Notícia
Matérias-primas dão gás aos índices europeus. Arábia Saudita sustenta ganhos do petróleo
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Matérias-primas dão gás aos índices europeus. Stoxx 600 em máximos de três meses
Os setores das "commodities" alavancaram esta terça-feira as principais bolsas europeias. O índice Stoxx 600 - que agrega as principais empresas do Velho Continente - encerrou a sessão de negociação a avançar 0,77%, batendo máximos de três meses, depois de cinco semanas de ganhos.
A BP liderou as subidas, depois de o Citigroup ter alterado a recomendação para as ações da empresa para "comprar". Já a Vodafone foi das que mais deslizou, após uma nota de "research" do Credit Suisse ter reduzido a aposta para a cotada.
Ambas as empresas seguiram o sentido dos respetivos setores, com as energéticas a avançarem 4,71& e as telecom a cairem 0,13%. Com ganhos generosos terminaram ainda a banca, os recursos básicos e o turismo. No vermelho ficaram apenas, para além das empresas de telecomunicações, o imobiliário e os serviços financeiros.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,4%, o francês CAC-40 valorizou 0,35%, o italiano FTSEMIB avançou 1,07%, o britânico FTSE 100 subiu 1,04% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,68%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,84%. O português PSI acompanhou a tendência, encerrando a sessão a valorizar 1,4%.
Petróleo recupera com notícia de que OPEP+ não está a ponderar aumento da oferta
Os preços do "ouro negro" estão hoje a recuperar, depois de ontem terem chegado a afundar mais de 5% devido à informação e que a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) estariam a ponderar um aumento da produção, isto numa altura em que a China mantém muitas restrições devido à covid e penaliza dessa forma as perspetivas para a procura.
A informação foi depois desmentida por Riade, o que levou a que as cotações eclipsassem quase todas as perdas, estando hoje a negociar no verde.
Em Londres, o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ganhar 1,93% para 89,14 dólares por barril.
Já o contrato de dezembro West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,86% para 81,53 dólares por barril.
O The Wall Street Journal avançou que a OPEP e os seus aliados (o chamado grupo OPEP+) estariam a debater um aumento da produção de janeiro em 500.000 barris por dia, já tendo em vista o embargo da União Europeia à importação de petróleo russo a partir de 5 de dezembro, mas a informação foi depois negada.
Bunds contrariam tendência de alívio nos juros da dívida da Zona Euro
Os juros da dívida dos países da Zona Euro seguem esta tarde um movimento de alívio, com a taxa portuguesa a dez anos a aliviar 1,2 pontos base para 2,903%.
Em Itália, a "yield" cede 1,0 ponto base para 3,911%, enquanto que os juros da dívida espanhola caem 0,2 pontos base para 2,978%.
Em França, pelas 15:49, as taxas mantinham-se inalteradas, nos 2,459%.
Já na Alemanha, as "bunds" agrava, 0,5 pontos percentuais, para 1,990%, num dia em que a agência financeira do país voltou a colocar dívida no mercado.
Fed pressiona dólar e dá força a euro e ouro
O dólar cai, perante os mais recentes comentários de alguns membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) e um dia antes de serem divulgadas as atas da última reunião de política monetária do banco central.
O índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra dez divisas rivais - cai 0,47% para 107,333 pontos. Diante da fraqueza do dólar, também o euro ganha força, avançando 0,38%, para 1,0281 dólares.
A presidente da Reserva Federal de Cleveland, Loretta Mester, demonstrou disponibilidade para abrandar o ritmo da subida das taxas de juro diretoras.
Já a presidente da Fed de São Francisco, Mary Daly alertou para a necessidade de os membros da Fed estarem atentos aos desfasamentos na transmissão das mudanças da política monetária, segundo a Bloomberg.
A queda da nota verde deu força às matérias-primas denominadas em dólares, como é o caso do ouro, já que favorece quem negoceia com outras moedas. O metal amarelo soma 0,34% para 1.744 dólares a onça.
