Notícia
Contas dão ao Stoxx 600 maior ganho diário desde janeiro. Petróleo recupera
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta terça-feira.
Contas dão ao Stoxx 600 o maior aumento desde janeiro
As bolsas europeias fecharam em alta, com o índice de referência Stoxx 600 a registar o seu maior aumento diário desde janeiro, com os resultados sólidos de algumas cotadas de peso a ajudar.
O Stoxx 600 avançou 1,11% para 507,89 pontos, a maior valorização diária desde 26 de Janeiro. O índice europeu de referência esteve a ser impulsionado sobretudo pelos títulos da tecnologia e do retalho, que avançaram 2,55% e 2,15%, respetivamente.
Entre os destaques do dia, a tecnológica SAP ganhou terreno depois de ter divulgado as suas contas do primeiro trimestre, que demonstraram que o aumento da procura por soluções de inteligência artificial resultou num aumento das suas vendas.
Também a farmacêutica Novartis fechou no verde, depois de ter revisto em alta as suas projeções para o ano.
O setor da banca também se destacou pela positiva, tendo subido 1,71%, antes da divulgação dos resultados do primeiro trimestre do Barclays, BNP Paribas e Deutsche Bank, que vão ser publicados ainda esta semana.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax avançou 1,55%, o francês CAC-40 valorizou 0,81% e o britânico FTSE 100 subiu 0,26%. Já o espanhol IBEX 35 somou 1,7%, o italiano FTSEMIB pulou 1,89% e, em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,96%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, o que sinaliza uma menor aposta dos investidores em obrigações, no mesmo dia em que o número dois do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, confirmou o corte de juros previsto para junho, mas disse que prefere ser "muito prudente" antes de falar em mais descidas daí para a frente.
Além dos riscos geopolíticos e da pressão salarial, o abrandamento da desinflação nos Estados Unidos são os fatores que mais pressionam o BCE nas decisões de política monetária, afirmou.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, subiram 0,9 pontos base, para 3,117%, enquanto em Espanha a "yield" se agravou em 1,6 pontos, para 3,271%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, avançaram 1,7 pontos base, para 2,500%.
A rendibilidade da dívida francesa somou 1,6 pontos base para os 2,997%, enquanto a da dívida italiana aumentou 0,4 pontos, até aos 3,842%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, subiram 3,6 pontos base para 4,240%.
Petróleo sobe com renovada expectativa em torno dos juros da Fed
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, numa sessão de sobe-e-desce. Os preços começaram por ser animados pelos dados económicos robustos na Europa, tendo depois invertido para a baixa devido a alguma cautela dos investidores.
No entanto, a tendência regressou às subidas, com o abrandamento da atividade industrial nos EUA – cujo índice atingiu mínimos de quatro meses em março, nos 49,9 pontos – a renovar a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana corte os juros diretores este ano. Tipicamente, os custos de financiamento mais baixos estimulam a economia e, consequentemente a procura por crude.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,01% para 82,73 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,92% para 87,80 dólares.
Euro ganha terreno face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, com a moeda da Zona Euro a beneficiar de novos dados económicos na região.
A atividade empresarial na Zona Euro aumentou em abril pelo segundo mês consecutivo, tendo, aliás, crescido ao ritmo mais rápido em quase um ano.
A moeda da Zona Euro sobe 0,45% para 1,0703 dólares.
Além da queda frente ao euro, o dólar cede também 0,05% frente ao iene, com os investidores atentos a uma possível intervenção no mercado cambial por parte das autoridades japonesas. A divisa nipónica está hoje a negociar em mínimos de 34 anos frente à nota verde e de 16 anos perante o euro.
Ouro continua a desvalorizar com alívio das tensões no Médio Oriente
Os preços do ouro continuam a desvalorizar, à medida que os investidores começam a procurar menos o ativo-refúgio, devido ao aliviar de tensões no Médio Oriente. Nesta terça-feira, os preços do metal amarelo registaram mínimos de duas semanas.
O ouro desvaloriza 0,07% para 2.325,75 dólares por onça, depois de ter registado, na segunda-feira, uma queda de 2,70% - o maior recuo diário desde junho de 2022.
Os investidores concentram-se agora nos sinais que vêm dos EUA em relação aos juros. As declarações de membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana antecipam um adiamento do alívio da política monetária, com o mercado a prever o primeiro corte para setembro, em vez de junho.
