Notícia
Europa fecha no vermelho. Petróleo recupera com corte de produção da Rússia
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta sexta-feira.
Europa fecha semana no vermelho
As bolsas europeias fecharam no vermelho, com o mercado de olho nos resultados das empresas e na possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) manter uma política monetária mais restritiva por mais tempo.
O vice-presidente do BCE, numa entrevista ao diário alemão Süddeutsche Zeitung, disse que as taxas de juro do banco central, que subiram 0,5 pontos percentuais na semana passada, podem continuar neste ritmo de aumento na próxima reunião.
O índice Stoxx 600, referência para a região, desvalorizou 0,98% para os 457,76 pontos, com os setores mineiro, do retalho e das viagens a liderarem perdas.
Do lado negativo, a Adidas caiu para mínimos de março de 2020 durante o dia, depois de ter dito que o prejuízo operacional da empresa pode atingir 700 milhões de euros em 2023, após a disputa com o rapper e antigo parceiro de negócios Ye.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax perdeu 1,38%, o francês CAC-40 desvalorizou 0,82% e o espanhol Ibex recuou 1,37%. Por sua vez, o Aex, em Amesterdão, cedeu 0,64%, enquanto o italiano FTSE Mib perdeu 0,85%. Já o britânico FTSE 100 caiu 0,38%.
Dólar avança face ao euro
O indicador de força do dólar ganha tração e o euro recua contra a sua principal contraparte, a nota verde.
Este movimentos ocorrem depois de uma semana marcada pelas declarações de vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed), no sentido de uma política monetária "hawkish".
Além disso, os investidores preparam-se para a divulgação dos números da inflação nos EUA em janeiro na próxima terça-feira.
Assim, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – avança 0,38% para 103,616 pontos.
Por sua vez, o euro perde 0,63% para 1,0671 dólares.
"Yield" das Bunds alemãs a dois anos em máximos de 2008
Os juros agravaram-se na Zona Euro, à medida que os investidores apostam na manutenção da política monetária restritiva do Banco Central Europeu (BCE).
No Reino Unido, o agravamento das "yields" surge após os números do crescimento do PIB darem conta de que a economia britânica escapou por pouco à recessão o ano passado.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agravou-se em 6,7 pontos base para 2,360%. Na maturidade a dois anos aumentou 7,2 pontos base para 2,744%, alcançando máximos de 2008.
Em Itália, os juros da dívida a dez anos somaram 9,1 pontos base – a subida mais expressiva entre as principais dívidas da região – para 4,203%.
Já a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos cresceu 7,7 pontos base para 3,207%, enquanto os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade subiram 8,3 pontos base para 3,306%.
Fora da Zona Euro, no Reino Unido, a "yield" da dívida a dez anos agravou-se em 10,7 pontos base para 3,393%.
Ouro sobe, mas pouco. Ronda mínimos de um mês
O ouro segue a avançar ligeiramente (0,06%) para 1.862,90 dólares por onça, ainda que esteja a rondar mínimos de um mês, à medida que a diminuição do apetite pelo risco - sobretudo no que diz respeito ao mercado acionista - conduz os investidores para o dólar enquanto ativo-refúgio.
A subida do dólar tende a penalizar as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do metal amarelo, já que torna o investimento menos atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Os investidores continuam à procura de pistas sobre o futuro da política monetária nos EUA, depois de esta semana vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) terem reiterado a necessidade de continuar a subir as taxas de juro diretoras.
Corte de produção da Rússia anima preços do petróleo
Os preços do "ouro negro" seguem a negociar em alta, sustentados pelo anúncio da Rússia de que vai cortar a sua produção de petróleo em 500.000 barris por dia em março.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 1,74% para 79,42 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, valoriza 1,93% para 86,13 dólares.
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Wall Street arranca no vermelho. Lyft afunda 34%
Wall Street arrancou a sessão no terreno negativo, enquanto no mercado de dívida norte-americano se assiste à continuação do "sell-off" (venda generalizada), numa altura em que os investidores miram a possibilidade de os bancos centrais poderem adotar uma política monetária (ainda) mais restritiva.
O industrial Dow Jones negoceia na linha de água (0,02%) para 33.708,25 pontos, enquanto o S&P 500 deslizou 0,14% para 4.075,67 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,45% para 11.736,02 pontos.
As ações de crescimento, em especial as tecnológicas - mais sensíveis às alterações de política monetária – negoceiam em terreno negativo. Tesla cai 1,38%, Amazon perde 0,26%, Meta desvaloriza 0,67% e Apple derrapa 0,30%.
Os investidores acompanham ainda de perto o desempenho das ações da Lyft, as quais afundam 34,09%, depois de o "outlook" da empresa ter ficado aquém das expectativas dos analistas.
No mercado de dívida, os juros das obrigações norte-americanas continuam a agravar, seguindo a tendência de quinta-feira. Ontem, a "yield" da dívida a dois anos superou os juros das "treasuries" (obrigações) a dez anos como não era visto desde 1980, sinalizando a possibilidade de uma recessão.
Os investidores mantém-se assim atentos às pistas que possam ser captadas das intervenções de vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) e aos dados macroeconómicos.
Euribor sobe a 3 meses para novo máximo desde janeiro de 2009 e cai a 6 e 12 meses
A taxa Euribor subiu esta sexta-feira três meses para um novo máximo desde janeiro de 2009 e desceu a seis e a 12 meses face a quinta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje, ao ser fixada em 3,465%, menos 0,021 pontos, depois de ter subido na quinta-feira para 3,486%, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também recuou esta sexta-feira, para 3,080%, menos 0,023 pontos, depois de ter subido na quinta-feira para 3,103%, também um novo máximo desde dezembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,621%, mais 0,014 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa abre mista com perspetivas de continuação de subidas dos juros
As bolsas europeias abriram mistas, numa altura em que os investidores analisam uma série de resultados de empresas e que a possibilidade de que os bancos centrais se mantenham mais "hawkish" - optando pela continuação das subidas das taxas de juro - ganha força.
