Notícia
Europa reduz ganhos, petróleo e ouro sobem e juros continuam a aliviar
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Preocupações com inflação eliminam ganhos da sessão na Europa
O Stoxx Europe 600 conseguiu fechar a sessão em terreno positivo, ao subir 0,1%. O reavivar das preocupações com a inflação toldou o otimismo dos investidores, eliminando os ganhos ao longo da sessão.
Na sessão desta terça-feira, o setor tecnológico liderou, ao avançar 1,3%. O ganho foi impulsionado pelos vencedores da pandemia, pelas ações de ‘chips’ e ainda pelos resultados da empresa de software Aveva. Outros setores que fecharam em alta foram o automóvel (0,7%) e o segmento de produtos de consumo e serviços, que avançou também 0,7%.
Já o setor dos recursos naturais caiu 1,7% e a energia 1,4%. Os títulos das principais empresas do setor petrolífero caíram com um possível aliviar das sanções dos Estados Unidos ao Irão.
Entre os principais índices europeus, o inglês FTSE 100 caiu 0,3%, o francês CAC 40 tombou 0,3% e o espanhol IBEX 35 seguiu inalterado. O alemão DAX fechou a ganhar 0,2%, com destaque para o negócio entre as duas gigantes alemãs Vonovia e Deutsche Wohnen, os dois maiores grupos imobiliários do país. A Vonovia ofereceu 18 mil milhões de euros pela rival Deutsche Wohnen.
Petróleo sobe com menores receios de oferta iraniana
O "ouro negro" segue a ganhar terreno, com os investidores a revelarem menos receios em torno de uma abertura de torneiras por parte do Irão, já que as negociações do acordo nuclear não parecem sinalizar um acordo para breve.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a ganhar 0,5% para 66,37 dólares por barril.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,38% para 68,72 dólares.
A contribuir para o otimisto está o facto de não se esperar para já uma maior oferta de crude no mercado devido ao Irão. A agência de energia atómica, da ONU, estendeu por um mês o acordo sobre a fiscalização do programa nuclear iraniano, o que dá mais tempo para as grandes potências tentarem em Viena salvar o pacto firmado com Teerão em 2015 (do qual os EUA saíram).
As negociações indiretas entre os EUA e o Irão devem retomar esta semana em Viena, mas no domingo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que os Estados Unidos ainda não vislumbraram de que forma poderá o Irão cumprir os seus compromissos nucleares de modo a que as sanções sejam levantadas – isto apesar dos progressos nas conversações.
"Parece que o mercado já não está à espera que o acordo nuclear entre os EUA e o Irão seja restabelecido num futuro próximo, nem que, consequentemente, as exportações iranianas de crude regressem rapidamente ao mercado mundial.
E quando acontecer, a entrada de mais crude no mercado, proveniente do Irão, deverá ser absorvida pelo aumento da procura decorrente das menores restrições no âmbito da pandemia, sublinhava ontem o Goldman Sachs.
Ouro valoriza à boleia de dólar mais fraco
O ouro permanece em torno de máximos de quatro meses, numa altura em que os membros da Reserva Federal norte-americana tentam acalmar os ânimos em relação à inflação causada por fatores que consideram temporários.
O preço da onça de ouro segue a ganhar 0,61% para os 1892,54 dólares.
O metal precioso está prestes a atingir os valores registados antes das perdas do início do ano, à medida que os fundos de investimento continuam a angariar ouro.
Em relação à inflação observada nos Estados Unidos, o analista do Commerzbank Daniel Briesemann acredita que "o ouro deve beneficiar tanto direta como indiretamente, através do dólar enfraquecido - que dificilmente deve ganhar valor considerável".
Juros prolongam quedas na Zona Euro com ajuda da Fed
Os juros das dívidas públicas têm-se agravado ao longo de 2021 devido à perspetiva de que o Banco Central Europeu acabará por reduzir os respetivos apoios num contexto de saída da crise causada pela pandemia.
No entanto, a Fed veio entretanto garantir que irá manter os estímulos à economia norte-americana por considerar que a subida da inflação é temporária e não um efeito duradouro da crise pandémica, uma garantia que permite aos investidores acreditar que o BCE siga caminho idêntico, o que está a refletir-se no prolongamento do recente ciclo de alívio dos juros das dívidas públicas dos países do espaço da moeda única.