Além disso, os investidores esperam agora por novos dados do PIB norte-americano, na quinta-feira, e da inflação, medida através do PCE (despesas do consumo privado) - o indicador preferido da Fed para medir a subida dos preços -, na sexta-feira.
Noutros metais, o paládio valoriza 1,18% para 1.024,34 dólares e a platina recua 0,90% para 914,12 dólares.
Wall Street avança com contas trimestrais a centrar atenções
As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo, numa altura em que o principal foco está nas contas trimestrais de algumas das maiores empresas na região.
O S&P 500, índice de referência para a região, soma 0,47% para 5.034,15 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,93% para 15.594,66 pontos e o industrial Dow Jones cresce 0,42% para 38.401,24 pontos.
Entre as principais movimentações, a United Parcel Service valoriza 2,53% para 149,04 dólares, após ter apresentado lucros acima do esperado pelos analistas, e a Tesla sobe 1,33% para 143,94 dólares, com os investidores à espera das contas relativas ao primeiro trimestre deste ano, que serão divulgados após o fecho da negociação.
Já o Spotify escala 14,03% para 310,44 dólares, impulsionado pelos resultados acima do esperado no primeiro trimestre. A gigante de "streaming" de música registou lucros de 197 milhões de euros entre janeiro e março, valor que compara com prejuízos de 225 milhões no período homólogo.
Esta é uma semana crucial em termos de resultados corporativos, com cerca de 180 empresas do S&P 500 a apresentarem contas.
O principal foco dos investidores está nos resultados das "Sete Magníficas". Além da Tesla, também a Meta (dona do Facebook), a Microsoft e a Alphabet (que detém a Google), mostram as contas esta semana. A grande expectativa está em perceber se o entusiasmo em torno da inteligência artificial, que tem levado a fortes ganhos destas empresas.
Euribor desce a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses face a segunda-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,882%, permanece acima da taxa a seis meses (3,844%) e da taxa a 12 meses (3,718%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, baixou hoje para 3,844%, menos 0,006 pontos, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também caiu hoje, para 3,718%, menos 0,016 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses recuou, ao ser fixada em 3,882%, menos 0,009 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Na reunião de política monetária de 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Época de resultados dá ganhos às praças europeias
Os principais índices europeus estão a negociar em alta esta terça-feira, à boleia dos resultados positivos de várias empresas, onde se incluem a Novartis, a Renault e a SAP. A "earnings season" vai-se assim sobrepondo às preocupações relativas à política monetária restritiva e riscos geopolíticos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, soma 0,52% para 504,91 pontos, com os setores da tecnologia, do retalho e dos serviços financeiros a registarem os maiores ganhos acima de 1%.
Pela negativa o setor mineiro perde mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado está a empresa de "software" alemã SAP, que ganha 4%, depois de ter revelado um aumento das vendas, devido ao "boom" da inteligência artificial.
Já a Novartis valoriza também mais de 4% após ter revisto em alta o "guidance" para o acumulado do ano. A Renault, por sua vez, recua 0,97%, depois de ter revelado receitas que beneficiaram de preços robustos e disciplina de custos, no entanto a fabricante francesa foi penalizada pelos efeitos cambiais, em particular da lira turca e do peso argentino.
A centrar atenções ao longo da semana estarão os resultados do primeiro trimestre de alguns dos maiores bancos europeus: BNP Paribas, Deutsche Bank, Barclays e Lloyds.
A recente queda registada nos mercados acionistas pode estar a significar o regresso dos compradores de pechinchas, defendem os analistas do Citigroup, numa altura em um forte início da época de resultados tem voltado a atrair investidores.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,69%, o francês CAC-40 valoriza 0,27%, o italiano FTSEMIB ganha 0,63%, o britânico FTSE 100 sobe 0,44% e o espanhol IBEX 35 pula 0,9%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,79%.
Juros aliviam ligeiramente na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar muito ligeiramente esta terça-feira, com os investidores a aguardarem dados sobre o estado das principais economias da região.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos recua 0,7 pontos base para 3,161% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, cede 0,2 pontos para 2,481%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana desce 0,9 pontos base para 3,828%, a da dívida francesa recua 0,5 pontos para 2,975% e a da dívida espanhola cede 0,7 pontos para 3,248%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, também com prazo a dez anos, agravam-se 0,3 pontos base para 4,207%.
