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Ao minuto17.12.2024

Bancos e petrolíferas penalizam Europa. Bolsa de Paris escapa

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta terça-feira.

Kamil Zihnioglu/AP
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17.12.2024

Bancos e petrolíferas penalizam Europa. Bolsa de Paris escapa

Os principais índices europeus encerraram maioritariamente em queda, pressionados pela incerteza política em França e na Alemanha, com os investidores ainda atentos aos números finais da inflação na Zona Euro em novembro e uma decisão de política monetária pela Reserva Federal amanhã.

O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perdeu 0,42% para 513,66 pontos, assinalando perdas pela quarta sessão consecutiva. Entre os setores que registaram as maiores perdas esteve o da banca, das telecomunicações e de petróleo e gás, que foi penalizado pela descida dos preços do petróleo.

Entre os principais movimentos de mercado, a Airbus avançou 0,43%, depois de o Deutsche Bank ter revisto em alta a recomendação para as ações da empresa de "manter" para "comprar". Já a britânica Bunzl caiu quase 6%, depois de a distribuidora de material de escritório ter afirmado que a deflação vai ter impacto nos lucros anuais da empresa, principalmente na sua divisão da Europa Continental.

Já a Universal Music subiu mais de 2%, após ter anunciado a venda da sua unidade de música indie, a Downtown Music Holdings, à Virgin por 775 milhões de dólares.

Numa sessão negativa para a generalidade das praças europeias, o CAC-40 sobreviveu ao avançar 0,12% impulsionado pela Sanofi, Hermès e L'Oreal que avançaram mais de 1%. Ontem o índice parisiense foi o que registou a queda de maior dimensão entre as congéneres europeias, de 0,71%, num dia em que a juntar-se à revisão em baixa da Moody's novos dados mostraram que a atividade do setor empresarial tinha afundado pelo quarto mês consecutivo.

Entre os restantes índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cedeu 0,33%, o italiano FTSEMIB recuou 1,22%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,81% e o espanhol IBEX 35 caiu 1,62%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,2%.

17.12.2024

Prémio das Gilts britânicas face às Bunds alemãs encerra em máximos de 1990

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta terça-feira, com os investidores a optarem por ativos mais seguros, com as principais praças europeias no vermelho.

Em destaque esteve o "spread" dos juros da dívida britânica a 10 anos e as "yields" da dívida alemã na mesma maturidade, referência para a Europa, terminou em máximos desde as primeiras semanas da reunificação alemã, em 1990, ao chegar aos 229,2 pontos base na sessão.

Os juros das Gilts britânicas a dez anos agravaram-se 8,2 pontos base para 4,522%, enquanto a "yield" das Bunds alemãs aliviou 1,7 pontos base para 2,228%.

O mercado esteve hoje a reavaliar expectativas em relação ao ciclo de alívio da política monetária no próximo ano por parte do Banco de Inglaterra. Os salários no Reino Unido aceleraram - pela primeira vez em mais de um ano - 5,2% nos três meses até outubro, um valor que fica acima das expectativas dos analistas.

Desta forma, os investidores antecipam agora uma divergência entre a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deverá prosseguir a trajetória de redução das taxas diretoras, e a do Banco de Inglaterra.


Noutros países, os juros da dívida francesa perderam 1 ponto base para 3,031%, depois de o Banco de França ter revisto em baixa as perspetivas de crescimento económico para o próximo ano. Por sua vez, a "yield" da dívida italiana a dez anos cedeu 1,5 pontos base para 3,383%.

Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos aliviaram 0,7 pontos base para 2,718%. Já os juros da dívida espanhola recuaram 1,1 pontos para 2,921%.

17.12.2024

Receios de menor procura pressionam petróleo

Os preços do petróleo estão a desvalorizar quase 2%, ainda pressionados por sinais de menor consumo por parte do maior importador mundial de crude, a China, ao mesmo tempo que os investidores permanecem cautelosos antes de ser conhecida a última decisão de política monetária da Reserva Federal deste ano.

O contrato de fevereiro do barril do Brent, referência para a Europa, perde 1,66%, para 72,68 dólares por barril, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de janeiro do West Texas Intermediate (WTI) cai 1,87% para 69,39 dólares.

