Notícia
Europa cheira novos máximos históricos à boleia de resultados. Petróleo na "linha de água"
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Orçamento do Estado e crise política pressionam juros da dívida portuguesa
Os juros da dívida soberana estão a subir nos principais países da Zona Euro, com destaque para as yelds de Itália e de Portugal, com um desempenho inferior à dos pares.
Roma regista uma subida de 3,1 pontos base para os 0,994%. Lisboa os juros a dez anos sobem 1,2 para os 0,412%.
Os juros da dívida portuguesa estão a ser pressionados pela crise política provocada pela dúvida em relação à aprovação ou não do orçamento do Estado para 2022. Aman Bansal, analista do Citigroup, recomenda vender os títulos a cinco anos caso o Governo ceda às exigências da esquerda, "o que vai fazer aumentar o défice", indica uma nota citada pela Bloomberg.
Entretanto amanhã o Tesouro vai recomprar títulos de dívida que vencem em 2023 e 2024, em troca de obrigações com maturidade em 2021 e 2052.
Quanto ao resto dos países, as bonds germânicas, de referência para o continente europeu, descem 0,3 pontos base, para os -0,121%. Já os juros espanhois sobem 1,2 pontos para os 0,521%.
Bolsas europeias perto de máximos histórico com indústria a dar gás
As bolsas europeias terminaram a sessão de hoje perto dos resultados positivos históricos atingidos em agosto, impulsionados por resultados de empresas.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores empresas sediadas na Europa - terminou o dia com um ganho de 0,8% para os 475,75 pontos, ligeiramente abaixo do recorde de 475,83 pontos atingidos em agosto deste ano.
Os setores industriais tiveram um dia "no verde", bem como o setor do lazer e turismo.
A Reckitt Benckiser Group disparou depois de ter apresentado resultados acima do previsto e melhorado as perspetivas para o final do ano. O mesmo aconteceu com a Novartis e o UBS. Já a Orange perdeu pelos motivos opostos.
Metais preciosos corrigem dos ganhos recentes. Dólar sobe
Os principais metais preciosos estão esta tarde a desvalorizar, a corrigir dos ganhos recentes, liderados pela prata que bateu na semana passada o nível mais alto desde o início de setembro.
Esta tarde, o ouro cai 1,07%, com a onça a valer 1788,41 dólares. Já a prata tem uma descida mais acentuada, de 2,37%, para os 24,01 dólares.
A mudança no sentido das negociaçãos ocorre, como habitual, numa altura em que o dólar começa a subir. A divisa norte-americana está a valorizar frente a um cabaz de moedas estrangeiras, avançando 0,12% frente ao euro e 0,44% em relação ao iéne japonês.
O dólar tem ainda uma ligeira subida, de 0,02%, para o franco suíço e o dólar de Hong Kong. Contudo cai 0,12% no confronto com a libra esterlina.
Petróleo abranda escalada e regista ganhos ligeiros
Depois de ontem o barril de crude ter realizado uma escalada de preços até tocar máximos de vários anos, esta terça-feira os ânimos estão mais refreados e o petróleo regista apenas ganhos ligeiros, tendo estado praticamente inalterado na primeira parte do dia.
Há pouco, o Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, subia 0,08% para os 86,06 dólares por barril e o WTI, negociado no mercado norte-americano, valorizava 0,10% para 83,84 dólares.
A pressionar os preços do crude continuam os constragimentos na produção, com os principais fornecedores de petróleo a não quererem aumentar a disponibilidade de barris, e a indicar níveis de reserva muito baixos.
A somar a tudo isto, na Europa, prevê-se um inverno rigoroso, com o Eurostat a divulgar que o petróleo continua a ser a matéria-prima de referência para o consumo de energia no bloco europeu.
Época de resultados trimestrais confere novos recordes a Wall Street
A "earnings season" continua a animar os três principais índices norte-americanos, que deram o pontapé de saída da sessão desta terça-feira com tons de verde.
Com várias cotadas a apresentarem resultados trimestrais acima das estimativas dos analistas, os investidores estão a reagir com otimismo ao calendário de resultados. O industrial Dow Jones renovou máximos, ao avançar 0,24% para 35.828,07 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq regista ganhos de 0,68%, avançando para 15.329,74 pontos, num dia em que as gigantes Alphabet e Microsoft apresentam resultados após o fecho do mercado. No trimestre passado tanto a dona da Google como a Microsoft viram os lucros subir significativamente. Também o Twitter revelará resultados esta terça-feira.
O S&P 500 avança 0,46% no arranque, para 4.587,66 pontos. Segundo as contas da Refinitiv, das 119 companhias do S&P 500 que apresentaram resultados, 83% das empresas bateram as estimativas dos analistas no trimestre.
PSI-20 em queda ligeira contraria ganhos das praças europeias
As praças europeias estão a negociar em terreno positivo, à exceção da bolsa de Lisboa, que regista uma queda ligeira nesta altura.
