Notícia
Economia da Ucrânia pode contrair 30%. Gás e Brent aliviam, bolsas europeias recuperam
Acompanhe ao minuto os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a reação dos mercados.
Assembleia Municipal chumbou moções de censura do PS e PSD à Câmara de Setúbal
A Assembleia Municipal de Setúbal chumbou hoje duas moções de censura ao executivo camarário apresentadas por PS e PSD, em protesto contra a receção de refugiados ucranianos por cidadãos russos com alegadas ligações ao Kremlin.
A moção do PSD pedia a demissão do presidente da Câmara de Setúbal, André Martins (CDU), enquanto a moção do PS visava apenas a censura da gestão autárquica e não apenas na questão da receção aos refugiados ucranianos, mas foram ambas rejeitadas.
Mesmo que tivessem sido aprovadas, as moções de censura aprovadas em Assembleia Municipal não têm caráter vinculativo, funcionam apenas como um ato de censura política ao executivo camarário.
Uma outra proposta anunciada previamente pelo PS, para a criação de uma Comissão de Fiscalização da Conduta da Câmara Municipal, também não foi viabilizada na reunião desta terça-feira, mas os socialistas já asseguraram o apoio do PSD, IL e Chega para a realização de uma Assembleia Municipal Extraordinária, para discussão e votação da referida comissão.
"Houve um consenso alargado em toda a oposição para fazer a tal comissão eventual, que o Partido Socialista propôs, e vai haver uma assembleia para criar uma comissão eventual para acompanhamento e fiscalização de todo este processo", disse à agência Lusa o deputado municipal e presidente da concelhia do PS de Setúbal, Paulo Lopes.
Também em declarações à Lusa, o deputado social-democrata Nuno Carvalho, e eleito da Assembleia Municipal, salientou que a moção de censura do PSD "era a única que, verdadeiramente, pedia a demissão do presidente do município".
"Percebemos, com clareza, que há partidos que não acompanham esse mesmo pedido de demissão. Da parte da CDU não surpreende; da parte do Partido Socialista surpreende", disse Nuno Carvalho.
"A única ilação, e talvez aquela mais clara que se pode tirar, é que o governo do Partido Socialista também tem responsabilidade neste processo. Tem responsabilidade porque já conseguimos entender que há instituições na dependência do Governo, como é o caso do IEFP, que também utilizaram a mesma associação, em condições muito semelhantes, já depois de 24 de fevereiro, data em que começou a invasão da Ucrânia pela Rússia", acrescentou Nuno Carvalho.
Para João Afonso, que lidera a bancada da CDU na Assembleia Municipal de Setúbal, as duas moções de censura "não tinham condições para serem aprovadas", uma vez que "não existe nada a condenar no trabalho do executivo camarário".
João Afonso admite, no entanto, que a CDU poderá viabilizar a criação da comissão de fiscalização que o PS propõe criar numa próxima Assembleia Municipal Extraordinária.
Bolsas europeias recuperam com regresso do "dip buying"
As bolsas europeias fecharam em alta, depois de terem arrancado a semana no vermelho, com algum apetite pelo risco a regressar ao mercado. Os investidores aproveitaram as quedas para comprar – o chamado "buy the dip".
O Stoxx 600 fechou a somar 0,68%, para 420,29 pontos. Os setores que mais impulsionaram o índice de referência europeu foram os da banca, automóvel e químico. Em baixa estiveram os setores de media e recursos básicos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 1,15%, o francês CAC-40 valorizou 0,51%, o italiano FTSEMIB avançou 1,04%, o britânico FTSE 100 subiu 0,37% e o espanhol IBEX 35 ficou inalterado face a ontem. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,54%.
"Os mercados europeus subiram nesta terça-feira, reduzindo algumas das perdas de ontem, após recuperações técnicas sobre os principais níveis de suporte, enquanto os investidores aguardam novos desenvolvimentos macro", diz Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.
"A negociação em diversas classes de ativos continua esta semana, com os traders a ajustarem a sua exposição entre os principais mercados negativamente correlacionados, como títulos do Tesouro, ações e dólar americano", sublinha.
No seu entender, "o sentimento do mercado permanece de forma geral pessimista para ativos mais arriscados, uma vez que as preocupações económicas chinesas, a guerra persistente na Ucrânia e o aperto monetário mantêm a pressão sobre os preços. No entanto, a maioria dos investidores já aceitou que a segunda parte de 2022 será marcada por uma maior volatilidade e aguardará novos desenvolvimentos importantes antes de impulsionar os preços para movimentos mais direcionais".
