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Fecho dos mercados: Bolsas europeias sobem. Juros descem

As bolsas europeias subiram, interrompendo a maior série de perdas de 2017. Os juros também desceram. O dólar e o ouro oscilaram entre ganhos e perdas, depois de algumas declarações de responsáveis da Fed, que sugerem desfechos diferentes para a reunião de Dezembro no que respeita à subida de juros nos EUA.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,22% para 5.271,75 pontos

Stoxx 600 avançou 0,78% para 384,93 pontos

S&P 500 valoriza 0,76% para 2.584,04 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,5 pontos base para 1,983%

Euro recua 0,16% para 1,1773 dólares

Petróleo desce 0,21% para 61,74 dólares, em Londres

 

Stoxx 600 interrompe maior série de perdas de 2017

As principais praças europeias negociaram em alta na sessão desta quinta-feira, 16 de Novembro. Só a bolsa grega contrariou a tendência de ganhos com o principal índice helénico (FTASE) a desvalorizar 2,37%. Já o índice de referência europeu Stoxx 600 somou 0,78% para 384,93 pontos, interrompendo assim uma série de sete sessões consecutivas a transaccionar em terreno negativo, o maior ciclo de desvalorizações em 2017. Desde Novembro de 2016 que o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias não acumulava tantas sessões a desvalorizar.

 

Em Lisboa, o PSI-20 acompanhou o sentimento predominante ao somar 0,22% para 5.271,75 pontos. O BCP foi a cotada que mais apoiou a prestação positiva da bolsa nacional, com o banco liderado por Nuno Amado a apreciar 0,59% para 0,2537 euros, isto após ter reportado na segunda-feira que nos primeiros nove meses do ano regressou aos lucros. 

Nota ainda para a Nos que somou 0,99% para 5,394 euros, numa sessão em que a operadora de telecomunicações tocou em máximos de 17 de Agosto ao negociar nos 5,508 euros por acção.

Juros com quedas ligeiras

As taxas de juro implícitas caíram na generalidade dos países europeus, com a "yield" associadas às obrigações a 10 anos de Portugal a recuar 1,5 pontos base para 1,983%. Já os juros alemães recuam 0,1 pontos para 0,375%, levando o prémio de risco da dívida nacional para cerca de 160 pontos base. Destaque para o facto de Portugal continuar a reduzir o prémio de risco face à Itália, já que o "spread" está nos 15,5 pontos base, o valor mais baixo desde Janeiro de 2010.

 

Euribor mantêm-se em todos os prazos

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três, seis, nove e 12 meses em relação a quarta-feira. No prazo a três meses, a Euribor fixou-se em -0,329%, pela décima segunda sessão consecutiva, enquanto a seis meses manteve-se em -0,275%.                                                

 

A nove meses, a Euribor foi fixada de novo e pelo terceiro dia consecutivo em -0,218%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224, registado pela primeira vez em 27 de Outubro.

 

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, manteve-se hoje em -0,192%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez na sessão de ontem. 

 

Dólar confuso após declarações de responsáveis da Fed

O dólar está a negociar sem uma tendência definida face aos principais congéneres mundiais, depois de vários responsáveis da Reserva Federal (Fed) terem proferido declarações. Enquanto Mester, Kaplan e Williams se mostraram favoráveis a um aumento de juros em Dezembro, Brainard mostrou preocupação com o nível baixo em que se encontra a inflação, o que sugere que este responsável preferia adiar uma eventual subida de juros.

 

Brent desce pela quinta sessão

O Brent está a negociar em queda pela quinta sessão consecutiva, penalizado pela incerteza em torno do prolongamento dos cortes da OPEP além de Março. De acordo com a Bloomberg, os líderes do cartel ainda não conseguiram convencer a Rússia da necessidade de prolongar os cortes na produção, ainda que Moscovo já tenha mostrado disponibilidade para avaliar essa possibilidade.

 

Em Londres, o barril de Brent desce 0,21% para 61,74 dólares, enquanto o WTI está inalterado em 55,33 dólares.

 

A contribuir para a tendência negativa estão ainda os dados que mostram que a produção semanal de crude nos Estados Unidos aumentou para o nível mais alto em mais de três décadas e o relatório divulgado pela AIE na terça-feira, onde a Agência corta as estimativas para a procura este ano e em 2018.

 

Ouro à espera de mais pistas da Fed

Depois de alguns discursos de responsáveis da Fed terem deixado o dólar pouco definido face às principais moedas, também acabaram por influenciar a negociação do ouro. O metal precioso, que costuma servir de refúgio em alturas de maior tensão ou de quedas do dólar, o ouro subiu 0,17% para 1.280,32 dólares por onça.

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