Notícia
Bolsas sobem para máximos de mais um ano. Petróleo cede com recuos nas vacinas
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Stoxx600 avança para máximos de mais de um ano
O índice de referência europeu ganhou 0,88% para 426,82 pontos num dia em que avançou para a cotação mais alta desde 21 de fevereiro do ano passado. O Stoxx600 liderou os ganhos no continente europeu, sendo só suplantado pela valorização superior a 1% conseguida pela bolsa grega de Atenas.
As subidas dos setores automóvel e imobiliários foram as que mais impulsionaram a negociação bolsista na Europa, mas também os setores tecnológico, industrial e do retalho contribuíram para as subidas generalizadas observadas no velho continente. Já a queda do setor petrolífero travou maiores ganhos na Europa.
O índice lisboeta PSI-20 transacionou em linha com as principais congéneres europeias e fechou a apreciar 0,36% para 4.835,17 ponto, sobretudo apoiado pelas subidas da Nos (+3,37%) e da EDP e EDP Renováveis, ambas com subidas em torno de 1,70%.
Apesar do maior pessimismo decorrente dos atrasos nos processos de vacinação europeus, sobretudo agora que países como França e Alemanha, assim como Portugal, suspenderam a administração das vacinas da AstraZeneca, os investidores optaram por centrar o foco nas agora melhores perspetiva de uma retoma económica robusta na Zona Euro.
Alemanha escapa à subida dos juros na Zona Euro
Os juros da dívida soberana dos países do euro estão a subir, à exceção da Alemanha, que regista uma queda ligeira de 0,3 pontos na yield a dez anos, para -0,339%.
Em Portugal, os juros a dez anos avançam 1,9 pontos para 0,192% enquanto em Itália, no mesmo prazo, a subida é de 2,7 pontos para 0,623%.
Dólar sobe pelo terceiro dia
O dólar está a valorizar pela terceira sessão consecutiva, numa altura em que os investidores aguardam pela conclusão da reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, estra quarta-feira. O banco central divulgará novas projeções económicas e para as taxas de juro, indicações fundamentais para o mercado, quando se especula que o crescimento irá acelerar a inflação e, consequentemente, a subida das taxas.
O índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres valoriza 0,09%.
Ouro sobe ligeiramente com alívio dos juros e à espera da Fed
Os preços do metal amarelo estão a negociar em ligeira alta, numa altura em que os juros da dívida pública nos EUA voltaram a desagravar e enquanto os investidores aguardam com expectativa o desfecho da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana, que começou hoje.
O ouro a pronto (spot) segue a somar 0,2% para 1.735,44 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam também 0,2%, para 1.732,90 dólares por onça.
O metal precioso segue assim em terreno positivo, mas com subidas muito ligeiras, enquanto os investidores esperam por pistas que possam sair, amanhã, da reunião de dois dias da Fed.
O ouro está a encontrar algum suporte no ligeiro alívio dos juros da dívida pública nos EUA (que na passada sexta-feira dispararam para máximos de 6 fevereiro do ano passado, nos 1,641% [maturidade a 10 anos]).
As "yields" das obrigações do Tesouro nos EUA têm estado a subir devido aos receios de que um eventual aumento da inflação possa levar a Fed a subir os juros diretores mais cedo do que se espera, pelo que as indicações do banco central esta semana são aguardadas com expectativa.
Embora o ouro seja considerado uma boa cobertura contra a inflação (que se antevê com os novos estímulos à economia nos EUA, aprovados na semana passada), a subida dos juros da dívida tem ameaçado esse estatuto, dado que aumenta o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.
"A fraca recuperação do ouro nos últimos dias enfrenta um novo desafio com a reunião de amanhã da Fed. Os investidores não estão à procura da decisão da taxa atual, o que parece óbvio, mas sim de quaisquer previsões de política monetária, de forma a antecipar em que nível estarão as taxas de juro em 2022 e 2023", sublinha Carlo Alberto de Casa, analista chefe da ActivTrades, na sua análise diária.
"Estas expectativas provavelmente vão ter um impacto significativo no ouro, enquanto os investidores tentam entender quão real é o risco de inflação e qual será a provável reação da Fed. Como resultado, o ouro está num modo de ‘esperar para ver’", acrescenta.