Riscos internos podem afetar "compromisso" com transição energética, avisa Durão Barroso
O ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso disse esta terça-feira que os riscos internos colocados pela inflação e subsequente aumento do custo de vida podem afetar o "compromisso político" com a transição energética na Europa.
Segundo o atual 'chairman' do Goldman Sachs International, que falou numa conferência virtual sobre o conflito na Ucrânia e a transição energética, "toda a gente concorda" que é preciso "fazer mais para reduzir a dependência energética da Rússia".
Ainda assim, alertou, "alguns países têm mais dificuldades porque são mais dependentes do que outros [da Rússia], mas há um compromisso", só que "ao mesmo tempo com a inflação e custo de vida as questões urgentes que pressionam os governos são enormes. E há um risco de não ter um compromisso político suficiente, traduzido em investimento nos países europeus", destacou.
De acordo com o antigo primeiro-ministro português, "a longo prazo, há uma agenda que vai na direção certa", sendo que "de um ponto de vista do investimento haverá oportunidades suficientes e isso vai acontecer", assegurou, alertando para que "para gerir esta transição não se pode excluir fenómenos" como o facto de "alguns países estarem a adiar a eliminação progressiva do carvão".
"É importante uma liderança iluminada para entender que não devemos continuar numa posição em que estivemos tanto tempo em termos de dependência de energia", sublinhou.
Para Durão Barroso, há "um risco de uma reação negativa e de a agenda climática ser um dano colateral da guerra. Mas isso depende de liderança", rematou.
Juros aliviam horas depois do discurso de membro da Fed
Os juros estão a aliviar de forma expressiva na Zona Euro e nos EUA, horas depois da intervenção do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed) de Nova Iorque, John Williams, ter garantido que está otimista de que a Fed irá ser bem-sucedida no combate contra a inflação.
Os juros das bunds alemãs a dez anos– "benchmark" para o mercado europeu – seguem a aliviar 9,5 pontos base para 0,995%.
Já a yield da dívida italiana com a mesma maturidade desce 13,9 pontos base, o alívio mais expressivo na Zona Euro, para 3,006%. Já os juros das obrigações francesas descem 10 pontos base para 1,529%.
Por sua vez, na Península Ibérica, a yield das obrigações portuguesas a dez anos aliviam 9,7 pontos base para 2,141%, enquanto os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade descem 11 pontos base para 2,099%.
Nos EUA a tendência também é de alívio, estando os juros das obrigações a dez anos a caírem 9 pontos base para 2,944%.
Este movimento surge horas depois de o presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, John Williams, ter garantido que está otimista de que a Fed irá ser bem-sucedida no combate contra a inflação.
"O desafio para a política monetária hoje em dia é claro: reduzir a inflação ao mesmo tempo que mantém uma economia forte", disse Williams no texto de um discurso. "Estou confiante de que temos as ferramentas certas para atingir os nossos objetivos", acrescentou o presidente regional da Fed.
Esta terça-feira é ainda dia de ouvir em vários eventos presidente da Fed de Cleveland, Loretta Mester, e o de Atlanta, Raphael Bostic, assim como o governador Christopher Waller.
As intervenções dos membros da Fed surgem menos de uma semana depois de o banco central ter anunciado um aumento da taxa de referência de 50 pontos base.
Petróleo recua com dólar mais forte, receios de recessão e "lockdowns" na China
Os preços do "ouro negro" estão a perder terreno, pela segunda sessão consecutiva, pressionados pela valorização do dólar, pelos receios crescentes de recessão nalgumas economias e pelos "lockdowns" na China – que é o maior importador mundial de crude.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a ceder 0,52% para 105,39 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, recua 0,31% para 102,77 dólares por barril.
A valorização do dólar contribui para pressionar o crude, dado que o petróleo é denominado na nota verde e fica menos atrativo para quem negoceia com outras moedas quando a divisa norte-americana está em alta.
Também os confinamentos na China, para conter a propagação da covid-19, estão a suscitar receios de uma menor procura por parte deste país.
Além disso, a guerra na Ucrânia, com o consequente aumento da já elevada inflação e o início de um ciclo de subida de juros pelos bancos centrais, estão a fazer crescer os receios de uma recessão nos EUA e noutras economias.
Wall Street arranca “no verde” a recuperar do tombo da sessão anterior
Wall Street iniciou a sessão desta terça-feira em terreno positivo, a recuperar dos tombos vividos na sessão anterior devido aos receios da escalada da inflação. O S&P 500, por exemplo, fechou a sessão em mínimos de 14 meses, abaixo da fasquia dos 4 mil pontos, ao derrapar 3,20%.