A taxa de juro correspondente aos títulos soberanos de Portugal com prazo a 10 anos recua 5,2 pontos base para 0,489%, descida acompanhada pelas "yields" referentes à dívida espanhola e italiana com a mesma maturidade, que descem respetivamente 5,2 e 6,4 pontos base para 0,488% e para 0,958%. Nos três casos trata-se da quarta descida e as três "yields" transacionam em mínimos de 11 de maio no mercado secundário.
Também as taxas de juro relativas à dívida da Alemanha e da França seguem em queda ao recuaram 2,4 e 3,4 pontos base para -0,166% e para 0,198%, respetivamente. Mas se a "yield" germânica cai pelo terceiro dia para mínimos de 12 de maio, a "yield" gaulesa recua pela quinta sessão para mínimos de 11 de maio.
Dólar cai para mínimo de janeiro com estímulos da Fed de pé
As garantias dadas nas últimas horas por membros da Reserva Federal dos Estados Unidos em como o banco central norte-americano irá manter os estímulos à economia por considerar que a subida da inflação é um efeito temporário da retoma robusta observada nas maiores economias mundiais está a marcar o dia nos mercados, e o cambial não é exceção.
Ao assegurar que continuará a haver injeção de dinheiro na economia americana, o dólar reagiu em queda e segue a desvalorizar pelo segundo dia seguido e em mínimos de 8 de janeiro face a um cabaz composto por 10 moedas de economias desenvolvidas e emergentes.
Já a moeda única europeia aprecia 0,29% para 1,2251 dólares. Trata-se da segunda sessão consecutiva a valorizar contra o dólar, o que coloca o euro em máximos de 8 de janeiro relativamente à divisa americana.
Wall Street valoriza à boleia da Fed
As principais praças norte-americanas abriram a sessão desta terça-feira a negociar em terreno positivo. O índice Dow Jones soma 0,31% para 34.503,01 pontos, o Nasdaq Composite avança 0,43% para 13.719,30 pontos e o Standard & Poor’s 500 aprecia 0,37% para 4.212,63 pontos.
Wall Street acompanha assim a tendência de ganhos das principais praças internacionais e, em particular, da generalidade das bolsas europeias.
Isto depois de a Reserva Federal dos Estados Unidos ter ajudado a acalmar os receios quanto aos efeitos de uma eventual duradoura taxa de inflação elevada, com a Fed a garantir que a pressão decorrente da subida dos preços no consumidor será temporária.
Por outro lado, e também a animar os investidores norte-americanos, está a evolução do mercado imobiliário. Dados entretanto indicam que, em amarço os preços de casas registaram o maior aumento desde 2005.
Juros da Zona Euro em queda com Fed a acalmar nervosismo
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão a negociar em queda nesta terça-feira, depois de os elementos da Fed terem posto água na fervura no mercado de dívida em todo o mundo, com o reforço da ideia de que a subida da inflação era um fator apenas temporário.
Por esta altura, os juros de Itália estão a cair abaixo da barreira de 1% pela primeira vez desde 12 de maio deste ano, graças a um recuo de 2,6 pontos base.
Os juros de Portugal e Espanha caem 2,2 pontos base para os 0,519% e 0,517, respetivamente. Já os juros da Alemanha, que serve de referência para o bloco, perdem 1,1 pontos base para os -0,153%.
Eleições presidenciais gaulesas já se fazem sentir nos juros de França
A diferença entre os juros de França e da Alemanha, ou o "spread", está no seu nível mais distante desde junho do ano passado, numa altura em que os investidores olham já para as eleições presidenciais que Paris terá pela frente, daqui a menos de um ano.
Atualmente, este "spread" está na casa dos 40 pontos base, com os juros a dez anos de França a situarem-se em terreno positivo desde meados de abril deste ano, algo que não acontecia desde junho do ano passado.
Parte das razões para a recente subida dos juros em toda a Zona Euro, e não só em França, passa pela expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) irá desacelerar os seus apoios monetários à economia, mas as eleições gaulesas surgem como fator de relevo para o mercado de dívida deste país.
