Notícia
Europa ganha ligeiramente mas petróleo dispara 5% com manutenção de cortes na mira
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Juros dos Estados Unidos aliviam
Os juros das obrigações do Tesouro norte-americanas estão a aliviar pela terceira sessão, recuando 0,2 pontos base para os 1,621%, distanciando-se dos 1,723% com que fecharam a semana passada. Desta forma, os investidores começam a respirar fundo, já que o rally destes juros estava a travar o otimismo dos mercados.
Em Portugal a tendência é semelhante, e prolonga-se há quatro sessões consecutivas. Hoje, os juros da dívida a dez anos recuam 1,2 pontos base para 0,158%. Na referência europeia, a Alemanha, o alívio é precisamente na mesma medida, os 1,2 pontos base, para os -0,354%.
Europa ténue no verde iluminada por acalmia nos juros dos EUA
A Europa aguentou-se no verde, embora pouco acima da linha de água, numa altura em que o rally dos juros do Tesouro norte-americano parece ter acalmado, o que deixou os investidores mais confortáveis.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, o Stoxx600, avançou uns muito ligeiros 0,04% para os 423,50 pontos, num dia em que as principais praças se dividiram mas que, na sua maioria, escolheram o verde. O setor automóvel foi o que mais perdeu, mas as cotadas do petróleo e gás contrariam fortemente.
Madrid, Atenas e Amesterdão ainda superaram a fasquia dos 0,5% mas Paris e Milão foram mais humildes, e as praças portuguesa e alemã acabaram mesmo por resvalar.
Petróleo dispara com expectativa de manutenção de cortes da OPEP+
O "ouro negro" segue em alta, apesar do aumento dos stocks norte-americanos de crude, devido ao facto de se esperar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) mantenha a decisão de não abrir as torneiras.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em abril avança 4,81% para 60,54 dólares.
Já o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 5,2% para 63,95 dólares.
Apesar de as reservas norte-americanas de crude terem aumentado em 1,9 milhões de barris na semana passada, para 502,7 milhões de barris, quando os analistas apenas esperavam uma subida de 272.000 barris, o esforço de corte da oferta da OPEP+ está a animar o mercado.
Com os preços do petróleo a subirem no início deste ano, a OPEP+ estava a contar poder em breve reduzir o seu esforço de retirada de crude do mercado, mas, com os novos confinamentos na Europa, isso não deve estar para um futuro próximo.
As cotações do Brent, que chegaram a atingir os 71 dólares este mês (o valor mais alto desde o início da pandemia), rondam agora os 63 dólares, pelo que a decisão dos sauditas de complementarem o corte da OPEP+ com uma retirada unilateral adicional está a revelar-se ajuizada, refere a Reuters.
Além do menor consumo decorrente dos confinamentos, outro motivo para cautela é o aumento das exportações iranianas, que também tem pesado nos preços. Teerão conseguiu aumentar as suas vendas para fora nos últimos meses, apesar das sanções de que é alvo por parte dos EUA.
Recorde-se que há três membros da OPEP isentos do esforço de corte da produção devido aos apuros com que as suas economias se deparam. São eles o Irão, a Líbia e a Venezuela.
Quatro fontes da OPEP+ disseram à Reuters que esperam na reunião de 1 de abril uma decisão similar à do início deste mês, quando o cartel e seus aliados anunciaram a manutenção das suas quotas de produção – apenas com a Rússia e o Cazaquistão a procederem a um modesto aumento agregado de 150.000 barris por dia, mais do que compensado pela retirada adicional de um milhão de barris diários do mercado por parte de Riade.
Outro fator que está a sustentar os preços do petróleo está no navio porta-contentores que encalhou no Canal do Suez – o que deixa recear que o incidente perturbe as entregas de crude.
Ouro regressa aos ganhos após duas sessões no vermelho
O metal precioso recuperou na sessão desta quarta-feira, depois de duas sessões consecutivas a perder força.
