Notícia
Europa em recordes com ajuda do setor mineiro e tecnológico. Petróleo e ouro cedem
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Stoxx Europe 600 em recordes à espera da Fed
O Stoxx Europe 600, índice que que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, atingiu esta quarta-feira máximos históricos ao tocar durante o dia nos 480,97 pontos, enquanto o PSI-20 tropeçou 1,62% e liderou as perdas na Europa.
O índice europeu encerrou a valorizar 0,4% para 480,90 pontos, o que constitui um máximo de fecho, numa altura em que os investidores aguardam com expectativa a reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, onde deverá ser anunciado o timing para o início da retirada gradual de estímulos à economia.
As conclusões da reunião só serão conhecidas após o fecho dos mercados europeus. Na reunião de setembro, o presidente da Fed, Jerome Powell, já tinha sinalizado, em relação ao 'tapering' (início da retirada gradual de estímulos), que em breve poderia ser garantida uma moderação no ritmo de compra de dívida.
A liderar os ganhos do Stoxx Europe 600 estiveram as empresas de tecnologia e do setor mineiro. Já as ações do setor da energia foram as que registaram as maiores perdas, com a EDP Renováveis a cair em Portugal quase 6%.
O francês CAC 40 subiu 0,34%, enquanto o índice italiano FTSEMIB somou 0,58%.
Juros recuam na Zona Euro
Os investidores continuam a privilegiar ativos mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas – e a maior aposta na dívida faz descer os juros, cenário que hoje se verifica de novo na Europa.
Os juros da dívida portuguesa a 10 anos seguem a ceder 1,8 pontos base para 0,419%, ao passo que em Itália, na mesma maturidade, recuam 0,2 pontos base para 1,044%, e em França descem 0,8 pontos base para 0,176%.
Na Alemanha, as "yields" das Bunds a 10 anos, referência para a Europa, seguem a mesma tendência, a aliviar 0,2 pontos base para -0,170%.
Petróleo cai com pressão sobre OPEP+ e aumento de stocks nos EUA
As cotações do "ouro negro" estão a negociar em terreno negativo, penalizadas pela pressão que continua a ser exercida sobre a OPEP+, por países consumidores, no sentido de colocarem no mercado mais crude do que está previsto.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em novembro recua 3,43% para 81,03 dólares por barril.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 3,07% para 82,12 dólares.
Amanhã, os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) reúnem-se e o mercado está na expectativa para saber se o cartel e os parceiros mantêm a abertura de torneiras na ordem dos 400.000 barris por dia ou se colocam ainda mais crude no mercado, como tem sido pedido por muitas nações importadoras.
O presidente norte-americano, Joe Biden, voltou a insistir para que a OPEP+ coloque mais petróleo no mercado, tendo o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, feito também pressão no mesmo sentido junto de um dos membros mais influentes do cartel, a Arábia Saudita.
A contribuir para as quedas de hoje está também o anúncio de um aumento das reservas norte-americanas de crude na semana passada. Os stocks registaram um incremento de 3,3 milhões de barris, quando as estimativas dos analistas inquiridos pela Reuters apontavam para uma subida de "apenas" 2,2 milhões.
Dólar em alta à espera da Fed. Euro quase inalterado
O dólar norte-americano está a valorizar 0,02% perante um cabaz composto por divisas rivais, numa altura em que os mercados estão à espera das declarações do banco central norte-americano sobre o tema da política monetária.
Enquanto não chegam os comentários de Jerome Powell, o líder da Fed, a nota verde soma máximos: nesta sessão o Bloomberg Dollar Index já atingiu um valor recorde.
Por seu turno, o euro está quase inalterado, nos 1,1577 dólares. Ainda nas divisas europeias, a libra esterlina está a valorizar 0,32% face ao dólar, para 1,3656 dólares.
Ouro derrapa quase 1,5% após dados sobre a criação de emprego nos EUA
O ouro está a perder terreno pela segunda sessão consecutiva, agravando as perdas esta quarta-feira. Este metal precioso está a cair 1,49%, com a onça a negociar nos 1.761,16 dólares.
O ouro derrapa após terem sido revelados dados sobre a criação de emprego no setor privado norte-americano, que sugerem que o mercado laboral está a recuperar após a pandemia de covid-91. O emprego no setor privado aumentou em 571 mil postos de trabalho em outubro, acima das estimativas dos economistas, que antecipavam a criação de 400 mil empregos.
Mais uma vez, o ouro está a negociar abaixo da fasquia dos 1.800 dólares. Há já sete sessões que este metal precioso, visto como um ativo-refúgio, está abaixo desta fasquia.
Além disso, "existe algum espaço para ganhos adicionais no dólar, caso o banco central americano decidir mudar a sua visão atual sobre a inflação e começar a aceitar o fato de que os aumentos transitórios de preços podem tornar-se mais prolongados. Neste caso, o dólar pode encontrar algum apoio e o ouro pode sofrer devido à sua correlação inversa com a moeda americana", sublinhou Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.