Dólar recua face ao iene mas mantém-se perto de máximos de 34 anos
O dólar está a recuar ligeiramente face ao iene, depois de ter valorizado esta manhã, mantendo-se perto de máximos de 34 anos. Os investidores continuam a avaliar a possibilidade de intervenção das autoridades nipónicas no mercado cambial.
O dólar cede 0,04% para 154,79 ienes.
Ainda a centrar atenções ao longo da semana estará uma reunião de política monetária do Banco do Japão e a divulgação do indicador de inflação preferido da Fed.
A fraqueza do iene pode forçar o banco central a "adotar uma narrativa mais 'hawkish'", o que anteciparia as expectativas de uma nova subida das taxas de juro e sustentaria o iene, afirmou à Reuters Carol Kong, estratega do Commonwealth Bank of Australia.
"Mas espero que o par dólar-iene permaneça elevado no curto prazo devido à força do dólar, o que deverá manter em cima da mesa a possibilidade de intervenção cambial", completou.
Ouro cai para mínimos de duas semanas
Os preços do ouro estão a desvalorizar e chegaram, na manhã desta terça-feira, a tocar mínimos de duas semanas, com os investidores a afastarem-se do ativo refúgio, depois do aliviar de tensões no Médio Oriente.
O ouro recua 1,06% para 2.302,58 dólares por onça, após ter descido mais de 2% na segunda-feira, assinalando a maior queda em mais de um ano.
Os investidores estão agora centrados numa leitura do PIB dos Estados Unidos na quinta-feira e em números da inflação norte-americana, medida através do PCE (despesas do consumo privado) - o indicador preferido da Fed para medir a subida dos preços - que será divulgado na sexta-feira.
"O ouro tem sido beneficiado por diferentes tipos de fluxos de compra nos últimos meses, e agora um deles reduziu-se com a queda na procura por um ativo refúgio. Os investidores estão a olhar para este cenário como uma oportunidade para obterem alguns lucros após os fortes ganhos do ouro", descreveu à Reuters Tim Waterer, analista da KCM Trade.
Petróleo sem tendência definida. Médio Oriente continua a centrar atenções
Os preços do petróleo estão a negociar sem tendência definida, depois de terem registado uma descida esta segunda-feira, numa altura em que os investidores continuam a avaliar o risco derivado das tensões no Médio Oriente.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, perde 0,35% para 82,85 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,24% para 87,21 dólares.
"A redução do prémio de risco geopolítico fez baixar os preços do petróleo, uma vez que a oferta não foi perturbada de forma significativa", explicou à Reuters Sugandha Sachdeva, analista da SS WealthStreet.
Os investidores estão também a avaliar as novas sanções ao Irão por parte dos Estados Unidos, que já foram aprovadas, e da União Europeia - os ministros dos negócios estrangeiros mostraram haver um acordo de princípio na segunda-feira - depois do ataque a Israel.
Europa aponta para ganhos à boleia de resultados positivos. Ásia em alta
Os principais índices europeus estão a apontar para ganhos no início da sessão, à boleia dos resultados positivos de várias empresas, onde se incluem a Novartis e a Renault.
Ao mesmo tempo, os investidores deverão atentar nos estimativa rápida dos índices dos gestores de compras (PMI) de várias economias europeias que poderão permitir auferir melhor a sua robustez.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,5%.
Na Ásia, a sessão foi positiva, numa semana em que os investidores se deverão centrar nos resultados de algumas grandes tecnológicas norte-americanas.
Entre os principais ganhos, estiveram os títulos cotados em Hong Kong, depois de o UBS ter revisto em alta as ações chinesas para "overweight", justificando a decisão com base em resultados resilientes e um aumento da remuneração acionista.
"O que nos torna agora mais positivos em relação aos lucros são os primeiros sinais de uma recuperação do consumo", escreveram os estrategas do UBS numa nota a que a Bloomberg teve acesso.
"Qualquer recuperação na confiança do consumidor significa para nós a possibilidade de as poupanças das famílias fluírem para o consumo" e, eventualmente, para os mercados, acrescentam.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, sobe 1,65% e o Shanghai Composite perde 0,85%. No Japão, o Nikkei avançou 0,3% e o Topix somou 0,14%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi recua 0,19%.