Por detrás desta recuperação ligeira está o discurso de ontem de Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos EUA, e de Janet Yellen, secretária do Tesouro do país, que injetaram confiança novamente junto dos investidores na economia do país.
Hoje, o metal precioso valorizou 0,20% para os 1.736,52 dólares por onça.
Euro e libra perdem fôlego face ao dólar. Lira turca respira
As duas principais moedas da Europa estão a perder novamente força face ao rival dólar norte-americano, registanto, até ao momento, uma queda semanal.
O euro está a depreciar 0,16% para os 1,1830 dólares e a libra esterlina cai 0,25%, para 1,3715 dólares.
Por outro lado, a lira turca - que tem estado debaixo de fogo depois da demissão do governador do banco central, Naci Agbal - está hoje a recuperar 0,26% para os 0,12617 dólares.
Nos últimos dois dias, esta divisa chegou a cair mais de 15%.
Wall Street animada por estabilização nas taxas de juro
A bolsa nova-iorquina está a subir, numa altura em que os investidores são reconfortados por uma acalmia no rally das taxas de juro do Tesouro norte-americano.
O generalista S&P500 avança 0,45% para os 3.928,00 pontos, o tecnológico Nasdaq sobe 0,38% para os 13.277,66 pontos e o industrial Dow Jones soma 0,49% para os 32.583,49 pontos.
A estabilização nas taxas de juro do Tesouro norte-americano estão a ajudar à recuperação do apetite. A confortar estão também as indicações dadas pelo presidente da Fed, Jerome Powell, que aponta para que o banco central não se sinta pressionado com eventuais aumentos nos preços, afastando o cenário de uma postura menos branda. Esta quarta e quinta-feira há leilões de dívida soberana nos Estados Unidos, que serão acompanhados de perto pelos investidores.
A Caterpillar, que é tomada como um termómetro das expetativas quanto à economia americana na medida em que se dedica a suportar a indústria com materiais, está a avançar em força 2,20% para os 223,06 dólares.
Bolsas descem com receios de novos confinamentos e subida de casos
As bolsas europeias estão em queda pela segunda sessão consecutiva, penalizadas pelos receios em torno do ritmo de vacinação e do aumento de novos casos de covid-19 em várias regiões, que obrigaram a novas medidas de restrição em países como a Alemanha, França e Itália.
O novo aperto das medidas, juntamente com as dificuldades na vacinação, põem em causa as expectativas de reabertura das economias e do ritmo da recuperação, e estão a contribuir hoje para o sentimento negativo nos mercados.
À exceção das praças de Atenas e Amesterdão, as bolsas europeias seguem todas com sinal negativo, com o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, a perder 0,13% para 422,74 pontos.
Os setores da banca e das telecomunicações são os que mais pressionam, com descidas em torno de 1%, numa altura em que também a energia está com sinal negativo, depois de o petróleo ter acumulado uma queda de cerca de 12% em menos de duas semanas.
Por cá, o PSI-20 desliza 0,85% para 4.836,60 pontos, com 16 das 18 cotadas em queda. Nesta altura, só a Mota-Engil e a Galp Energia escapam às descidas.
Juros descem com subida do apetite pelas obrigações soberanas
O movimento de fuga ao risco está a aumentar o apetite pelas obrigações soberanas dos países do euro, que seguem em alta e, consequentemente, os juros em queda.
Em Portugal, a yield das obrigações a dez anos desce 1,5 pontos para 0,152%, enquanto na Alemanha, no mesmo prazo, a queda é de 1,8 pontos para -0,362%. Em Espanha, os juros da dívida a dez anos recuam 1,6 pontos para 0,274% e em Itália caem 0,9 pontos para 0,590%.
Ouro em alta após dois dias de perdas
O ouro está a valorizar depois de duas sessões consecutivas de quedas, com os investidores a digerirem os mais recentes comentários da Fed sobre a inflação, num contexto de preocupações sobre a recuperação da economia.