Wall Street abre no vermelho e em contagem decrescente para decisão da Fed
A sessão desta quarta-feira arranca no vermelho nos índices norte-americanos, com os mercados a aguardar por declarações de Jerome Powell e uma decisão por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed).
Nesta altura, o industrial Dow Jones cai 0,25% para 35.962,06 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq está na linha de água (0,01%), nos 15.651,95 pontos. Já o S&P 500 cai 0,10% para 4.625,96 pontos.
Enquanto não chega a hora de a Fed tecer comentários aos mercados, que são esperados ao fim da tarde desta quarta-feira, os investidores digerem alguns indicadores económicos vindos dos EUA.
Os dados divulgados esta quarta-feira sobre a criação de emprego no setor privado nos EUA em outubro ficou acima das expectativas, sugerindo que o mercado laboral está a recuperar, apesar de fatores como os constrangimentos na cadeia de distribuição.
O emprego no setor privado aumentou em 571 mil postos de trabalho em outubro, acima das estimativas dos economistas, que antecipavam 400 mil empregos.
Europa sem tendência à espera de Powell
As bolsas europeias estão a negociar sem tendência definida nesta quarta-feira com os investidores atentos ao que se passará no encontro de política monetária da Reserva Federal dos EUA e ao setor de energia.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa - ganha 0,13% para os 480,15 pontos. O setor de energia, que inclui as petrolíferas, está hoje em queda devido ao recuo nos preços da matéria-prima.
Joe Biden, presidente dos EUA, pressionou a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados liderados pela Rússia) para abrir a torneira de petróleo para o mercado, antes do seu encontro mensal que irá ocorrer nesta quinta-feira.
A dinamarquesa Vestas Wind Systems está a cair depois de ter cortado, novamente, a sua previsão para o resto do ano.
No mesmo setor, a portuguesa EDP Renováveis lidera as perdas após apresentar queda homóloga no lucro líquido.
Ouro cai antes de Fed; euro avança
O preço do ouro, ativo cujo preço tende a beneficiar com turbulência no mercado de ações, segue hoje a cair, de olhos postos no encontro da Reserva Federal dos EUA.
O metal precioso escorrega 0,23% para os 1.783,60 dólares por onça e o euro avança 0,06% para os 1,158 dólares.
Juros da Zona Euro voltam a encolher à espera da Fed
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a cair nesta quarta-feira, dia em que a Reserva Federal dos EUA põe término ao encontro mensal de dois dias sobre política monetária, que culminará com o discurso de Jerome Powell, presidente da instituição.
Para já, os juros da Alemanha - que servem de referência para o bloco central - estão a cair 2,4 pontos base para os -0,197%. No sul da Europa, as "yields" de Itália, Portugal e Espanha seguem uma tendência semelhante.
Em Portugal estão a cair 2,4 pontos base para os 0,413%.
Petróleo recua após pressão de Biden sobre OPEP
Os preços do petróleo estão a cair na manhã desta quarta-feira numa altura em que o presidente dos EUA, Joe Biden, está a pressionar os maiores produtores da matéria-prima para alargarem a produção de forma a controlar a subida de preços.
Biden pressionou a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados liderados pela Rússia) para abrir a torneira de petróleo para o mercado, antes do seu encontro mensal que irá ocorrer nesta quinta-feira.
Para além de Biden, também o secretário de Estado, Antony Blinken, pressionou os Emirados Árabes Unidos a aumentar a produção.
Como reação, o Brent - que serve de referência para Portugal - está a cair 1,77% para os 83,22 euros e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) encolhe 1,89% para os 82,32 dólares por barril.
Bolsas europeias em queda de olhos postos na China e nos EUA
Os futuros das ações europeias estão a negociar em queda nesta quarta-feira, dia em que se ficará a saber a conclusão de mais um encontro de dois dias da Reserva Federal dos EUA. Os investidores estão de olho ainda na evolução da economia chinesa, depois de fontes do governo terem alertado para uma quebra.
Para já, os futuros do Stoxx 50 - índice que agrupa as 50 maiores empresas da Europa - estão a encolher 0,1%.
No continente asiático o sentimento foi igualmente de perdas, com China (-0,5%), Coreia do Sul (-1,2%) e Hong Kong (-0,9%) a perderem gás após os comentários de Li Keqiang, Primeiro-ministro da República Popular da China, que disse que alertou para uma possível desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Em Washington, nos EUA, o banco central norte-americano prepara-se tirar o pé do acelerador na compra de dívida, mas resta saber qual a data prevista para que este desmame comece. Os analistas apontam que possa ser já no próximo ano, mas outros empurram só para o início de 2023.
Hoje, Jerome Powell, líder da autoridade bancária, poderá dar mais pistas sobre esta previsão, apesar de os mercados não esperaram grandes novidades vindo da Fed após este encontro mensal de política monetária.