Wall Street arranca mista. Zoom cai mais de 8%
Wall Street arrancou a sessão de forma mista, com os investidores de olhos postos nas mais recentes declarações de alguns membros da Reserva Federal norte-americana (Fed).
O industrial Dow Jones soma 0,60% para 33.903,03 pontos, enquanto o S&P 500 sobe 0,31% para 3.962,35 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desliza 0,32% para 10.989,26 pontos.
A presidente Reserva Federal de Cleveland, Loretta Mester, demonstrou disponibilidade para abrandar o ritmo da subida das taxas de juro diretoras.
Já a presidente da Fed de São Francisco, Mary Daly alertou para a necessidade de os membros da Fed estarem atentos aos desfasamentos na transmissão das mudanças da política monetária, segundo a Bloomberg.
Esta quarta-feira, a Fed publica as atas da última reunião de política monetária em novembro.
Os investidores continuam ainda atentos aos novos desenvolvimentos sobre a nova onda de casos de covid-19 na China.
Entre os principais movimentos de mercado, a Zoom cai 8,76%, depois de a empresa ter cortado nas previsões para este ano.
Por sua vez, a GameStop desliza 1,19%, após a Bloomberg dar conta que o investidor multimilionário Carl Icahn assumiu uma posição a descoberto de peso no capital da empresa de "gaming".
Euribor sobem e a três meses para um novo máximo de mais de 13 anos
As taxas Euribor subiram hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira, no prazo mais curto para um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, para 2,338%, mais 0,011 pontos, contra o máximo desde janeiro de 2009, de 2,342%, verificado em 18 de novembro.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em setembro para 1,997% em outubro.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, também subiu hoje, ao ser fixada em 1,863%, mais 0,046 pontos, um novo máximo desde fevereiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,011% em setembro para 1,428% em outubro.
No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a Euribor avançou hoje, ao ser fixada em 2,847%, mais 0,012 pontos do que na segunda-feira, contra 2,874% em 09 de novembro, um novo máximo desde janeiro de 2009.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,233% em setembro para 2,629% em outubro.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro. Em 27 de outubro, com o objetivo de travar a inflação, o BCE subiu as três taxas de juro diretoras em 75 pontos base, o terceiro aumento consecutivo deste ano, depois de em 21 de julho ter subido em 50 pontos base as três taxas de juro diretoras, a primeira subida em 11 anos, e em 08 de setembro em 75 pontos base.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro diretoras do BCE.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa recupera de queda e veste-se de verde
As principais praças europeias estão a negociar maioritariamente no verde, com exceção do alemão Dax, recuperando, assim, das perdas vividas esta segunda-feira.
O Stoxx 600 - referência para a região - soma 0,16% para os 433,77 pontos, com o setor do petróleo e gás a impulsionar a negociação. Após uma queda de 2,78% esta segunda-feira, este setor ganha 3,02%. Ainda entre as maiores valorizações está o setor mineiro, que sobe 1,4%.
"[A existência de] membros do BCE e da Fed menos 'hawkish' é certamente um apoio para os mercados, mas o aperto [da política monetária] ainda não acabou e alguma desilusão pode ainda acontecer", disse analista Esty Dwek, do Flowbank, à Bloomberg.
A recente recuperação nas ações europeias "provavelmente não vai durar, dado que o crescimento [económico] vai desacelerar rapidamente nos últimos meses", completou.
Nos restantes índices europeus, o alemão Dax cede 0,13%, o francês CAC-40 sobe 0,03%, o italiano FTSE MIB avança 0,38%, o britânico FTSE 100 ganha 0,59% e o AEX, em Amesterdão, valoriza 0,05%. O espanhol IBEX é o que mais sobe e pula 0,8%.
Juros da Zona Euro avançam ligeiramente
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a agravar-se, com os investidores a aguardarem discursos de membros do Banco Central Europeu ao longo desta terça-feira, com o objetivo de compreender o caminho a seguir pela autoridade monetária.
A "yield" das Bunds alemãs - referência para a Europa, bem como os juros da dívida francesa somam 3,1 pontos base para 2,016% e 2,49%, respetivamente.
