ao somarem ganhos superiores a 2%.
A dar força aos mercados europeus está o alívio da tensão entre os Estados Unidos e a China, depois de ambas as nações terem confirmado a assinatura de um acordo comercial parcial. Aquela que era das principais sombras a pairar sobre os mercados acionistas acaba assim de se dissipar e permitir aos investidores acreditarem num ano mais risonho nos mercados.
Em Lisboa, o PSI-20 seguiu a tendência europeia, e terminou esta segunda-feira a avançar 0,34% para 5.221,09 pontos, impulsionado pela EDP.
Juros no sobe e desce
Os juros da dívida a dez anos de Portugal agravaram-se em 1 ponto base para os 0,377% na sessão, voltando a inverter a tendência, como tem sido apanágio das últimas cinco sessões. Assiste-se ao mesmo sobe e desce do lado da Alemanha que, esta segunda-feira, avança 1,3 pontos base para os -0,278%.
Euro e libra resistem aos dados económicos
A moeda única europeia está a valorizar 0,16% para os 1,1139 dólares, apesar de o índice dos gestores de compras, ou PMI, da indústria da Zona Euro ter caído em dezembro para um mínimo de dois meses e ficado, desta forma, abaixo das expectativas. A mesma tendência contraditória com os dados mais recentes é observada na libra esterlina, que segue com uma subida de 0,2% para os 1,3358 dólares, apesar de uma estimativa da atividade empresarial no Reino Unido indicar o pior desempenho desde o rescaldo do referendo do Brexit, em 2016.
Petróleo perto de máximo de três meses
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, segue a subir 0,51% para os 65,55 dólares, aproximando-se, desta forma, do registo de 65,80 dólares que ditaria um máximo de três meses para as cotações da matéria-prima.
O otimismo nos mercados do petróleo tem sido sustentado pelas perspetivas de que o acordo comercial preliminar, assinado pelos Estados Unidos e pela China na semana passada, promova o crescimento das duas maiores economias mundiais e, consequentemente, das restantes potências, aumentando a procura por petróleo.
Prata sobe pela sexta sessão
A prata está a subir 0,25% para os 16,9750 dólares por onça, esta segunda-feira, depois de uma semana em pleno no verde. Este metal precioso segura, desta forma, a sexta sessão consecutiva em terreno positivo.
O "irmão" ouro falha as subidas, embora por pouco. Segue a cair 0,07% para os 1.475,32 dólares por onça. De acordo com os analistas consultados pela Bloomberg, "o metal amarelo está a aguentar-se firmemente, apesar de os piores cenários para os mercados terem sido excluídos nas últimas semanas". A sustentar o desempenho do ouro está a perspetiva de que as taxas de juro diretoras se mantenham baixas em 2020, tornando-o um refúgio de eleição.