Notícia
Europa volta a recordes. Juros agravam e ouro dispara para máximos de cinco meses
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Stoxx 600 toca novos recordes
O otimismo reinou nas bolsas europeias esta quarta-feira. O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, somou 0,19%, tendo atingido um novo máximo histórico.
O espanhol IBEX ganhou 0,76%, o francês CAC 40 subiu ligeiramente 0,03%, o alemão DAX valorizou 0,15%, o italiano FSTE MIB avançou 0,45% e o português PSI-20 somou 0,38%.
As principais praças europeias parecem assim ter ignorado os dados vindos do outro lado do Atlântico. A taxa de inflação dos Estados Unidos, em outubro, acelerou para 6,2% face a igual período do ano passado, atingindo o valor mais alto desde novembro de 1990, segundo anunciou esta quarta-feira o Departamento do Trabalho norte-americano.
O foco terá sido, por outro lado, na época de resultados que está próxima de chegar ao fim. "À medida que saímos da atual época de resultados nos EUA e na Europa, as atenções viram-se de volta para as questões macro-económicas com duas questões chave em cima da cima sobre quão transitória será a inflação e qual o nível de desaceleração", diz Nick Nelson, estratega-chefe de ações europeias da UBS, citado pela Bloomberg.
Ouro dispara para máximos de cinco meses
O metal amarelo está a negociar no verde, com o aumento do índice de preços no consumidor, em outubro nos EUA, a intensificar a atratividade do ouro como cobertura contra a inflação.
O ouro a pronto (spot) avança 1,4% para 1.857,30 dólares por onça no mercado londrino, depois de já ter estado a negociar em máximos de 15 de junho – nos 1.868,20 dólares.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do metal precioso soma 1,7%, para 1.861,60 dólares por onça.
De manhã, a valorização do dólar esteve a pesar no desempenho do ouro – como sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA –, mas o metal acabou então por conseguir "arrebitar" durante a tarde.
Dólar acelera apesar de promessa de Biden de travar inflação
A inflação nos Estados Unidos acelerou em outubro para o valor mais alto desde novembro de 1990, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O índice de preços no consumidor acelerou para 6,2% face a igual período do ano passado, acima das previsões de 5,8%.
Em reação, o presidente norte-americano Joe Biden definiu que reverter esta tendência é uma prioridade, particularmente para o setor energético. Biden sublinhou, ainda assim, não pretender comprometer a "independência da Reserva Federal na monitorização da inflação".
Apesar disso, o dólar está a ignorar a promessa e acelera contra as principais pares. O par euro / dólares desvaloriza 0,55% para 1,1523, na primeira sessão no vermelho após três em alta.
Juros das dívidas agravam com pressão da Alemanha por ação do BCE
Os conselheiros económicos de Angela Merkel, na Alemanha, pedem ao Banco Central Europeu (BCE) que publique uma estratégia de normalização da política monetária ultra-acomodatícia à luz dos riscos que consideram que a inflação está a fazer acumular.
O grupo de quatro membros considera que a inflação na maior economia da Zona Euro irá situar-se, em média, em 3,1% em 2021 e, no próximo ano, em 2022. Avisaram, nesse sentido, sobre o impacto de persistentes problemas nas cadeias de abastecimento, bem como do agravamento do preço do petróleo.
Com estes alertas, os juros das dívidas soberanas da Zona Euro subiram na sessão desta quarta-feira.
O benchmark do bloco da moeda única, as Bunds alemãs a 10 anos, subiram 4,1 pontos ficando menos negativas em -0,261%.
Nos países do sul europeu, Itália viu um agravamento de 7 pontos, para 0,908%. Em Espanha, os juros da dívida com a mesma maturidade avançaram 6,8 pontos para 0,447%. Em Portugal, a subida foi de 6,3 pontos para 0,353%.
Petróleo cede com aumento de stocks
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno negativo, pressionados pelo aumento dos inventários norte-americanos de petróleo na semana passada.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em dezembro recua 1,60% para 82,80 dólares por barril.
Já o contrato de dezembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,88% para 84,03 dólares.
De manhã, as cotações estiveram a subir, depois de a Administração de Joe Biden, presidente dos EUA, ter optado por não aumentar a injeção de crude no mercado através das reservas norte-americanas. Após ter feito pressão sobre as maiores produtoras no sentido de aumentar a produção de petróleo, Biden decidiu não "abrir a porta" das suas próprias reservas. A justificar a decisão esteve um relatório que mostra que o mercado vai estar com excesso de oferta e os preços vão cair no início do próximo ano.
Entretanto, durante esta tarde foram conhecidos os níveis dos stocks norte-americanos de crude na semana passada, que aumentaram em um milhão de barris por dia, o que contribuiu para inverter o sentimento dos investidores.
Wall Street recua com aceleração da inflação
As principais praças norte-americanas seguem em baixa com receios que a subida dos preços leve a Reserva Federal dos EUA a retirar os estímulos mais depressa que o esperado.