Neste arranque de sessão, o industrial Dow Jones está a apreciar 1,37% para 32.686,09 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite soma 2% para 11.855,6 pontos e o S&P 500 sobe 1,47% e volta a ficar acima da fasquia dos 4 mil pontos, mais concretamente nos 4.047,26 pontos.
Os dados sobre a inflação em abril nos Estados Unidos vão ser conhecidos esta quarta-feira. A última leitura, relativa a março, mostrou uma taxa de inflação de 8,5% em março, o valor mais elevado em 40 anos. Enquanto esses números não são conhecidos, os membros da Fed vão tecendo alguns comentários. O presidente da Fed de Nova Iorque, John Williams, avançou que o banco central norte-americano pretende subir os juros para aliviar a subida de preços, mas sem causar um aumento da taxa de dsemprego.
"O desafio da atual política monetária é claro: baixar a inflação enquanto se mantém uma economia forte", disse Williams esta terça-feira, em declarações feitas na Alemanha. "Embora seja uma tarefa difícil, não é impossível de superar", cita a Bloomberg.
Este responsável da Fed aponta para um cenário em que uma taxa de juro mais alta possa ajudar a inflação a ficar "próxima de 4%" antes de baixar para "cerca de 2,5%" em 2023.
As ações da Peloton estão em destaque nesta sessão, a afundar 17,09% para 11,715 dólares, embora tenham chegado a cair 18,38%. Antes da abertura do mercado os títulos da fabricante de bicicletas estáticas chegaram a afundar 20%, depois de a empresa apresentar as contas do trimestre. Até março, a empresa agravou os prejuízos para 757,1 milhões de dólares, valor que está muito acima das estimativas de 132,1 milhões. As receitas ficaram pelo 964,3 milhões de dólares, também abaixo das estimativas dos analistas, que esperavam 971,6 milhões de dólares de receitas.
Reunião entre Viktor Órban e Von der Leyen cancelada
A videochamada entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, foi cancelada, de acordo com fonte oficial da União Europeia (UE), citada pela Bloomberg.
Entretanto, Órban já esteve à conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron.
Tanto uma como a outra reunião tinham como objetivo exercer pressão sobre Budapeste, para que esta seja a favor do embargo europeu ao petróleo russo.
A Hungria, que tem sido uma aliada do regime russo, ameaçou vetar as medidas propostas por Bruxelas para sancionar a Rússia. Órban defendeu este veto dada a dependência da Hungria da energia russa.
UE já deu luz verde para envio de tranche de 600 milhões para a Ucrânia
A União Europeia aprovou o envio de um envelope financeiro de 600 milhões de euros para a Ucrânia, para fazer frente às necessidades do país assolado pela guerra, segundo fontes próximas do assunto contactadas pela Bloomberg.
O montante faz parte do pacote de emergência de 1,2 mil milhões de euros, aprovado no início de fevereiro, numa altura em que a Comissão Europeia temia pela "estabilidade macroeconómica do país" devido às ameaças de uma invasão russa.
A agência norte-americana avança que o processo preliminar para o envio deste dinheiro deve ser concluído esta quarta-feira, sendo o envelope enviado dias depois.
Desde 2014, a UE contribuiu para a Ucrânia com mais de 17 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido e empréstimos.
Esse valor inclui 5,6 mil milhões de euros que foram dados à Ucrânia através de cinco programas de assistência financeira de emergência para apoiar a luta contra a corrupção e um sistema judicial independente.
Ikea ainda pode estar a comprar madeira russa, avança jornal sueco
A sueca Ikea ainda estará a comprar madeira com origem na Rússia, apesar do anúncio feito no início de março de que iria parar as importações e exportações de e para os mercados da Rússia e Bielorrússia.
De acordo com a notícia avançada pelo jornal sueco Aftonbladet, a gigante de mobiliário ainda estará a utilizar madeira com origem na Rússia, citando emails internos.
Além das exportações e importações, a Ikea também anunciou a 3 de março a suspensão das operações na Rússia e na Bielorrússia.
Mazda terá parado produção em fábrica na Rússia
A fabricante automóvel Mazda terá posto em pausa a produção na fábrica que tem em Vladivostok, na Rússia, através de uma joint venture com a Sollers.
A notícia é avançada pelo jornal asiático Nikkei, que refere que esta suspensão da produção terá tido início no final de abril, depois de a empresa ter alegadamente parado de exportar componentes para a Rússia.
De acordo com este jornal, todas as fabricantes japonesas com fábricas na Rússia suspenderam as operações devido ao contexto de guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Von der Leyen e Macron em videochamada para pressionar Hungria nas sanções ao petróleo russo
Emmanuel Macron, o Presidente francês, Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia e os líderes dos países vizinhos da Hungria vão estar reunidos em videoconferência com Viktor Órban, o primeiro-ministro da Hungria.
