Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Bolsas europeias registam a maior queda do ano com receios da guerra comercial

As bolsas europeias fecharam a sessão com quedas acentuadas, numa altura em que os investidores estão receosos em relação às negociações comerciais entre os EUA e a China. Algo que está a condicionar a negociação por todo o mercados, incluindo matérias-primas.

  • 1
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 desceu 1,78% para 5.107,86 pontos

Stoxx 600 deprecia 1,65% para 375,92 pontos

S&P 500 desvaloriza 1,15% para 2.846,21 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 2,6 pontos base para 1,113%

Euro aprecia 0,33% para 1,1229 dólares

Petróleo cai 0,55% para 69,98 dólares por barril, em Londres

 

Stoxx 600 com maior queda do ano

Após uma sessão de alívio, as bolsas europeias voltaram às quedas dado o nervosismo dos investidores face à disputa comercial entre os EUA e a China. O Stoxx 600, o índice que a agrega as 600 maiores cotadas europeias, desvalorizou 1,65% para os 375,92 pontos esta quinta-feira, 9 de maio, negociando em mínimos de 26 de março, ou seja, seis semanas. 

 

Esta foi a maior queda do Stoxx 600 em 2019. Todos os setores europeus deram um contributo negativo, fecharam em baixa com especial destaque para a banca, para o setor tecnológico e ainda para o setor automóvel com quedas acima de 2%. Este último tem sido mais volátil perante as novidades na frente comercial por causa da sua exposição à China.

 

"Os mercados europeus encerraram com perdas acentuadas", assinalam os analistas do BPI no comentário de fecho, referindo que "a incerteza que paira sobre as negociações entre a China e os EUA e as declarações inflamadas do Presidente Trump convenceram muitos investidores a diminuírem a sua exposição aos mercados acionistas".

 

Neste momento faltam poucas horas para entrar em vigor o aumento de tarifas anunciado por Donald Trump sobre bens chineses (previsto para as 00:01 de sexta-feira em Washington). Antes disso, o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, que está em Washington, fará os últimos esforços nas negociações para tentar fechar um acordo.

 

O pessimismo domina as bolsas, incluindo Wall Street, também porque o jornal Global Times, controlado pelo Estado chinês, noticiou que não é provável que haja um acordo que impeça o aumento das tarifas anunciado pelo presidente norte-americano, segundo a Bloomberg. Na quarta-feira, Donald Trump acusou a China de quebrar o acordo.  

O PSI-20 não escapou às quedas, desvalorizando 1,78% para os 5.107,86 pontos. O índice acumula oito sessões de quedas consecutivas, "perdendo" 3,64 mil milhões de euros em capitalização bolsista. 

 

Juros sobem após mínimos históricos

As taxas de juro implícitas na dívida nacional estão a registar subidas esta quinta-feira, depois de terem atingido mínimos históricos nas últimas sessões. A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos está a subir 2,6 pontos base para 1,113%. Ao mesmo tempo, a taxa da dívida alemã está a ceder 0,6 pontos para -0,05%.

 

Bitcoin sobe mais de 17,5% em nove dias

A bitcoin tem recuperado das quedas de 2018 e segue já com uma valorização de 60% este ano, a beneficiar do interesse demonstrado por várias instituições. Esta quinta-feira superou os 6.000 dólares pela primeira vez desde novembro, acumulando ganhos pela nona sessão consecutiva. Só neste período, esta criptomoeda está a apreciar mais de 17,5%. 

 

Petróleo regressa às perdas

A guerra comercial continua a penalizar a negociação do petróleo, com os investidores a recearem que a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo afete o crescimento económico e isso se reflita num menor consumo de crude. O barril do Brent, negociado em Londres e de referência para Portugal, está a perder 0,55% para 69,98 dólares.

 

Ouro usado como refúgio

O ouro está de volta aos ganhos, numa altura em que não se consegue antecipar o desfecho das negociações comerciais entre os EUA e a China. Perante a incerteza, os investidores tendem a escolher ativos considerados mais seguros, como é o caso do ouro. O metal precioso está a subir 0,4% para 1.286,02 dólares por onça.

Ver comentários
Saber mais fecho dos mercados bolsas matérias-primas euro juros
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio