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Abertura dos mercados: Yellen penaliza dólar. Juros sobem pela segunda sessão

O discurso da presidente da Reserva Federal está a condicionar os mercados, provocando a queda do dólar e sustentando as bolsas. O petróleo e os juros de Portugal estão em alta.

Andrew Harrer/Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,23% para 4.591,18 pontos 

Stoxx 600 avança 0,08% para 363,13 pontos

Nikkei ganha 0,34% para 19.137,91 pontos 

"Yield 10 anos de Portugal sobe 1,2 pontos base para 3,89%

Euro inalterado nos 1,0664 dólares 

Petróleo valoriza 0,54% para 54,45 dólares por barril  

 

Bolsas europeias avançam ligeiramente

As bolsas europeias amanheceram mistas na sessão desta sexta-feira, 20 de Janeiro, mas já praticamente todas se fixaram no verde. O índice PSI-20 soma 0,23% para 4.591,18 pontos, ajudado sobretudo pelo BCP. O banco liderado por Nuno Amado ganha 0,84% para 0,1439 euros no dia em que não é permitido apostar na queda das acções. Uma decisão que partiu da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) após a desvalorização de 11% de ontem. 

 

A China cresceu ligeiramente acima do esperado no ano passado, o que trouxe algum ânimo às bolsas. Além disso, houve dois factos que também mexeram nas expectativas dos investidores. Janet Yellen, presidente da Fed norte-americana, assinalou que a subida dos juros nos Estados Unidos não será imediata. Mario Draghi, do Banco Central Europeu, deu indicações de que não está para breve a retirada dos estímulos.

 

Dólar fraco devido a Yellen 

A moeda americana caiu na quinta-feira depois de Janet Yellen ter dito que a subida dos juros não está ao virar da esquina. Volta a acontecer esta sexta. Há agora a ideia, contrária à anterior, de que a presidente da Fed poderá ser mais favorável a uma política de estímulos intensa por mais tempo do que o antecipado.

 

Nesta sexta-feira, dia em que o presidente eleito Donald Trump toma posse, o dólar recua em relação às principais moedas. O índice da Bloomberg que mede a evolução da divisa dos EUA face aos pares está a ceder 0,2%. O dólar perde valor em relação às moedas japonesa, coreana e neozelandesa, por exemplo.

 

No caso do euro, não há grande variação, com a divisa europeia inalterada nos 1,0664 dólares.

 

Juros da dívida sobem pela segunda sessão

Depois de seis dias consecutivos em queda (período mais longo de descidas desde o Verão), os juros da dívida portuguesa estão hoje em alta pela segunda sessão. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos sobe 1,2 pontos base para 3,89%, com o diferencial face às bunds a agravar-se ligeiramente para 345 pontos base.

 

Ontem os juros das obrigações portuguesas a 10 anos agravaram-se 4 pontos base, apesar de o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ter sinalizado que a política de estímulos do Banco Central Europeu é para continuar, já que a recuperação da inflação deve-se sobretudo à subida dos preços dos bens energéticos.

Petróleo sobe 0,5% 

Os preços do petróleo estão em alta nos mercados internacionais. A Bloomberg atribui o movimento à queda das reservas no principal centro de armazenamento de petróleo nos EUA. 

 

Em Nova Iorque, o barril de West Texas Intermediate está a somar 0,49% para 51,62 dólares. Já em Londres, o Brent do Mar do Norte valoriza-se 0,54% para 54,45 dólares por barril.
 

Ouro sobe pela quarta semana

O ouro anulou os ganhos da manhã e segue agora em terreno negativo. O metal precioso desce 0,14% para 1.203,13 dólares a onça, na bolsa de Londres, mas a queda ligeira não impede um novo ganho semanal. Esta será a quarta semana de ganhos para o ouro, depois de na terça-feira ter alcançado o nível mais elevado desde Novembro.

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