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Fecho dos mercados: Bolsas descem em dia cheio de resultados. Petróleo prolonga subidas

As bolsas europeias terminaram a desvalorizar no dia mais activo na apresentação de resultados dos últimos 20 anos. O petróleo prolonga os ganhos e os juros voltaram a aliviar.

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Os mercados em números

PSI-20 cedeu 0,36% para 5.250,84 pontos

Stoxx 600 desceu 0,11% para 382,32 pontos

S&P 500 valoriza 0,18% para 2.482,28 pontos

Juros da dívida a dez anos caíram 1,9 pontos base para 2,955%

Euro desce 0,64% para 1,1657 dólares

Brent sobe 0,53% para 51,24 dólares por barril


Bolsas de regresso às quedas em dia cheio de resultados

As bolsas do Velho Continente interromperam uma série de dois dias positivos, naquela que é a sessão mais activa na divulgação de resultados dos últimos vinte anos. O Stoxx 600 até começou o dia em alta, mas inverteu para terreno negativo, encerrando o dia a desvalorizar 0,11%. Em destaque pela negativa esteve a AstraZeneca. A empresa britânica chegou a afundar um máximo de 16,68%, a maior queda diária de sempre, depois de a empresa ter revelado que o seu medicamento Imfinzi – que faz parte de um grupo de fármacos que activa as defesas com o objectivo de ‘combater’ tumores – não provou ser mais eficaz do que a quimioterapia no combate ao cancro do pulmão em alguns pacientes, num ensaio clínico denominado "Mystic".

Entre as empresas que apresentaram resultados, houve boas e más notícias. Na banca, o Deutsche Bank caiu mais de 3%, depois de ter avisado que as receitas vão contrair este ano. já a Anglo American e a Schneider Electric dispararam mais de 3% e 4%, respectivamente. Enquanto a mineira anunciou que vai pagar o seu primeiro dividendo desde 2015, a Schneider aumentou as previsões de vendas para o acumulado do ano.

Além dos resultados, os investidores estiveram ainda a assimilar as conclusões da última reunião da Reserva Federal dos EUA. O banco central norte-americano manteve as taxas de juro inalteradas, mas adiantou que "o Comité espera começar a implementar o programa de normalização do seu balanço [num período] relativamente breve, desde que a economia evolua em linha com o antecipado".

Em Lisboa, o dia também foi marcado pela divulgação de resultados, com várias cotadas a apresentarem as contas do semestre. O índice PSI-20 caiu 0,36%, naquela que foi a sua segunda sessão de quedas. A determinar a queda da bolsa lisboeta esteve sobretudo a Jerónimo Martins. A retalhista tombou 4,32% para 16,62 euros, o valor mais baixo desde Maio, depois de ter divulgado um aumento dos lucros no primeiro semestre que ficou aquém das estimativas dos analistas. Os lucros subiram 0,6% para 173 milhões de euros, quando o mercado previa um resultado líquido na casa dos 180 milhões.

Juros corrigem na Europa

A taxa de juro exigida pelos investidores para deter dívida europeia esteve a descer esta quinta-feira. A taxa implícita das obrigações de Portugal a dez anos recuou 1,9 pontos base para 2,955%, com a "yield" do país a acompanhar a queda generalizada nos países do euro, ainda que tenha descido menos que os juros de outros países da região.

As "yields" de Itália e Espanha recuaram entre três e quatro pontos base, enquanto as "bunds" aliviaram 2,5 pontos base, para 0,536%, com os juros a corrigirem pela segunda sessão, numa semana que fica marcada pelo regresso da Grécia às emissões. O prémio de risco de Portugal face à Alemanha aumentou para 242,32 pontos.

 

Euribor desce a três meses

A Euribor a três meses voltou às descidas. Caiu 0,1 pontos base para -0,33%. Já a taxa a seis meses voltou a ser fixada em -0,272%. Também a Euribor a 12 meses não sofreu alterações, mantendo-se em -0,153%.

 

Franco suíço em mínimos de Janeiro de 2015

O franco suíço atingiu o valor mais baixo face ao euro desde que o banco central do país deixou cair a indexação da moeda ao euro, em Janeiro de 2015. A moeda helvética desce esta quinta-feira 0,69% para 0,89 euros (cada euro vale 1,12356 francos suíços) e perde cerca de 4,7% desde o início do ano, um dos piores desempenhos entre as moedas do G-10.

Entre as explicações para a debilidade do franco suíço estão a maior propensão ao risco dos investidores, que os afasta de moedas com características de refúgio, e a expectativa de que o banco central suíço continue com uma política monetária expansionista.

 

Petróleo sobe após queda nas reservas nos EUA

Os preços do petróleo continuam a recuperar e estão perto de máximos de oito semanas. O Brent avança 0,53% para 51,24 dólares e o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,41% para 48,95 dólares. A valorização ocorre na sessão em que foram divulgados os dados semanas das reservas petrolíferas nos EUA.

Na semana passada, o "stock" desceu para 483,4 milhões de barris, segundo dados da Administração de Informação de Energia, citados pela Bloomberg. É o valor mais baixo desde Dezembro e deu confiança aos investidores que o mercado está a caminhar para o reequilíbrio entre a oferta e a procura.

 

Açúcar ganha mais de 2%

O preço do açúcar avança 2,32% para 14,56 cêntimos de dólar por libra peso. Segundo analistas citados pela Bloomberg e pela Reuters, a subida é justificada por uma decisão judicial no Brasil, um dos maiores produtores do mundo, que dá luz verde a uma subida dos impostos sobre combustível. Isso poderá levar a uma maior procura por etanol, incentivando que uma maior fatia da produção de cana de açúcar seja direccionada para o biocombustível. 

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