A inflação nos Estados Unidos acelerou em outubro para o valor mais alto desde novembro de 1990, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O índice de preços no consumidor acelerou para 6,2% face a igual período do ano passado, acima das previsões de 5,8%.
O Dow Jones segue na linha de água, nos 36.322,27 pontos, enquanto o Nasdaq perde 0,36% para 15.829,27 pontos e o S&P 500 recua 0,22% para 4.674,88 pontos.
Entre as principais perdas está a Apple, que tomba 1,2% para 149,45 dólares por ação, apesar do maior tempo ser da Fortinet, que tomba mais de 3%.
Lisboa na "linha de água" com queda dos CTT a ofuscar ganhos da EDP R
A bolsa nacional está a negociar na "linha de água" nos 5.678,16 pontos, com uma desvalorização de 0,07%.
Entre as empresas, destacam-se os ganhos da EDP Renováveis (1,43%), da Galp (1,30%) e da Novabase (1,28%).
No lado das quedas estão os CTT (-1,90%), a Navigator (-1,66%) e a Mota-Engil (-1,44%).
Bolsas europeias em leve alta antes de dados da inflação dos EUA
As bolsas europeias abriram a negociar em leve alta, mas estão agora com uma tendência mais indefinida, devido aos receios que existem em torno da pressão inflacionária em todo o mundo.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores empresas da região, está a perder 0,07% para os 482,35 pontos.
Na China, os preços de fábrica dos produtos subiram em outubro ao nível mais elevado desde 1995, com um disparo de 13,5%.
Agora a bola muda de flanco para os EUA, que vão apresentar os números da inflação de outubro antes da abertura de Wall Street. As estimativas apontam para uma subida perto dos 6%, o que representaria o valor mais elevado nos últimos 30 anos.
A confirmar-se, pode originar uma postura mais agressiva da Fed, o banco central norte-americano, no "combate" à inflação. Numa entrevista à CNBC, James Bullard, da Fed de St. Louis, disse que a Fed deverá subir os juros por duas vezes no próximo ano.
Ouro encolhe de olhos postos na inflação dos EUA; euro recua
O ouro está a perder gás no dia em que os EUA irão divulgar os dados da inflação referentes a outubro deste ano, antes da abertura de Wall Street.
O metal precioso encolhe 0,27% para os 1.826,85 dólares por onça. O euro pede gás face ao dólar norte-americano (-0,21%).
Juros portugueses sobem em dia de leilão
Os juros da dívida soberana da Zona Euro estão a negociar em alta na manhã desta quarta-feira, com os dados da inflação nos EUA a prenderem a atenção dos investidores.
Na Alemanha, os juros a dez anos estão a ganhar 0,5 pontos base para os -0,296%, enquanto que em Itália, a "yield" com a mesma maturidade encolhe 0,3 pontos base para os 0,837%.
Por cá, os juros nacionais sobem 0,7 pontos base para os 0,297%, num dia em que Portugal volta a "bater à porta" dos mercados com uma emissão de num duplo leilão que tem o objetivo de arrecadar entre 750 e 1.000 milhões de euros.
Uma das emissões destas obrigações do Tesouro (OT) é referente a um leilão cujo prazo de maturidade expira a 17 de outubro de 2031 e outro em 15 de abril de 2037.
Petróleo sobe após Biden optar por não injetar crude
Os preços do petróleo continuam a subir nesta quarta-feira depois de a administração de Joe Biden, presidente dos EUA, ter optado por não aumentar a injeção de crude no mercado através das reservas norte-americanas.
O Brent, que serve de referência para Portugal, sobe 0,6% para os 85,28 dólares por barril e o WTI, o "benchamrk" para os EUA, avança 0,3% para os 84,38 dólares por barril.
Depois de ter feito pressão sobre as maiores produtoras no sentido de aumentar a produção de petróleo, Biden decidiu não "abrir a porta" das suas próprias reservas. A justificar a decisão está um relatório que mostra que o mercado vai estar com excesso de oferta e os preços vão cair no início do próximo ano.
Futuros em queda com pressão da China e de olho nos EUA
Os futuros das ações europeias estão a negociar em queda na pré-abertura de sessão desta quarta-feira, com os dados relevados pela economia da China a reforçarem os problemas que existem sobre a crise inflacionária em todo o mundo.
Todos os índices asiáticos perderam força depois de Pequim ter reportado a maior subida de preços no setor industrial dos últimos 26 anos. No Japão (-0,5%), Coreia do Sul (-1,1%), Hong Kong (-0,1%) e na China (-0,4%) as bolsas desvalorizaram. Em Wall Street, o S&P 500 registou a primeira queda nas últimas nove sessões.
Ainda na China, o setor imobiliário continua a dar que falar. O Fantasia e o Evergrande enfrentam um novo teste com o pagamento de uma emissão em dólares.
Nos EUA, os olhos dos investidores estarão focados nos dados referentes à inflação, que serão divulgados hoje antes da abertura de sessão. A atual expectativa aponta para a maior subida de preços desde dezembro de 1990.