Macron participa nesta conversa na qualidade de líder do país que tem a cargo a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. De acordo com a Bloomberg, a ideia desta conversa passará por pressionar a Hungria a aderir às sanções da UE à Rússia, que visam um embargo ao petróleo russo.
A Hungria, que tem sido uma aliada do regime russo, ameaçou vetar as medidas propostas por Bruxelas para sancionar a Rússia. Órban defendeu este veto dada a dependência da Hungria da energia russa.
Gás natural alivia e aproxima-se de valores de antes do início da guerra
O gás natural está a aliviar 1,91% para 92 euros por megawatt-hora, com as temperaturas mais quentes que se vivem na Europa a contribuir para este recuo do preço.
Perante o decréscimo de preço vivido ao longo das sessões anteriores, o preço do gás natural em Amesterdão já está a negociar próximo de valores de antes da invasão da Ucrânia. A 23 de fevereiro o gás rondava os 88 euros, para no primeiro dia da invasão, a 24 de fevereiro, disparar para valores acima de 134 euros.
A guerra na Ucrânia fez disparar os preços do gás natural na Europa. Além de uma boa parte do gás utilizado na Europa ser fornecido pela Rússia, uma das envolvidas no conflito, outra parte é transportada através da Ucrânia. Com a chegada do conflito a território ucraniano, a incerteza trazida pela guerra levou a disparos no gás natural, que a 7 de março ultrapassou a marca dos 227 euros por megawatt-hora.
Congresso norte-americano deverá canalizar quase 40 mil milhões para a Ucrânia
O Congresso norte-americado deverá dar luz verde ao plano norte-americano para canalizar mais quase 40 mil milhões de dólares de ajuda para a Ucrânia. Pelo menos é essa a informação avançada por duas fontes à agência Reuters.
À atual conversão, este montante de 39,8 mil milhões é o equivalente a 37,65 mil milhões de euros.
A agência refere que a Câmara dos Representantes poderá dar luz verde a este plano. A confirmar-se este desfecho o valor ultrapassará o montante de 33 mil milhões de dólares pedido por Joe Biden, o Presidente norte-americano, no mês passado. Desse montante, 20 mil milhões de dólares estão ligados a assistência militar à Ucrânia.
Alemanha prepara plano de crise para enfrentar fim abrupto de gás russo
A Alemanha estará a preparar de forma discreta um plano de crise para enfrentar uma paragem súbita no fornecimento de gás natural vindo da Rússia. De acordo com a notícia avançada pela agência Reuters, que cita três fontes com conhecimento do tema, este plano de crise poderá incluir o controlo de empresas vistas como críticas para esta área.
A Reuters aponta que estes preparativos estarão a ser liderados pelo ministro dedicado à Economia.
No ano passado, o gás russo representou 55% das importações feitas pela Alemanha no ano passado, número que deixa claro a dependência de Berlim desta fonte. Berlim já disse que pretende reduzir a dependência de gás russo, mas reconhece que deverá continuar a depender da Rússia para o gás até meados de 2024.
As fontes ouvidas pela Reuters referem que, embora ainda não sejam conhecidos muitos detalhes sobre o plano, uma das medidas poderia passar por empréstimos e garantias às empresas de energia ou ainda o controlo de empresas críticas, como por exemplo refinarias.
Bolsas europeias a recuperar. Todos os setores "no verde", à exceção do petróleo e gás
As bolsas europeias estão a recuperar dos tombos registados na sessão anterior, num dia em que os investidores demonstraram um menor apetite por risco.
Esta manhã, o Stoxx 600 está a recuperar de mínimos de duas semanas, nesta altura a valorizar 0,69% para 420,33 pontos.
Praticamente todos os setores do Stoxx 600 estão a valorizar neste momento, à exceção da depreciação de 0,76% do setor do petróleo e gás, num dia em que o petróleo está a desvalorizar.
Vários setores estão a registar subidas superiores a 1%, com destaque para os ganhos do setor automóvel, que avança 1,83%, seguido pelos ganhos de 1,42% do setor dos produtos domésticos.
O português PSI está a valorizar 0,54%, enquanto em Madrid se vive uma subida de 0,71%. O alemão DAX regista a maior subida entre as bolsas europeias, a subir 1,07%, com Milão a registar uma valorização muito próxima, de 1,06%. O francês CAC40 avança 0,88%, o inglês FTSE 0,64%, enquanto em Amesterdão é registado um avanço de 0,66%.