As mais recentes sondagens das eleições para o Eliseu, cuja primeira volta só ocorre em abril de 2022, mostram que o atual presidente, Emmanuel Macron, poderá ganhar com uma margem muito curta para a candidata da extrema-direita Marine Le Pen.
Esta luta renhida está a ser antecipada pelos investidores como um possível catalisador de alguma revolta social, na altura, levando por isso os juros de França a subirem mais do que a referência para o bloco, a Alemanha.
Ouro reforça máximos de quatro meses após comentários da Fed
O ouro está novamente a valorizar nesta manhã, com o preço do metal precioso a tocar em máximos de quatro meses, depois dos comentários da Fed sobre a inflação.
Vários membros do banco central dos EUA reforçaram a ideia de que a subida atual de preços é temporária e se justifica com a forte recuperação económica que o país está a viver.
O ouro está a ganhar 0,15% para os 1.883,84 dólares por onça.
Euro toca em máximos de janeiro deste ano frente ao dólar
A moeda única da União Europeia (UE) está novamente a ganhar terreno frente ao rival dólar norte-americano, que tem visto outras divisas de um cabaz que agrupa as maiores em todo o mundo, a passar-lhe à frente.
O euro ganha 0,32% para os 1,2255 dólares, tendo chegado a tocar na barreira dos 1,226 dólares, o que representa um máximo desde janeiro deste ano.
Esta valorização do euro está mais relacionada com a depreciação do dólar norte-americano, do que por algum outro fator.
Petróleo perde fôlego com possível aumento de produção do Irão
Os preços do petróleo estão a recuar nesta manhã, depois de ter atingido o maior ganho de dois dias desde março deste ano, com o aumento da oferta em cima da mesa por parte do Irão a ofuscar, para já, as melhores perspetivas para a procura.
O Brent, que serve de referência para Portugal, está a perder 0,38% para os 68,20 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) está a cair 0,44% para os 65,67 dólares por barril.
As negociações entre o Irão e as restantes potências mundiais vão continuar esta semana em Viena, na Aústria, e devem ser concluídas com a remoção das sanções dos EUA sobre a produção de petróleo iraniano.
Mas o mercado será capaz de absorver a nova oferta, uma vez que se espera uma recuperação em força da procura, de acordo com os analistas do Goldman Sachs.
Europa avança para máximos históricos à boleia da Fed
As ações europeias estão a valorizar nesta terça-feira à boleia dos comentários de ontem de vários membros da Reserva Federal dos EUA, que disseram que a atual subida de preços no país será temporária e não veio para ficar.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores empresas da região - está a valorizar 0,35% para os 446,60 pontos, tendo estado já a negociar em máximos históricos, num dia em que várias praças do "velho continente" regressam à negociação, depois de uma pausa para feriado.
As ações estão a subir depois de vários líderes de vários bancos centrais da Fed terem dito que esperam que as pressões de preços atuais sejam transitórias, em vez de duradouras, e que é um processo normal, tendo em conta a força da atual recuperação económica.
Os mercados de ações têm estado muito voláteis em maio deste ano, oscilando entre as preocupações dos investidores com a inflação mais rápida e o ressurgimento da covid-19 em partes da Ásia.
O índice DAX, da Alemanha, está a liderar os ganhos na região com uma subida de cerca de 1%, numa manhã marcada pelo disparo de 16% da Deutsche Wohnen, depois da rival Vonovia ter concordado em comprá-la por 19 mil milhões de euros.
Futuros em alta animados com comentários da Fed sobre a inflação
Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a negociar em alta nesta terça-feira, animados com os comentários da Reserva Federal dos EUA sobre a inflação e com o otimismo que se vive no setor tecnológico.
Por esta altura, os futuros do Euro Stoxx 50 ganham 0,1% e os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 0,2%. Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática pintou-se de "verde", com Hong Kong e China a valorizaram quase 2%.
Os comentários dos elementos do banco central dos EUA deram força aos mercados, depois de os responsáveis terem dito que esperam uma subida da inflação transitória em vez de uma subida de preços duradoura.
Lael Brainard, Raphael Bostic e James Bullard disseram que não ficariam surpreendidos em ver uma escassez de oferta que venha a impulsionar os preços nos próximos meses, mas que a subida deverá ser temporária.