Segundo Carlo Alberto de Casa, "um movimento claro acima dos $1.740 forneceria o primeiro sinal positivo, enquanto uma nova queda abaixo dos $1.700 posicionaria o ouro novamente na zona de perigo. Dito isto, temos visto até agora que, assim que o preço cai abaixo desse limite principal, os compradores ganham vida e fornecem suporte ao preço do ouro".
Edward Moya, analista de mercados da Oanda, comentou à Reuters que o ouro poderá já ter atingido o fundo, mas que o grande risco é a Fed. "Se a Fed não fizer recuar os juros da dívida, poderemos voltar a ver um movimento de vendas de pânico no ouro", considera.
Espera-se que a Fed reitere o seu compromisso de manter os juros diretores em torno de zero até que a economia atinja o pleno emprego.
Petróleo recua com reveses da vacina da AstraZeneca
O "ouro negro" segue a ceder terreno, pela terceira sessão consecutiva, desta vez pressionado sobretudo pelo facto de vários países terem decidido suspender a administração da vacina da AstraZeneca.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em abril cede 1,38% para 64,49 dólares.
Já o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,83% para 68,31 dólares.
Portugal, Alemanha, França, Espanha, Itália, Dinamarca, Irlanda, Holanda, Noruega e outros países europeus e do resto do mundo (como a Tailândia e o Congo) anunciaram a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford contra a covid-19, o que ameaça a retoma da procura por combustível, uma vez que haverá atrasos nos processos de vacinação e, consequentemente, na reabertura total das economias.
A suspensão da administração da vacina deve-se a potenciais efeitos secundários perigosos, depois dos relatos de surgimento de coágulos sanguíneos após a sua toma.
Bolsas dos Estados Unidos em alta à espera da Fed
Os principais índices dos Estados Unidos abriram em alta, prolongando os ganhos da sessão europeia, numa altura em que o optimismo dos investidores em relação à recuperação da economia se sobrepõe aos contratempos com a vacina da AstraZeneca e aos atrasos nas campanhas de vacinação.
O índice tecnológico Nasdaq sobe 0,43% para 13.517,43 pontos enquanto o S&P500 avança 0,08% para 3.971,08 pontos. Já o Dow Jones contraria a tendência com uma queda ligeira de 0,04% para 32.933,42 pontos.
Esta evolução positiva acontece apesar dos dados dececionantes sobre as vendas a retalho no país. De acordo com os dados divulgados antes da abertura do mercado, as vendas a retalho desceram 2,2% em fevereiro, face ao mês anterior, quando as estimativas apontavam para um decréscimo mais ligeiro, de apenas 0,3%.
A atenção dos investidores vira-se agora para a comunicação da Reserva Federal dos Estados Unidos, na quarta-feira, que incluirá novas projeções económicas e para os juros.
"Fundamentalmente, o foco estará na recuperação do crescimento nos próximos meses e se a macropolítica - tanto orçamental como monetária - continuará a apoiar", disse Cecilia Chan, diretora de investimentos para Ásia-Pacífico do HSBC Asset Management, em declarações à Bloomberg TV .
Ouro estável a aguardar por desenvolvimentos da Fed
O ouro segue a negociar de forma estável pelo segundo dia, com os investidores a aguardarem pela reunião de dois dias da Reserva Federal, que deverá reafirmar a sua postura "dovish".
O presidente da Fed, Jerome Powell, terá de defender a sua perspetiva acomodatícia de política monetária, a meio da recuperação económica que tem ganhado força e acelerado os receios de uma subida espontânea na inflação.
O ouro está por esta altura a negociar de forma inalterada nos 1.731,75 dólares por onça.
Dólar continua a ganhar força face ao euro, mas perde com a libra
O euro está a perder novamente força face ao dólar dos Estados Unidos, com o desenrolar do plano de vacinação contra a covid-19 a ser mais prejudicial para as moedas do "velho contienente", de acordo com analistas.
