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Fecho dos mercados: Dólar cai pela quinta sessão, bolsas firmes nos ganhos e petróleo sobe mais de 1%
A entrevista de Trump à Reuters pressionou o dólar mas não diminuiu o optimismo dos investidores com as negociações entre Washington e Pequim sobre as tarifas comerciais, pelo que as bolsas mantiveram a tendência de ganhos.
Os mercados em números
PSI-20 ganhou 0,48% para 5.505,06 pontos
Stoxx 600 somou 0,24% para 384,15 pontos
S&P 500 valoriza 0,39% para 2.868,29 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desce 2,4 pontos base para 1,77%
Euro sobe 0,38% para 1,1525 dólares
Petróleo em Londres ganha 0,4% para 72,50 dólares por barril
Bolsas em alta com S&P500 perto de máximo histórico
O presidente dos Estados Unidos baixou as expectativas sobre o resultado das negociações que decorrem esta semana com a China sobre a aplicação de tarifas comerciais, mas os investidores continuam convencidos que as notícias sobre a evolução da guerra comercial serão positivas.
Esse optimismo reflecte-se na evolução das bolsas norte-americanas, com o S&P500 a ganhar 0,39% para 2.868,29 pontos, muito perto do máximo histórico fixado no início deste ano. Na Europa a tendência também é positiva, com o Stoxx600 a ganhar 0,24% para 384,15 pontos. Além das expectativas sobre as negociações entre Washington e Pequim, as acções europeias foram também impulsionadas pela queda do dólar e alta dos preços do petróleo, que beneficiaram as cotadas com negócio nos EUA e produtoras da matéria-prima.
Em Lisboa o PSI-20 ganhou 0,48% para 5.505,06 pontos, com o índice português a ser impulsionado pelo sector energéticos, embora os ganhos mais acentuados tenham sido protagonizados pelos CTT e pela Sonae.
Juros de Portugal caem em linha com Itália
Os juros das obrigações soberanas dos periféricos estão a aliviar esta terça-feira, contrariando a tendência das bunds. A "yield" dos títulos portugueses a 10 anos desce 2,4 pontos base para 1,77% (nível mais baixo desde finais de Julho), enquanto na dívida italiana a queda é de 3,4 pontos base para 2,98% nos títulos com a mesma maturidade.
Com a "yield" das obrigações alemãs a 10 anos a avançar 2,8 pontos base para 0,331%, o prémio de risco da dívida portuguesa está esta terça-feira a estreitar-se para 144 pontos base.
Dólar recua pela quinta sessão consecutiva
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres está a perder terreno pela quinta sessão consecutiva, penalizado pelos comentários de Donald Trump sobre a manipulação de moeda por parte da China e da União Europeia e pela pressão adicional sobre a Reserva Federal dos Estados Unidos.
Numa entrevista à Reuters, publicada na noite de segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos criticou Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, por estar a subir os juros, não contribuindo para o crescimento económico do país, e disse que tanto o yuan como o euro estão a ser manipulados.
Em reacção, o euro sobe 0,38% para 1,1525 dólares, naquela que é já o ciclo de descidas mais prolongado desde Março para a divisa norte-americana.
Petróleo sobe com EUA a estudar libertar reservas
O petróleo está a negociar em alta ligeira nos mercados internacionais, numa altura em que se espera que os inventários de crude dos Estados Unidos tenham diminuído e que o país liberte 11 milhões de barris das suas reservas estratégicas, para fazer face à expectável diminuição da oferta decorrente das sanções sobre o Irão.
Esta libertação de reservas por parte dos EUA indica que o país está preocupado com a escassez de oferta no mercado, daí que esteja a impulsionar as cotações da matéria-prima.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,26% para 67,27 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, ganha 0,4% para 72,50 dólares.
Queda do dólar impulsiona metais
Contrariando a evolução do dólar norte-americano, os metais negoceiam em terreno positivo, influenciado também pelos comentários do presidente dos Estados Unidos sobre a condução da política monetária no país.
Ouro (1.189,31 dólares) e prata (14,7575 dólares) negoceiam em alta muito ligeira, numa sessão em que o cobre e o alumínio estão também em terreno positivo.