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Fecho dos mercados: Bolsas, petróleo e juros sobem à boleia das negociações comerciais e de Itália

As bolsas europeias fecharam com ganhos na ordem de 1%, os juros e o petróleo também subiram, enquanto o euro e o ouro desceram, a refletir a acalmia na tensão gerada pela guerra comercial e o desfecho positivo da crise política em Itália.

Reuters
29 de Agosto de 2019 às 17:26
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,33% para 4.813,74 pontos

Stoxx 600 apreciou 1,04% para 376,74 pontos

S&P500 avança 1,27% para 2.924,74 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,2 pontos base para 0,117%

Euro recua 0,18% para 1,1058 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,41% para 60,74 dólares o barril

 

China e Itália levam investidores a respirar de alívio

As bolsas europeias fecharam o dia em alta, a beneficiar do alívio de pressão provocada pela guerra comercial, depois de a China ter revelado que não vai responder ao último aumento de tarifas anunciado pelos EUA. As autoridades chinesas confirmaram que Washington e Pequim já estão a preparar a nova ronda de negociações, e esperam que Donald Trump ainda desista das novas tarifas anunciadas.

 

No contexto interno, o fim da crise política em Itália, com a nomeação de Giuseppe Conte para formar Governo, também contribuiu para a subida das praças europeias. O presidente de Itália, Sergio Mattarella, decidiu dar poder ao ex-primeiro-ministro do país Giuseppe Conte, que tinha abandonado o cargo no passado dia 20, para formar um novo governo transalpino com apoio da coligação formada pelos partidos 5 Estrelas (anti-sistema) e Partido Democrático (centro-esquerda).


Este contexto fez com que os investidores respirassem de alívio e elevassem as bolsas. Os principais índices europeus subiram, na maior parte dos casos mais de 1%. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou o dia a apreciar 1,04% para 376,74 pontos.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 registou um ganho mais moderado, avançando 0,33% para 4.813,74 pontos com a ajuda dos setores da energia e do papel.

 

Juros sobem na Europa. Exceção para Itália

As taxas de juro implícitas nas obrigações soberanas regressaram hoje aos ganhos. Por um lado, com a redução dos receios na frente geopolítica, diminui a procura por parte de ativos considerados refúgio, como é o caso. Por outro lado, as últimas notícias dão conta de que não é certo que o Banco Central Europeu (BCE) vá avançar com uma nova ronda de "quantitive easing", o que poderá fazer subir os juros. A incerteza surge numa altura em que são já dois governadores a defenderem que a economia europeia não está a demonstrar uma fragilidade assim tão grande que justifique essa medida. Hoje foi a vez de Klass Knot, líder do banco central holandês, considerar que a atual situação económica na Europa não justifica uma retomada do "quantitative easing" e que esse cenário não devia ser equacionado, a menos que o abrandamento da economia se acentue, segundo a Bloomberg.

 

Assim, a taxa de juro implícita nos juros portugueses a 10 anos está a subir 3,2 pontos para 0,117%. Um desempenho semelhante à bund alemã, cujo juro avança 2,4 pontos para -0,695%.

 

Em sentido contrário seguem as "yields" italianas, que têm acusado a pressão da crise política. Hoje, com o desfecho positivo da coligação entre 5 Estrelas e PD, a taxa a 10 anos está a descer 5,3 pontos para 0,986%.

 

Euro em queda
O euro chegou a valorizar depois de ter sido noticiado que Klass Knot é contra o retomar do programa de quantitive easing, mas foi uma subida com pouco entusiasmo e de duração pequena. A moeda única europeia segue a perder 0,18% para 1,1058 dólares. 

 

Petróleo sobe com redução da preocupação com a guerra comercial

A aparente acalmia nas relações entre os EUA e a China está a reduzir os receios dos investidores sobre a aproximação de uma recessão económica, o que está a ajudar à subida dos preços do petróleo. O preço do barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a apreciar 0,41% para 60,74 dólares.

 

Ouro recua mas mantém-se acima dos 1.500 dólares

O ouro, que tem sido um dos mais beneficiados pela instabilidade política e incerteza económica, está a aliviar parte dos ganhos recentes, recuando 0,17% para 1.536,45 dólares por onça, com os investidores a preferirem ativos mais arriscados (mas que costumam dar retornos mais elevados).

 

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