Além dos sinais menos animadores da China, os investidores podem estar ainda a realizar mais-valias face à valorização de mais de 6% dos dois índices na semana passada, disse à Reuters o analista Tony Scamore da IG.

17.12.2024

Demissão de ministra das Finanças atira moeda canadiana para minímos de 4 anos face ao dólar

O dólar está a negociar em alta ligeira esta terça-feira, depois de os números das vendas a retalho nos Estados Unidos acima do esperado terem renovado expectativas de que a Reserva Federal vá adotar uma narrativa e abordagem mais gradual à política monetária em 2025. No entanto, os mercados continuam a assumir uma forte probabilidade de o banco central norte-americano cortar juros amanhã.

O índice do dólar - que compara a força da "nota verde" contra divisas rivais - avança 0,03% para 106,892 dólares, ao passo que a moeda única europeia recua 0,09% para 1,0503 dólares.

Ainda do lado de lá do Atlântico, o dólar canadiano segue a perder 0,51% para 0,6985 dólares, depois de ter tocado mínimos de março de 2020 ainda durante a sessão de hoje. A pressionar a divisa esteve a demissão da ministra das Finanças, Chrystia Freeland, devido a divergências com o primeiro-ministro, Justin Trudeau, em como lidar com as tarifas de Trump. Trudeau já nomeou Dominic LeBlanc como substituto, um dos elementos da delegação canadiana que visitou a residência de Trump em Mar-a-Lago.

No Reino Unido, a libra continua em movimento de correção ao recuperar 0,24% para 1,2714 dólares, depois de ter atingido mínimos de 27 de novembro na sexta-feira passada, pressionada por uma economia em contração. Esta terça-feira os números relativos ao aumento dos salários, que subiram mais do que o esperado nos três meses até outubro, estão a dar nova força à moeda britânica.

17.12.2024

Dólar e "yields" em alta pressionam ouro

O ouro está a negociar em queda pressionado por um dólar mais forte e uma subida das "yields" do Tesouro norte-americano, com os investidores focados na última reunião de política monetária do ano, numa altura de crescentes expectativas de um abrandar do ritmo das descidas de juros em 2025.

Um cenário de taxas diretoras mais elevadas é um fator penalizador do metal amarelo que não rende juros, ao mesmo tempo que um dólar mais forte torna o metal mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira.

O ouro recua 0,55% para 2.638,08 dólares por onça.

Além da decisão de política monetária, o foco está ainda no "dot plot" - o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas futuras nos juros diretores e na atualização das projeções económicas que podem levar a uma reavaliação das estimativas da trajetória dos juros diretores em 2025 e 2026.

"A questão é se a Fed será mais 'hawkish' ou mais 'dovish' do que o que os mercados esperam agora. Por causa da agenda de Trump, os investidores esperam que a Fed seja mais cautelosa em termos de abertura a novos cortes das taxas nesta fase", afirmou à Reuters o analista Fawad Razaqzada da Forex.com.

17.12.2024

Vendas a retalho pressionam Wall Street. Dow Jones caminha para maior série de quedas desde 1978

O candidato republicano venceu as eleições nos Estados Unidos e em Wall Street o dia foi de recordes ao contrário das bolsas europeias.

Os principais índices norte-americanos abriram hoje em baixa ligeira, colocando o industrial Dow Jones a caminho da nona sessão consecutiva de perdas, naquela que poderá ser a maior série de quedas desde 1978. Isto depois de uma sessão em que o Nasdaq Composite alcançou um novo máximo histórico.

A penalizar o Dow Jones, que tem desvalorizado desde o início de dezembro, quando atingiu um recorde acima dos 45 mil pontos, tem estado uma rotação dos investidores de volta às cotadas do setor tecnológico, ao invés de outras empresas que beneficiaram de forma significativa da eleição de Donald Trump.

A penalizar a sessão desta terça-feira estão as vendas a retalho de novembro nos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado, e levantam questões relativamente à necessidade de um corte de juros pela Reserva Federal amanhã e colocam ainda mais dúvidas relativamente ao futuro da política monetária nos Estados Unidos em 2025.

O S&P 500 recua 0,35% para os 6.052,57 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cede 0,23% para 20.127,78 pontos, após ter alcançado um recorde ontem nos 20.204,58 pontos. Já o Dow Jones cai 0,61% para 43.452,85 pontos.