Juros das dívidas da zona euro sem tendência definida
Os juros das dívidas da zona euro estão a negociar sem uma tendência definida - enquanto os juros alemães estão a agravar, é visível um alívio nas yields de países como Itália ou Portugal.
Os juros das bunds alemãs a dez anos, que são vistos como a referência para o bloco europeu, estão a agravar 0,4 pontos base, para uma taxa de 1,095%.
O cenário é diferente em Itália, onde os juros a dez anos estão a aliviar 3,2 pontos base para 3,114%.
Na Península Ibérica os juros de Portugal e Espanha estão também a aliviar. Nos juros portugueses com maturidade a dez anos regista-se uma descida de 1,3 pontos base para 2,226%. Já em Espanha regista-se um alívio de 1,1 pontos base para 2,198%.
Euro e dólar na linha de água. Libra a recuperar
O euro e o dólar estão a negociar na "linha de água", ambos a ceder 0,01%. O dólar está a desvalorizar perante um cabaz composto por divisas rivais, naquela que poderá ser a terceira sessão consecutiva no vermelho.
Já o euro está a ceder 0,01% face ao dólar, para 1,056 dólares. Nas duas sessões anteriores a moeda única esteve a negociar com ganhos, ainda que ligeiros.
A libra esterlina destoa deste panorama e está a valorizar 0,15% perante o dólar para 1,2351 dólares.
Ouro a recuperar do tombo da sessão anterior
O ouro está nesta sessão a recuperar do tombo de mais de 1,5% vivido na sessão anterior. Assim, este metal precioso está a valorizar 0,34%, a cotar nos 1.860,50 dólares por onça.
A valorização do ouro na sessão desta terça-feira está sobretudo ligada à desvalorização que o dólar enfrenta atualmente. Além disso, também as expectativas ligadas aos dados da inflação norte-americana em abril, que serão conhecidos esta quarta-feira, está a dar algum alento ao ouro, um ativo mais procurado em tempos de incerteza.
Os restantes metais preciosos, como a prata e a platina, estão também a acompanhar esta recuperação do ouro, se bem que com ganhos mais expressivos. A prata está a valorizar 0,98% para 22,01 dólares por onça, enquanto a platina está a somar 1,63% para 972,58 dólares por onça.
Futuros da Europa apontam para abertura cautelosa depois do “sell-off”
Os futuros das bolsas europeias estão a apontar para mais uma sessão onde a cautela impera, depois do "sell-off" vivido na sessão anterior. Os receios ligados à inflação e também a um abrandamento do crescimento económico global, num dia em que os investidores estiveram afastados do risco, levaram os índices europeus a registar quedas expressivas.
Nesta altura, os futuros do Stoxx 50 estão a apontar para uma valorização de 0,457%.
O tema da inflação continuará a marcar a semana, já que são esperados dados sobre a taxa de inflação em abril os Estados Unidos. Caso os números revelem uma nova subida, as atenções deverão virar-se para a Fed, à procura de indicações sobre os próximos movimentos para controlar a escalada de preços na maior economia do mundo.
Ao mesmo tempo, a incerteza ligada à evolução da covid-19 na China, com algumas cidades em confinamento, está também a contribuir para o sentimento vivido nos mercados.
Na Ásia, onde a sessão já encerrou, os índices japoneses fecharam no vermelho: o NIkkei recuou 0,33%, enquanto o Topix caiu 0,63%. Na Coreia do Sul o Kospi tombou 0,49%. Em Hong Kong, onde o índice Hang Seng voltou a negociar após uma pausa para feriado, foi registado um tombo de 2,01%. Em Xangai, a bolsa escapou a esta tendência de desvalorização, registando ganhos de 0,89%.
Economia da Ucrânia pode encolher 30% este ano, diz BERD
A economia ucraniana poderá vir a enfrentar uma contração de 30% este ano devido à guerra no país, apontam as estimativas mais recentes do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
"Atualmente, a guerra que está a acontecer nos territórios que produzem 60% do PIB ucraniano", apontam estes dados. Além disso, cerca de 30% das empresas pararam a produção e o consumo de eletricidade no país está 60% abaixo dos níveis pré-guerra, indica este relatório.
De acordo com estas projeções, caso o conflito chegue a um ponto de cessar-fogo ao longo dos próximos meses, a economia da Ucrânia poderá recuperar no próximo ano. Nesse cenário, a economia da Ucrânia poderá recuperar 23% em 2023.
Os mesmos dados revelam que a economia russa deverá contrair 10% este ano e estagnar no próximo. O banco projeta que a recessão na Rússia poderá ser mais profunda caso a Europa venha mesmo a conseguir reduzir as importações de petróleo e gás natural com origem na Rússia.