Há vantagem para o dólar nesta "dinâmica da vacinação", uma vez que défice comercial dos EUA não vai aumentar tão rapidamente quanto previsto, com outros países a serem relativamente mais lentos a abrir totalmente as suas economias no pós-pandemia, disse Rishi Mishra, analista da Futures First, citada pela Bloomberg.
Por esta altura, o euro perde 0,2% para os 1,1927 dólares e a libra esterlina avança 0,6% para os 1,3817 dólares.
Juros da Zona Euro continuam a cair ainda sob o efeito BCE
Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão hoje novamente em queda, à exceção de Itália, com o número crescente de casos de covid-19 em alguns países da região e ainda sob o efeito da reunião do Banco Central Europeu na semana passada.
A "yield" do Bund alemão está a recuar 0,7 pontos base para os -0,343%, enquanto que os juros de Portugal e Espanha seguem a mesma tendência ao perderem 0,5 pontos base para os 0,169% e 0,287%, respetivamente.
As possíveis consequências com o aumento de casos de covid-19 e a suspensão da vacinação com o antídoto da farmacêutica AstraZeneca podem apresentar-se como um problema para a recuperação económica, levando alguns investidores a refugiarem-se no mercado de dívida, considerado mais seguro do que o de ações.
Em Itália, os juros da dívida assumem uma postura contrária aos pares da região e sobem 0,7 pontos base para os 0,603%.
Europa ignora suspensão de vacinas da AstraZeneca e aposta na recuperação económica
As ações europeias estão a negociar em alta com os investidores a ultrapassarem a questão da suspensão das vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca, focando-se na recuperação económica que se augura para a região.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa - está a ganhar 0,48% para os 425,12 pontos, com os setores da banca e automóvel a liderarem os ganhos, seguidos de perto pelas empresas de tecnologia.
Ontem, o Governo alemão informou que suspendia a administração da vacina para a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca, na sequência de novos relatos de coágulos perigosos na corrente sanguínea relacionados com a vacina.
Pouco depois, seguiram-se as mesmas confirmações da parte de França e Itália. A última, chegou da parte de Espanha.
As atenções continuam voltadas para a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, com os investidores focados tanto nas previsões macroeconómicas, como nas decisões que serão tomadas para tentar conter a judia dos juros do Tesouro que ontem tocaram novamente em máximos de mais de um ano.
Petróleo cai pelo terceiro dia com dólar forte a penalizar
Os preços do petróleo estão a cair pela terceira sessão consecutiva penalizados pela recente apreciação do dólar norte-americano.
O Brent - negociado em Londres e que serve de referência para Portugal - está hoje a perder 0,81% para os 68,37 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) desliza 0,8% para os 64,87 dólares.
O dólar mais forte está a pressionar os preço desta matéria-prima, uma vez que a torna mais cara para regiões regidas por outras moedas menos valiosas.
Apesar do recente recuo, os preços do petróleo continuam a caminho do seu quarto ganho trimestral consecutivo, numa altura em que o plano de vacinação e as projeções de recuperação económica aumentam a procura pela matéria-prima.
Futuros da Europa sorriem antes de encontro da Fed
Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a negociar de forma positiva na pré-abertura de sessão desta terça-feira, depois de o otimismo acerca da recuperação económica ter levado os índices de Wall Street a máximos históricos.
As atenções continuam voltadas para a reunião de dois dias de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos, com os investidores focados tanto nas previsões macroeconómicas, como nas decisões que serão tomadas para tentar conter a judia dos juros do Tesouro que ontem tocaram novamente em máximos de mais de um ano.
Por esta altura, os futuros do Stoxx 50 - índice que reúne as 50 maiores cotadas da região - avançam 0,3%, enquanto que os futuros do norte-americano S&P 500 avançam 0,1%, depois de o índice ter renovado novos máximos ontem.
Durante a madrugada em Lisboa, a sessão asiática fez-se também de forma positiva com os ganhos a registarem-se no Japão (0,7%), na China (0,8%) e em Hong Kong (0,6%).
No mercado de dívida, os juros do Tesouro nos Estados Unidos aliviaram depois de terem tocado em máximos de mais de um ano ontem, levando a "yield" da Austrália também para uma queda.