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Fecho dos mercados: Bolsas brilham à custa de acordo EUA-China e Stoxx600 estabelece novo máximo de sempre

As principais praças europeias voltaram a subir ainda animadas pelo acordo comercial parcial assinado na quarta-feira pelos Estados Unidos e pela China, com o Stoxx600 a atingir mesmo um novo máximo de sempre.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 avançou 0,02%, para 5.307,98 pontos

Stoxx 600 valorizou 0,96%, para 424,56 pontos

S&P 500 soma 0,28% para 3.325,93 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,5 pontos base para 0,489%

Euro cede 0,43% para 1,1089 dólares

Petróleo ganha 0,26% para 64,79 dólares por barril em Londres

 

Stoxx600 estabelece novo máximo histórico

As bolsas europeias voltaram a negociar em forte alta na última sessão de uma semana em que o acordo comercial parcial EUA-China garantiu maior otimismo aos investidores ao reduzir a apreensão nos mercados quanto à possibilidade de as duas maiores economias do mundo escalarem a disputa comercial iniciada no verão de 2018.

 

O índice de referência Stoxx600 estabeleceu mesmo um novo máximo histórico (424,90 pontos) numa sessão em que ganhou 0,96% para 424,56 pontos. As subidas dos setores das matérias-primas e alimentar foram as que mais apoiaram a o Stoxx600.

Destaque ainda para o espanhol Ibex e para o gaulês CAC40 que garantiram subidas ligeiramente superiores a 1%.

 

Já o lisboeta PSI-20, apesar de não ter ido além de uma ténue valorização de 0,02% para 5.307,98 pontos, estabeleceu um novo máximo de 3 de maio de 2019, acumulando ainda a sétima sessão consecutiva de ganhos, o mais longo ciclo de subidas desde abril do ano passado. As subidas que levaram para máximos a EDP (maio de 2008) e a EDP Renováveis (novo máximo de sempre) contribuíram decisivamente para esta pequena subida da bolsa nacional.

 

Juros de Portugal recuam de máximo de julho de 2019

Os juros das dívidas públicas dos países periféricos da Zona Euro recuam esta sexta-feira. No caso português e depois de ontem ter negociado em máximos de julho do ano passado, a "yield" associada aos títulos soberanos lusos a 10 anos recua 1,5 pontos base para 0,489%.

 

Já a taxa de juro correspondente às obrigações de dívida espanhola com a mesma maturidade cai 0,4 pontos base para 0,457%. Tal como na véspera, a taxa de juro exigida pelos investidores para comprarem dívida pública portuguesa a 10 anos no mercado secundário é superior à requerida para adquirirem títulos espanhóis com o mesmo prazo.

A taxa genérica da dívida espanhola a 10 anos (outubro de 2029) é assim nesta altura ligeiramente inferior à portuguesa (2030).

 

Dólar valoriza com apetite pelo risco

A "nota verde" segue a ganhar terreno, pela segunda sessão consecutiva, numa altura em que o apetite pelo risco melhora junto dos investidores. Depois do acordo comercial de fase um entre Washington e Pequim, os bons dados económicos da China também ajudaram a um regresso aos ativos de risco, como os mercados acionistas e o dólar. Também os avanços no acordo de comércio livre entre os EUA, o México e o Canadá estão a contribuir para o otimismo.

O índice da Bloomberg para o dólar avança 0,1% na sessão desta sexta-feira, com a divisa norte-americana a subir face a todos os seus pares do G10 – excetuando o iene. Face à moeda única europeia, é pois também essa a tendência, com o euro a ceder 0,43% para 1,1089 dólares.

 

Petróleo reduz perda semanal

As cotações do "ouro negro" seguem a subir ligeiramente nos principais mercados internacionais, ainda a capitalizar o acordo comercial parcial entre os Estados Unidos e a China, conseguindo assim reduzir a perda semanal que decorreu do relatório da Agência Internacional de Energia que sublinhava que os mercados mundiais contam com uma "base sólida" de reservas desta matéria-prima.

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em fevereiro segue a subir 0,05% para 58,55 dólares por barril. Também o Brent do Mar do Norte – que é negociado em Londres e serve de referência às importações portuguesas – segue no verde, com os preços do contrato para entrega em março a valorizarem 0,26% para 64,79 dólares.

 

Paládio dispara 9,3%. Não ganhava tanto numa sessão desde 2008

O paládio superou hoje os 2.500 dólares por onça e disparou 8%, naquela que foi a maior valorização intradiária desde 2008. A animar os preços está a fraca oferta perante uma procura robusta – que não dá sinais de querer abrandar.

As perturbações na oferta sul-africana têm estado entre os maiores gatilhos da subida dos preços. A África do Sul, que é a maior produtora de platina e a segunda maior fornecedora de paládio, tem-se confrontado com problemas no seu sistema de eletricidade. As empresas mineiras sul-africanas chegaram a suspender as suas operações em resposta aos cortes de eletricidade no país, em dezembro, quando chegaram a registar-se seis dias consecutivos de apagões – com a "utility" estatal Eskom Holdings SOC a debater-se com falhas nas centrais e fortes chuvadas que ensoparam o carvão usado como combustível.

O metal precioso disparou 9,3% para 2.528,51 dólares por onça no mercado a pronto em Londres, a registar a sua melhor semana desde 2001.

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