Jerome Powell disse ontem que os preços vão subir este ano à medida que a crise sanitária melhora e que os americanos voltam a sair de casa e a gastar, mas minimizou o risco de esse movimento gerar uma inflação indesejada. Powell compareceu no Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes juntamente com a secretária do Tesouro, Janet Yellen, como parte da supervisão do Congresso da resposta do governo à pandemia.
Ambos os responsáveis irão testemunhar novamente esta quarta-feira perante o Comité Bancário do Senado.
Nesta altura, o ouro avança 0,22% para 1.730,97 dólares.
Dólar sobe com aumento da fuga ao risco
O dólar dos Estados Unidos está a valorizar pela segunda sessão consecutiva, beneficiando do seu estatuto de ativo de refúgio, numa altura em que a degradação das expectativas para a reabertura das economias está a levar os investidores a fugirem dos investimentos de maior risco.
A contribuir para este movimento está também a turbulência nos mercados financeiros da Turquia, que ajudou a divisa dos Estados Unidos a saltar para máximos de duas semanas.
"As preocupações com a evolução das infeções por covid-19 e os potenciais riscos de a Turquia afetar outras moedas emergentes" estão a pesar sobre o sentimento de risco, afirma Masafumi Yamamoto, estrategista-chefe de câmbio da Mizuho Securities, em Tóquio.
Nesta altura, o índice que mede a evolução do dólar face às principais congéneres europeias sobe 0,18%, enquanto o euro desce 0,25% para 1,1820 dólares.
Petróleo recupera após selloff
O petróleo está hoje em alta nos mercados internacionais, com os investidores a avaliarem os potenciais impactos nos fluxos globais depois de um navio ter encalhado e bloqueado o Canal do Suez.
Esta subida acontece também depois de os preços da matéria-prima terem atingido ontem o nível mais baixo desde o início de fevereiro, penalizados por uma série de fatores entre os quais as perspetivas mais fracas para a procura.
Em londres, o Brent sobe 1,40% para 61,64 dólares, enquanto em Nova Iorque o crude valoriza 1,42% para 58,58 dólares, depois de ter baixado ontem os 60 dólares e acumulado uma descida de mais de 12% em menos de duas semanas.
A contribuir para o sentimento negativo estão ainda indicações de que os inventários de crude nos Estados Unidos voltaram a aumentar. O Instituto do Petróleo Americano informou que as reservas subiram em quase 3 milhões de barris na semana passada, uma tendência que poderá ser confirmada pelos dados de hoje da Administração de Informação de Energia dos EUA.
Subida de casos e mortes por covid penaliza ações
Os futuros das ações da Europa e dos Estados Unidos estão em queda esta quarta-feira, 24 de março, pressionados pelos receios dos investidores em relação ao ritmo de recuperação da economia. Isto numa altura em que vários países da Europa, como a Alemanha, França e Itália estão a apertar novamente as medidas de restrição para conter os contágios perante um aumento do número de novos casos.
A Grécia atingiu um novo máximo de contágios desde o início da pandemia, enquanto o Brasil superou pela primeira vez os 3 mil mortos em 24 horas.
O líder da Organização Mundial de Saúde afirmou que o recente aumento do número de casos e mortes é uma "tendência verdadeiramente preocupante".
Ao mesmo tempo, o governo dos EUA está a planear mais medidas para estimular o crescimento, o que poderá alimentar a subida da inflação e dos juros.
"Temos muita inovação a acontecer, avanços incríveis na tecnologia de saúde, um desenvolvimento rápido de vacinas", afirmou Dune Thorne, sócia da Brown Advisory na Bloomberg TV. "Mas, ao mesmo tempo, há riscos em torno inflação e do aumento dos juros e o impacto que isso terá sobre as ações".
Nesta altura, os futuros do Euro Stoxx 50 descem 0,6%, enquanto os do S&P 500 seguem com uma descida ligeira de 0,1%.
Na sessão asiática, o japonês Topix caiu 2,2%, o sul-coreano Kospi perdeu 0,3%, o chinês CSI 300 Index desceu 1,8% e o Hang Seng de Hong Kong deslizou 2,3%.