O Stoxx 600, o índice europeu que agrupa as 600 maiores cotadas do continente, está a valorizar 0,43% para 474,22 pontos, com a grande maioria das cotadas em alta, animadas pela época de resultados do terceiro trimestre.
Esta terça-feira foi a vez de cotadas como o banco suíço UBS apresentar resultados, com as ações a reagir em alta em alta ao melhor trimestre da instituição financeira desde 2015. O lucro do banco no trimestre foi de 1.964 milhões de euros, ultrapassando as estimativas dos analistas.
Também a Novartis apresentou resultados antes da abertura do mercado, apresentando lucros de 2.758 milhões de dólares.
O setor do retalho está a liderar os ganhos no Stoxx 600, com ganhos cima de 1%. Com a maioria dos setores em terreno positivo, os setores da banca, telecomunicações, automóvel e recursos naturais estão em queda.
O índice espanhol IBEX avança 0,81%, o alemão DAX ganha 0,66%, o CAC 40 aprecia 0,59%, o FTSE ganha 0,39% e a bolsa de Amesterdão avança 0,38%.
Juros da dívida em nova subida na Europa
Os juros da dívida soberana estão de regresso às subidas, numa altura em que a reunião do Banco Central Europeu sobre política monetária se aproxima.
As "bunds" germânicas, vistas como a referência na Zona Euro, estão a subir 0,8 pontos base esta manhã, para -0,110%. Já nos juros da dívida italiana a subida é mais expressiva, neste caso de 1,2 pontos base para 0,975%, já próximo do máximo de três meses (0,997%).
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola registam uma subida de 1,2 pontos base, para 0,20%. Já em Portugal os juros com maturidade a dez anos estão a subir 0,9 pontos base para 0,372%.
Petróleo com alterações ligeiras e a caminhar para ganhos em outubro
O petróleo está a negociar com alterações ligeiras esta manhã, numa altura em que o "ouro negro" está a caminhar para ganhos ao longo do mês de outubro, de acordo com a agência Bloomberg.
O West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, está a ceder 0,11% para 83,67 dólares por barril.
Já o brent do mar do Norte, negociado em Londres e que serve de referência ao mercado português, está a negociar inalterado, com o barril nos 85,99 dólares.
Os investidores continuam de olhos postos na produção disponível para responder ao mercado, numa altura em que os inventários de petróleo nos Estados Unidos continuam a recuar e a OPEP e os seus aliados mantém uma mão firme na produção.
Euro perde terreno para rival norte-americano
A moeda única europeia está a perder terreno face ao rival norte-americano pela segunda sessão, nesta altura a desvalorizar 0,09% para 1,1597 dólares.
A libra esterlina mantém-se estável perante o dólar, nos 1,3765 dólares.
Já a nota verde está a avançar 0,14% perante um cabaz de divisas rivais
Ouro de regresso ao vermelho após cinco sessões de ganhos
O ouro está a negociar em terreno negativo, colocando em pausa as cinco sessões consecutivas de ganhos iniciada na semana passada.
Ainda assim, mesmo com uma desvalorização de 0,3% esta manhã, o ouro continua a negociar acima da fasquia dos 1.800 dólares, mais concretamente nos 1.802,22 dólares por onça.
Este metal precioso regressou a valores acima dos 1.800 dólares por onça esta segunda-feira, depois de avançar mais de 0,8% na sessão.
Investidores de olho na época de resultados
Os futuros da Europa apontam para um arranque em terreno positivo, numa altura em que os investidores estão de olhos postos na época da apresentação de contas do terceiro trimestre. Na agenda desta terça-feira estão as contas de empresas como a farmacêutica Novartis, a Thales ou a Covestro.
Do outro lado do Atlântico, as atenções estão viradas para as gigantes tecnológicas, com a Alphabet, dona da Google, e a Microsoft a revelarem os resultados entre julho e setembro, após o fecho de Wall Street.
A Tesla foi uma das empresas em destaque na sessão desta segunda-feira, num dia em que os índices norte-americanos registaram novos máximos, após entrar para o restrito clube das empresas que ultrapassaram a marca de um bilião de dólares de capitalização bolsista. A empresa de Elon Musk recebeu uma encomenda de 100 mil veículos da empresa de rent-a-car Hertz.
O voto de confiança conferido à fabricante norte-americana de carros elétricos, num investimento que poderá cifrar-se em 4,4 mil milhões de dólares, estendeu-se à sessão desta terça-feira na Ásia, com as empresas ligadas à área das baterias na região a reagir em alta ao anúncio.
No Japão, o índice Nikkei fechou com ganhos de 1,77% e o Topix de 1,15%. Em Xangai, foi registada uma desvalorização de 0,4% e o Hang Seng de Hong Kong cedeu 0,71%.