Além da decisão de política monetária da Fed esta quarta-feira, em foco vai estar também o discurso do presidente Jerome Powell, com o mercado à procura de pistas sobre o futuro dos juros diretores e a antecipar uma pausa em janeiro. Em cima da mesa estará também o  "dot plot" - o mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas futuras nos juros diretores.

"Embora esperemos que a Reserva Federal prossiga com um corte telegrafado de 25 pontos base na quarta-feira, uma vez que os dados recentes não foram suficientemente inflacionistas para mudar o rumo em dezembro, esperamos que o 'dot plot' e a orientação da Fed para 2025 sejam muito mais 'hawkish', sugerindo uma moderação no ritmo de cortes das taxas para 2025", explicou à CNBC Chris Brigati, diretor de investimentos do SWBC.

Entre os principais movimentos de mercado estão alguns pesos pesados que alcançaram ontem máximos históricos. A Apple soma 0,17%, a Alphabet 0,8% e a Broadcom corrige mais de 3% face à subida de 11,21% registada ontem. Já a Tesla, que também atingiu um recorde ontem, segue a valorizar 0,87%, depois de os analistas da Mizuho terem revisto em alta a recomendação para as ações da empresa de Elon Musk e terem aumentado o preço-alvo para 515 dólares.

17.12.2024

Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses

A Euribor subiu hoje, pela segunda sessão consecutiva, a três, a seis e a 12 meses.

Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que avançou para 2,865%, continuou acima da taxa a seis meses (2,664%) e da taxa a 12 meses (2,474%).

A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, subiu hoje para 2,664%, mais 0,009 pontos.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a outubro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,36% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 33,13% e 25,54%, respetivamente.

No mesmo sentido, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, avançou hoje, para 2,474%, mais 0,031 pontos.

A Euribor a três meses também subiu hoje, ao ser fixada em 2,865%, mais 0,002 pontos do que na sessão anterior.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio.

A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos para 3,007% a três meses (contra 3,167% em outubro), 0,214 pontos para 2,788% a seis meses (contra 3,002%) e 0,185 pontos para 2,506% a 12 meses (contra 2,691%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez este ano e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

Em 17 de outubro na Eslovénia, o Banco Central Europeu (BCE) tinha descido as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda vez consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar "no bom caminho" e a uma atividade económica pior do que o previsto.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

17.12.2024

Europa negoceia em baixa mas França e Alemanha saem ilesas

Os primeiros encontros presenciais com investidores estão a ser usados pelos gestores para atualizar estimativas e acalmar os receios sobre o impacto da guerra no mercado financeiro.

As bolsas europeias estão a negociar maioritariamente em baixa, com Paris a ser a única praça a escapar da onda vermelha que está a assolar o continente. Isto numa altura em que se vive um clima de instabilidade política na Zona Euro, com a Alemanha a preparar-se para ir a eleições já em fevereiro do próximo ano, depois de o Executivo de Olaf Scholz não ter sobrevivido a uma moção de confiança – um movimento já esperado pelo mercado.

Apesar destes desenvolvimentos, o principal índice alemão, o DAX, regista a menor desvalorização entre os seus congéneres, ao cair apenas 0,07%. Já o CAC-40 consegue, mesmo, manter-se à tona, ao valorizar 0,07%, mesmo depois de o Banco de França ter decidido rever em baixa as suas perspetivas de crescimento para o país em 2025.

Por sua vez, o "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua 0,41% para 513,74 pontos, atingindo mínimos de duas semanas. O setor energético e o de serviços de saúde são os que mais caem a esta hora, numa altura em que os preços do petróleo estão a desvalorizar no mercado internacional e a Novo Nordisk – a farmacêutica dinamarquesa que é a empresa mais valiosa da Europa – cai mais de 2%.

Entre as principais movimentações de mercado, a Airbus está a crescer 1,47% para 160,18 euros por ação, depois de o Deutsche Bank ter revisto em alta a recomendação da empresa de "manter" para "comprar". Já a britânica Bunzl cai 4,44% para 34 libras por título, depois de a distribuidora de material de escritório ter afirmado que o recuo da inflação vai ter impacto nos lucros anuais da empresa, principalmente na sua divisão da Europa Continental.

