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Abertura dos mercados: Resultados das empresas servem de remédio aos receios do vírus chinês. Europa e petróleo sobem
A Europa mantém-se otimista, numa semana forte em resultados e após as surpresas positivas no balanço da Apple. Contudo, os juros da dívida chinesa descem a mínimos, ainda sob a preocupação com o coronavírus. O petróleo recupera face à maior quebra nos stocks americanos no último ano.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,26% para os 5.256,77 pontos
Nikkei valorizou 0,71% para 23.379,40 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1 ponto base para os 0,326%
Euro desce 0,23% para 1,0997 dólares
Petróleo em Londres aprecia 1,16% para os 60,20 dólares o barril
Resultados "salvam" bolsas europeias do vírus
O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, o Stoxx600, está a somar 0,46% para os 419,44 pontos, contando a segunda sessão consecutiva no verde. As empresas do setor das matérias-primas são as que mais valorizam, num dia de ganhos sólidos para o petróleo.
As principais praças seguem unânimes no verde apesar de o número de mortes provocadas pelo chinês coronavírus continuar a aumentar, e já ter chegado às 132 vítimas. O vírus preocupa pelo impacto que poderá vir a ter na segunda maior economia do mundo, a chinesa, e consequentemente a nível global, mas as empresas seguem a contrariar estes receios em mais uma época de apresentação de resultados.
A Apple apresentou lucros e receitas recorde nos três meses até dezembro, que para a empresa conta como o primeiro trimestre fiscal, apoiada por uma forte venda de iPhones. O balanço da tecnológica norte-americana superou as expectativas.
Hoje é ainda dia de conhecer os números das norte-americanas Boeing, McDonald’ s e General Electric, ainda antes da abertura em Nova Iorque, e do Facebook e Tesla, já depois do fecho.
Por cá, o PSI-20 mostra ganhos de 0,26% para os 5.256,77 pontos, impulsionado pelo desempenho das papeleiras, EDP e Galp.
Juros chineses em mínimo de três anos
Os juros da dívida chinesa a dez anos estão a aliviar pela quinta sessão consecutiva. Hoje, descem 2,5 pontos base para os 2,992%, tendo já tocado um mínimo de dezembro de 2016, numa altura em que os investidores procuram ativos menos arriscados face à incerteza quanto ao efeito do vírus na economia chinesa.
Em Portugal, a taxa para a mesma maturidade também alivia, neste caso 1 ponto base para os 0,326%. Para a referência europeia, Alemanha, os juros recuam 2,4 pontos base para os -0,366%, pelo que o prémio da dívida portuguesa face à alemã se situa nos 69,2 pontos base.
Euro abaixo de 1,10 dólares em dia de decisão da Fed
A moeda norte-americana está a negociar em máximos de sete semanas face ao euro, já que continua a ser um dos ativos de refúgio preferidos dos investidores nesta altura de incerteza devido à propagação do coronavírus na China.
No mercado cambial o foco desta quarta-feira está sobretudo no final da reunião da Reserva Federal, se bem que a primeira reunião do ano da Fed deve terminar tal como no fecho de 2019: com as taxas inalteradas.
O euro desce 0,23% para 1,0997 dólares, quebrando a barreira dos 1,10 dólares pela primeira vez desde 29 de novembro.
Reservas tropeçam, petróleo levanta-se
O barril de Brent, referência para a Europa e negociado em Londres, segue a apreciar 1,16% para os 60,20 dólares. O preço do barril avança pela segunda sessão, resistindo aos receios quanto a uma diminuição da procura pela matéria-prima decorrente de previsíveis efeitos nocivos do vírus chinês na economia. Contudo, o Instituto Americano de Petróleo reportou a maior quebra no espaço de um ano nas reservas dos Estados Unidos, dados a serem confirmados pelo governo no final desta quarta-feira.
Ouro com ligeira recuperação
O metal precioso está hoje a recuperar da queda acentuada sofrida na terça-feira, sessão que foi marcada pelo regresso dos investidores aos ativos de maior risco. O ouro valoriza 0,08% para 1.568,35 dólares, depois de ontem ter desvalorizado quase 1%.