O Stoxx 600 - referência para região - cede 0,44% para os 460,28 pontos, com os setores do retalho e o das viagens a serem os que mais caem (-2,01% e -1,05%). Já o setor do petróleo & gás é o que mais valoriza: 1,95%.
A L'Oreal valorizou após apresentar resultados do quatro trimestre de 2022 e de as contas para o ano terem ficado acima das expectativas dos analistas.
Contudo, a Adidas caiu mais de 9% na sessão de ontem após ter revelado que arrisca perder até 700 milhões de euros este ano se não conseguir vender o resto do "stock" de sapatilhas da linha Yeezy, resultante da parceira entre a marca e o "rapper" Kanye West, alertou esta quinta-feira a empresa no âmbito dos resultados preliminares de 2022.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax perde 0,49%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,21%, o espanhol Ibex recua 0,53% e o Aex, em Amesterdão, cede 0,27%. Já o britânico FTSE 100 valoriza 0,02% e o italiano FTSE Mib soma 0,13%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a agravar-se esta sexta-feira, estando as principais bolsas europeias a negociar no vermelho, o que sinaliza um menor apetite dos investidores pelo risco.
A "yield" das Bunds alemãs sobem 7,3 pontos base para 2,366%, enquanto os juros da dívida italiana somam 10,9 pontos base para 4,221%,
Os juros da dívida pública francesa avançam 8 pontos base para 2,832%, a "yield" da dívida espanhola cresce 9 pontos base para 2,214% e os juros da dívida portuguesa agravam-se 8,2 pontos base para 3,213%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica escalam 9,7 pontos base para 3,384%.
Euro na linha d'água face ao dólar
O euro negoceia na linha d'água face à divisa norte-americana, estando a subir 0,02% para os 1.0742 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua 0,19% para 103,023 pontos, tendo acentuado as perdas após a indicação de que o académico Kazuo Ueda deverá ser o próximo governador do Banco do Japão, substituindo Haruhiko Kuroda. A notícia foi avançado pelo meio nipónico Nikkei, estando o anúncio oficial marcado para terça-feira.
Segundo os analistas ouvidos pela Bloomberg, a reação inicial dos mercados dá a entender que Ueda é visto pelos investidores como alguém mais duro, tendo os analistas acautelado que é prematuro tirar conclusões.
Notícias vindas do Japão dão força ao ouro
O ouro segue a valorizar, impulsionado pelas notícias que dão conta de que Kazuo Ueda será o próximo governador do Banco Central do país. A notícia, avançada pelo meio de comunicação japonês Nikkei, foi vista pelos investidores como uma escolha mais "hawkish", tendo colocado o dólar a cair e o metal precioso a caminho de um pequeno ganho semanal.
O ouro valoriza 0,35% para 1.868,26 dólares por onça, enquanto a platina sobe 0,32% para 961,61 dólares e o paládio recua 0,97% para 1.617,41 dólares. A prata, por sua vez, soma 1,05% para 22,21 dólares.
As notícias vindas do Japão travaram algumas das perdas do ouro registadas na sequência da divulgação dos dados do mercado de trabalho norte-americano da passada semana, que mostram que este se mantém robusto, numa altura em que os investidores neste ativo tentam antecipar quais os próximos passos da Fed.
Petróleo desce mas caminha para ganho semanal. Preços do gás sobem
Os preços do petróleo seguem a cair, mas, ainda assim, o crude caminha para fechar a semana com ganhos, depois de nos primeiros três dias ter subido cerca de 7%.
Apesar das preocupações quanto a um abrandamento da economia, as previsões de que a procura por parte da China, maior importador de petróleo no mundo, será robusta tiveram mais peso na negociação da matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,47% para 77,69 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,37% para 84,19 dólares por barril.
Gui Chenxi, analista na CITIC Futures, afirmou, em declarações à Bloomberg, que "o mercado está a assistir a uma recuperação da procura, com a mobilidade na China, nos EUA e na Europa a mostrarem melhorias", e que os preços subirão mais se as preocupações quanto a uma possível recessão abrandarem.
No mercado do gás, os preços seguem a subir esta sexta-feira. Contudo, a semana deverá fechar com perdas, numa altura em que as previsões de temperaturas mais amenas limitam a necessidade da procura pela matéria-prima e que uma das maiores estações de gás natural liquefeito (LNG) nos Estados Unidos prepara-se para retomar o envio de gás.
Os futuros do gás negociado em Amesterdão (TTF) sobem 2,2% para 53,90 euros por megawatt-hora.
Europa aponta para arranque com perdas. Ásia no vermelho
As bolsas europeias apontam para um arranque com perdas, numa altura em que os investidores digerem os mais recentes apelos de diferentes membros da Reserva Federal norte-americana (Fed) para a continuação da subida das taxas de juro.
Os futuros do Euro Stoxx 50 cedem 0,6%, um dia após terem fechado em alta, com os investidores animados pela "earnings season".
Na Ásia, a sessão fechou mista, com o índice MSCI Asia Pacific a cair perto de 1%. As ações chinesas encerraram no vermelho, pressionadas sobretudo pelas tecnológicas, enquanto na Coreia do Sul e no Japão o dia fechou em terreno positivo.
Na China, Xangai recuou 0,30%, enquanto, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,81%, com algumas das maiores quedas a serem lideradas pelo setor da tecnologia. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 3,11%. No Japão, o Topix somou 0,09% e o Nikkei avançou 0,31%.