As ações europeias têm recuperado algum folgo no final do ano, com o Stoxx 600 a registar uma subida de 1% em dezembro. No entanto, o principal índice europeu continua a acumular um saldo inferior aos seus congéneres norte-americanos, que têm beneficiado da alta concentração de ações tecnológicas nas suas fileiras.

Nas restantes praças europeias, Madrid perde 0,57%, Londres recua 0,61%, Amesterdão cede 0,11% e Milão desvaloriza 0,64%. Lisboa regista a maior queda entre as praças da Europa Ocidental, ao cair 1,28%.  

17.12.2024

Juros aliviam na Zona Euro. Alemanha regista maior recuo

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, numa altura em que os investidores parecem estar a optar por ativos mais seguros, com as principais praças europeias a negociar no vermelho.


As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, recuam 1,9 pontos base para 2,225%, enquanto os juros da dívida francesa perdem 1,2 pontos base para 3,030%, numa altura em que o Banco de França decidiu rever em baixa as perspetivas de crescimento económico para o próximo ano. 

Apesar do recuo nas "yields" francesas, o prémio de risco que os investidores exigem para deter obrigações francesas a 10 anos em relação às congéneres alemãs está a acelerar e já se encontra acima dos 80 pontos base - uma marca ultrapassada na semana passada com a queda do governo de Michel Barnier. 

Por sua vez, a "yield" da dívida italiana a dez anos cede 0,5 pontos base para 3,392%. Na quinta-feira passada, as obrigações do país registaram a maior subida diária desde abril (15,9 pontos base).

Pela Península Ibérica, as "yields" da dívida portuguesa a dez anos aliviam 0,4 pontos base para 2,721%. Já os juros da dívida espanhola subtraem 0,8 pontos para 2,924%.

Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos estão em contraciclo e avançam 4,4 pontos base para 4,484%, numa altura em que os investidores reavaliam as suas expectativas em relação ao ciclo de alívio da política monetária no próximo ano por parte do Banco de Inglaterra. Os salários no Reino Unido aceleraram 5,2% entre agosto e outubro, um valor que fica acima das expectativas dos analistas. 

17.12.2024

Euro perde terreno face ao dólar em clima de incerteza política

O euro está a perder terreno face ao dólar, numa altura em que os investidores acompanham atentamente o desenrolar da situação política em França e na Alemanha e um corte de 25 pontos base nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana já está praticamente incorporado no mercado.

A moeda comum europeia recua, assim, 0,29% para 1,0482 dólares, enquanto o índice do dólar - que compara a força da "nota verde" contra divisas rivais – avança 0,16% para 107,028 pontos. No saldo anual, o euro encaminha-se para encerrar 2024 com uma queda de cerca de 5%.

A estabilidade política e económica na Europa tem preocupado os investidores. Esta segunda-feira, o Banco de França decidiu rever em baixa a previsão de crescimento económico do país em 2025 para 0,9% - menos três décimas do que a expectativa anterior. Já a Alemanha prepara-se para ir a eleições em fevereiro do próximo ano, depois de o governo de Olaf Scholz não ter sobrevivido a uma moção de confiança.

No Reino Unido, a libra continua em movimento de correção ao recuperar 0,06% para 1,2691 dólares, depois de ter atingido mínimos de 27 de novembro na sexta-feira, pressionada por uma economia em contração. Esta terça-feira, são conhecidos os dados do desemprego no país.

17.12.2024

Ouro recua com Fed no foco

A onça de ouro está a negociar em baixa esta manhã, com os investidores à procura de pistas sobre a posição que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai adotar em 2025, numa altura em que um corte de 25 pontos base já está praticamente incorporado no mercado.

"As perspetivas para o próximo ano, o ‘dot chart’ da Fed e as declarações do presidente Jerome Powell serão fundamentais para avaliar a postura do banco central para o primeiro semestre de 2025", explica Jigar Trivedi, analista sénior da Reliance Secutiries, à Reuters.

A esta hora, o metal amarelo recua 0,38% para 2.642,70 dólares por onça, com os investidores a aproveitarem este momento para retirarem algumas mais valias, antes de serem conhecidos dados como as vendas a retalho nos EUA, que vão ser divulgadas esta terça-feira, e a evolução do PIB e da inflação.