Já os juros da dívida espanhola sobem 3,7 pontos base para 3,017%, enquanto a "yield" da dívida portuguesa agrava-se 2,6 pontos base para 2,941%. Em Itália, os juros da dívida pública aumentam 4,2 pontos base para 3,964%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica somam 3,4 pontos base para 3,208%.
Ouro soma e dólar perde pelo primero dia em três sessões
O ouro está a negociar com ganhos, numa altura em que o dólar desvaloriza pela primeira vez em três dias e vai dando, por isso, força à negociação deste metal.
O ouro sobe 0,25% para 1.742,21 dólares por onça.
O dólar perde 0,17% para 0,9745 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana contra dez divisas rivais - desce também 0,17% para 107,656 pontos.
A pesar na negociação da nota verde estão comentários de dois membros da Fed, a presidente de São Francisco, Mary Daly, e Loretta Mester, de Cleveland, que explicaram que os decisores devem ser criteriosos na aplicação de política monetária.
Os olhos dos investidores estão na divulgação, esta quarta-feira, das minutas da reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, realizada em novembro.
Petróleo anula perdas de ontem. Gás valoriza pelo terceiro dia
O petróleo estabilizou e está a valorizar esta terça-feira depois de ontem ter perdido mais de 5%, após o Wall Street Journal ter anunciado que a Arábia Saudita e outros membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estão a ponderar um aumento da produção.
Entretanto, a Arábia Saudita reagiu, negando a existência de tal proposta e acrescentou que segue pronta caso sejam necessários novos cortes na produção. "O atual corte de dois milhões de barris por dia permanece até ao final de 2023", disse o ministro da energia, Abdulaziz bin Salman, em comunicado.
Em Londres, o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, soma 0,38% para 87,78 dólares por barril. Já o contrato de dezembro West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 0,17% para 80,18 dólares por barril.
As perdas registadas ontem acabaram por ser anuladas ao final do dia com a declaração do ministro saudita.
No mercado do gás, os futuros estão a valorizar pelo terceiro dia consecutivo, numa altura em que aumentam as temperaturas mais frias um pouco por toda a Europa e se vai testando a preparação europeia para o inverno em plena crise energética.
A corrida europeia para repor o gás que deixou de ser importado da Rússia, significa que "se pode ser bastante mais positivo" sobre este inverno, explicou Greg Jackson, analista da Octopus Energy, acrescentando que o que não sabemos é se "o resto do inverno se aguenta".
Os preços do gás negociado em Amesterdão - referência para a Europa - sobem 2,5% para 119 euros por megawatt-hora.
Fraqueza do iene ajuda praças asiáticas. Europa com mira em ganhos ligeiros
Os principais índices europeus estão a apontar para uma negociação em terreno positivo, embora com ganhos ligeiros, após um início de semana negativo. Os futuros sobre o Euro Stoxx 600 sobem 0,2%.
Os investidores estão de olhos postos na situação relativa à Covid-19 na China depois de esta segunda-feira terem sido registadas mortes pela doença, bem como um aumento do número de casos que voltaram a níveis de abril.
Na Ásia, a negociação foi maioritariamente positiva, com a desvalorização do iene a dar força às exportadoras japoneses e a compensar as perdas das tecnológicas chinesas.
Em Hong Kong as quedas voltaram a ser sentidas, numa altura em que perspetivas de aumento de casos na China continental levantam dúvidas quanto ao abrandamento da política de Covid-19.
"Como temos visto nas questões relativas à Covid na China, isso vai ser uma espécie de pára-arranca do fluxo de notícias em termos de confinamentos e muito mais e isso vai trazer mais volatilidade ao mercado", explicou a analista Lorraine Tan da Morningstar, em declarações à Bloomberg.
Pela China, o tecnológico Hang Seng cedeu 0,1%, enquanto Xangai subiu 0,6%. Pelo Japão, o Nikkei valorizou 0,7%, enquanto o Topix pulou 1,2%. Pela Coreia do Sul, o Kospi registou uma descida muito ligeira: 0,1%.