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Fecho dos mercados: Bolsas europeias perdem quase 2% na semana. Dólar e petróleo voltam aos ganhos

Numa semana marcada pela subida dos juros da dívida norte-americana, as bolsas europeias sofreram uma queda de quase 2% no saldo semanal. Já a divisa norte-americana e o petróleo negoceiam em terreno positivo esta sexta-feira.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 desvalorizou 0,96% para 5.203,90 pontos
Stoxx 600 desceu 0,86% para 376,41 pontos
S&P 500 cede 0,75% para 2.879,60 pontos 
Yield 10 anos de Portugal avança 2,9 pontos base para 1,924%
Euro recua 0,03% para 1,1511 dólares
Petróleo sobe 0,45% para 84,96 dólares por barril

Bolsas europeias penalizadas pela subida dos juros da dívida dos EUA
Nas bolsas europeias, os títulos continuam a ser penalizados pela subida dos juros das obrigações norte-americanas, o que deixou os investidores a recear que as acções estejam sobrevalorizadas uma vez que o aumento dos custos de financiamento pode afectar os resultados das empresas. 

Numa altura em que continuam a existir dúvidas em relação à política orçamental de Itália, a bolsa de Milão é das que mais sofre. O índice que agrega as 600 principais cotadas europeias também negociou no vermelho, atingindo um mínimo de quase um mês. O Stoxx 600 perdeu 0,86% para os 376,41 pontos, acumulando uma desvalorização semanal de 1,77%. O PSI-20 registou uma perda semanal de quase 3% e atingiu um mínimo de um ano no dia de feriado nacional.

Praticamente todos os sectores deram um contributo negativo, excepto o dos media. Os sectores das matérias-primas, tecnologia, automóveis e energia foram os que mais pressionaram as praças europeias. 

Os dados económicos relativos à economia norte-americana continuam a dar sinais de robustez. Essa evolução reforça a perspectiva de novos aumentos dos juros por parte da Reserva Federal dos EUA, o que agravará os custos de financiamento das cotadas. Esta sexta-feira, dia 5 de Outubro, o Departamento do Trabalho norte-americano revelou que a taxa de desemprego baixou para 3,7% em Setembro, um mínimo de 1969. É preciso recuar 48 anos para encontrar um nível de desemprego tão baixo na economia norte-americana.


Juros italianos voltam a agravar-se. Yields das obrigações norte-americanas sobem
As preocupações à volta da situação italiana mantiveram-se activas nesta sessão. O Executivo transalpino revelou na quinta-feira ao final da noite um documento onde actualiza as projecções de crescimento económico e do déficeO Governo italiano estipulou metas para o défice mais baixas do que era expectável, a partir de 2020, o que poderá ser interpretado como uma cedência a Bruxelas. No entanto, estas previsões estão ancoradas numa aceleração da economia, o que vai contra as previsões da Comissão Europeia para Itália.

Num contexto em que os juros subiram um pouco por toda a Europa, os juros da dívida italiana a dez anos estão a subir 7,8 pontos base para os 3,406%, mantendo-se em máximos de quatro anos. Os juros da dívida alemã a dez anos avançaram 4,2 pontos base para os 0,573% e os da dívida portuguesa subiram 2,9 pontos base para os 1,942%. 

Os juros da dívida pública dos Estados Unidos continuam em alta no mercado secundário, com a "yield" correspondente aos títulos a 10 anos a escalar para os 3,23%, isto depois de ontem ter atingido o valor mais alto desde 2011.

Euribor sobe a 6 e 12 meses
A taxa Euribor subiu a seis e a doze meses, mantendo-se inalterada nos restantes prazos. A Euribor a seis meses subiu 0,001 pontos para os -0,267% e a doze meses avançou também 0,001 pontos para os -0,159%. Já a Euribor a três meses manteve-se nos -0,318% assim como a Euribor a nove meses que se fixou nos -0,208%. 

Dólar avança com bons resultados das empresas

A nota verde está a negociar em alta face às principais congéneres, depois das perdas de ontem, impulsionada sobretudo pela maioria dos resultados trimestrais acima do esperado por parte das empresas norte-americanas que já começaram a divulgar as suas contas.

Uma das moedas a ceder terreno face à divida norte-americana é o euro, que segue a perder 0,03% para 1,15 11 dólares.

 

Petróleo regressa aos ganhos com receios de menor oferta

As cotações do "ouro negro" regressaram às subidas, depois da pausa de ontem. E na origem deste impulso estão novamente os receios de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e outros grandes produtores não consigam compensar a queda de fornecimento por parte da Venezuela (que enfrenta perturbações na indústria petrolífera) e do Irão (devido às sanções dos EUA).

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) avança 0,87% para 74,98 dólares por barril, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, soma 0,45% para 84,96 dólares.

 

Amor pelo chocolate na Rússia impulsiona cotações do cacau

O crescente apetite dos russos por chocolate está a ajudar a impulsionar a procura global de cacau, sustentando os preços desta matéria-prima.

Com efeito, o mercado do cacau está a ganhar com este aumento da procura, depois de dois anos em que as fartas colheitas levaram a um excedente da oferta que manteve os preços desta matéria-prima agrícola sob pressão. Segundo um inquérito da Bloomberg junto de operadores, corretores, analistas e exportadores, o mercado do cacau deverá registar uma ligeira escassez de 50.000 toneladas na campanha agrícola que agora arrancou.

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