O ouro tende a beneficiar de uma política monetária mais flexível, uma vez que não rende juros, e de um contexto geopolítico mais incerto. Nesta frente, os EUA reforçaram as sanções sobre a Coreia do Norte e a Rússia que o Departamento do Tesouro norte-americano diz visarem as atividades financeiras de  Pyongyang e o apoio militar a Moscovo.

17.12.2024

Petróleo corrige de quedas mas preocupações com procura mantêm-se

Depois de terem sido pressionados por sinais preocupantes vindos da economia chinesa, os preços do petróleo encontram-se a corrigir, ligeiramente, das quedas registadas na segunda-feira. As autoridades chinesas já prometerem maiores estímulos para revitalizar a atividade económica do país, mas o ceticismo parece já estar instalado entre os investidores.

O barril de Brent do Mar do Norte, referência para a Europa, avança 0,31%, para 74,14 dólares por barril, enquanto nos Estados Unidos, o West Texas Intermediate (WTI) recupera 0,24%, para 70,88 dólares. Os dois "benchmarks" para a negociação de crude estiveram a ser pressionado na sessão anterior por uma queda da procura por esta matéria-prima na China – o maior comprador de petróleo do mundo. Em novembro, o consumo de "ouro negro" no país caiu 2,1%, face ao mesmo período do ano passado.

Para além disso, as vendas a retalho chinesas também ficaram aquém das previsões dos analistas e, sendo o consumo privado a principal arma de Xi Jinping para revitalizar a economia do país, a deceção entre os investidores foi notável. Novembro marcou ainda o mês em que o grosso das medidas de estímulo apresentadas por Pequim entraram em ação – e os resultados ainda não foram animadores.

Na segunda metade do ano, o petróleo já caiu cerca de 14%, com as previsões de um excedente de oferta no próximo ano a eclipsarem as tensões geopolíticas na Ucrânia e no Médio Oriente. O crude tem negociado num intervalo muito limitado nas últimas sessões – uma estabilidade que já não se via desde agosto.

17.12.2024

Ásia sem rumo à espera de bancos centrais. Europa no vermelho

As bolsas europeias apontam para uma abertura em território negativo, após as principais praças asiáticas terem encerrado a sessão desta terça-feira divididas entre ganhos e perdas, com os investidores à espera de uma série de decisões de política monetária por parte de vários bancos centrais mundiais.

Na China, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, e o Shanghai Composite estenderam as perdas desta segunda-feira, ao caírem 0,4% e 0,6%, respetivamente, o CSI 300 – "benchmark" para a negociação continental – conseguiu terminar a sessão em ligeira alta de 0,26%. Isto depois de a Reuters ter reportado que as autoridades do país pretendem estabelecer um objetivo anual de crescimento de 5% para o próximo ano, bem como aumentar o défice orçamental para 4% do PIB.

O principal índice de Hong Kong esteve a ser pressionado pela queda das ações do Alibaba Group, que terminou a sessão a perder 0,77% para 83,70 dólares de Hong Kong, depois de a empresa ter decidido vender um dos seus negócios por cerca de mil milhões de dólares – um valor inferior ao investimento inicial, que se cifrou nos 1,3 mil milhões.

No Japão, a sessão também ficou marcada por perdas ligeiras, com o Topix a cair 0,37% e o Nikkei 225 a desvalorizar 0,24%. Pela Coreia do Sul, o Kospi continua em trajetória de queda, desta vez pressionado pelas ações ligadas à produção e venda de veículos elétricos e pela queda de mais de 2,5% da Samsung.

Esta semana vai ser marcada por uma série de decisões de vários bancos centrais espalhados pelo mundo. O grande foco vai estar na Reserva Federal norte-americana, que deve cortar os juros em 25 pontos base nesta reunião, mas interromper o ciclo de alívio da política monetária já em janeiro.

"Esta semana será provavelmente a última semana ativa do ano", afirma Wong Kok Hoong, do Maybank Securities, à Bloomberg. "Um corte nas taxas de juro por parte da Fed já está praticamente incorporado no mercado e também é quase certo que o Banco do Japão manterá o ‘status quo’. Por isso, esperamos que as ações dos EUA e do Japão sejam bem apoiadas ainda antes destas decisões", conclui.

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